O resultado de junho da produção industrial brasileira mostrou um cenário de aumentos generalizados entre os grandes setores e entre as 25 atividades monitoradas pelo IBGE.
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A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) registrou aumento em 16 das 25 atividades pesquisadas em junho em relação ao mês anterior.
O maior aumento individual, 19,8%, veio dos produtos do fumo, impactados positivamente pelos efeitos da retomada das operações após as chuvas no Rio Grande do Sul.
Produtos químicos (+6,5%) e metalurgia (+5%) também tiveram taxas de crescimento acima da observada na média da indústria nacional, que cresceu 4,1% em relação a maio.
“O mês de junho é caracterizado pela predominância de resultados positivos”, resume André Macedo, gestor do PIM-PF.
Ele destaca o aumento de 3,1% em veículos automotores, reboques e carrocerias, o que “explica muito” o crescimento de 4,4% na produção de bens de consumo duráveis em junho em relação a maio. Por outro lado, ele lembra que motocicletas, barcos e aviões puxaram para baixo o segmento de outros equipamentos de transporte, que caiu 5,5% na mesma comparação.
Outros resultados positivos relevantes vieram do aumento de 4% em coque, derivados e biocombustíveis, que individualmente foi a categoria que mais contribuiu para o resultado positivo de maio para junho.
Em seguida, em termos de impacto no índice, vieram produtos químicos, que subiram 6,5%; produtos alimentícios, alta de 2,7%; indústrias extrativas, que aumentaram 2,5%; metalurgia, alta de 5%; veículos automotores, reboques e carrocerias, com aumento de 3,1%; bebidas, com crescimento de 3,5%; e máquinas e equipamentos, que cresceu 2,4%.
Entre as quedas registradas no mês, além de outros equipamentos de transporte, que tiveram a maior contribuição negativa de maio para junho, destaque para a queda de 9,1% na impressão e reprodução de gravações; 4,1% para couros, artigos de viagem e calçados; e 2,7% para a produção de vestuário e acessórios.
Acima do nível pré-pandemia
Dos 25 segmentos, apenas nove apresentam níveis de produção superiores ao período pré-pandemia. Outros equipamentos de transporte, que incluem, por exemplo, a fabricação de motocicletas e barcos, apresentam volume de produção 18,7% superior ao de fevereiro de 2020.
Em seguida, coque, derivados de petróleo e biocombustíveis aumentaram 13%, seguidos por máquinas e equipamentos (aumento de 8,4%); celulose, papel e produtos de papel (aumento de 7,4%); indústrias extractivas (aumento de 6,8%); produtos alimentícios (mais 5,8%); produtos de tabaco (4,6%); bebidas (2,1%); e produtos farmacêuticos (1,6%).
A pesquisa mostra ainda que a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos está no mesmo patamar de fevereiro de 2020.
Os demais 15 segmentos operam abaixo dos níveis pré-pandemia, com destaque para a fabricação de vestuário e acessórios, que está 26,1% abaixo de fevereiro de 2020; móveis, que é 22,4% menor; produtos diversos, 20% menores; manutenção, reparo e instalação de máquinas e equipamentos (redução de 18%); e couro, artigos de viagem e calçados (queda de 16,6%).
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