Os medos de desacelerar no economia americana ganhou força novamente nesta sexta-feira (2) após a divulgação do dados oficiais de emprego dos Estados Unidos, a chamada “folha de pagamento”, que ficou abaixo das estimativas de consenso.
Como resultado, os agentes voltaram a apostar em mais cortes nas taxas de juro nos EUA — incluindo uma redução de 0,5 pontos na reunião de Setembro — o que fez com que os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Tesouros) afundaria. As futuras taxas de juros no Brasil também mostraram um declínio constante e desafiaram as apostas na retomada dos aumentos das taxas de juros pelo Banco Central ainda este ano.
No final do dia, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passou de 10,69% do reajuste anterior para 10,55%; o DI de janeiro de 2026 caiu de 11,575% para 11,225%; o do DI para janeiro de 2027 caiu de 11,83% para 11,43% e o do DI para janeiro de 2029 caiu de 12,05% para 11,69%.
Os Estados Unidos criaram 114 mil empregos em julho, um número bem abaixo das estimativas consensuais de 185 mil empregos criados no mês. A taxa de desemprego também apresentou um salto importante, subindo para 4,3% em julho, ante 4,1% no mês anterior.
O número reacendeu mais uma vez os temores de que a economia americana possa estar caminhando para uma desaceleração mais rápida. Assim, os investidores passaram a apostar em mais cortes nas taxas de juros, o que também provocou uma queda significativa nos rendimentos do Tesouro.
Ao mesmo tempo mencionado acima, o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos caiu 26,8 pontos base, de 4,158% para 3,890%. Ao mesmo tempo, a taxa da nota do Tesouro de 10 anos caiu de 3,982% para 3,793%.
Segundo dados do CME Group, a probabilidade implícita de um corte de 0,5 pontos nos Fed Funds em Setembro é agora maioritária e ronda os 70%, contra 30% para um corte de 0,25 pontos. O mercado também passou a indicar uma probabilidade majoritária de os Fed Funds encerrarem o ano na faixa de 4% a 4,25%.
“A conclusão que se pode tirar destes indicadores é inequívoca: o mercado de trabalho está a abrandar: uma menor taxa de criação de emprego e aumentos salariais, e um aumento da taxa de desemprego. Esta conclusão está em linha com o quadro apresentado pelo Comité de Política Monetária (Fomc) da Reserva Federal (Fed), que sinalizou que começou a prestar mais atenção à evolução do mercado de trabalho, uma vez que a desinflação parece finalmente estar em curso”, afirma o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Oliveiras.
Segundo ele, os dados hoje divulgados não só aumentaram a probabilidade de o Fomc começar a cortar as taxas de juro na próxima reunião, como também aumentaram a probabilidade de o Comité ter de fazer cortes mais agressivos.
A perspectiva de cortes nas taxas de juros nos EUA, por sua vez, também começou a lançar dúvidas sobre as apostas de que o Banco Central precisaria retomar o aperto monetário no Brasil no curto prazo.
Com base na precificação da curva de juros, os agentes esperavam uma Selic de aproximadamente 11,30% no final do ano antes da decisão do Banco Central de quarta-feira. No fechamento de hoje, porém, o mercado já projetava uma Selic mais próxima de 11% no final do ano.
“Ainda acho que precisa ter alguma coisa precificada na curva, mas, olhando como está evoluindo o cenário lá fora, é difícil que esse prêmio seja muito grande. Se o ciclo de alta necessário for muito pequeno, tipo menos de 100 pontos, acho que o BC pode nem fazer isso”, afirma o gestor de renda fixa.
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