Você já sofreu algum golpe financeiro pela internet? 92% dos brasileiros afirmam que sim | Organize as Contas

Os dados revelam que dois terços de todos os golpes envolvem pedidos mentirosos de dinheirodoações beneficentes enganosas, links para páginas fraudulentas, ofertas de emprego inventadas, ligações de call centers falsos, além de outros tipos de golpes envolvendo solicitações bancárias com pagamentos via Pix, foram enviados às vítimas via WhatsApp.

O segundo método mais utilizado pelos golpistas, com 35% das citações, é a criação de lojas virtuais ilegítimas, promovido nas redes sociais destacando produtos com preços promocionais e oferecendo ainda mais descontos para pagamentos via Pix.

Perdeu dinheiro e dignidade

Os números mostram que, Em média, um brasileiro se depara com 14 golpes financeiros online a cada dois anos, sendo cinco deles via WhatsApp. Além disso, a pesquisa revela que As vítimas tendem a ser mais suscetíveis a golpes durante os dias úteis, quando estão trabalhando, especialmente quando estão estressados ​​ou nervosos. A maioria dos usuários relatou o golpe em seus círculos sociais. No entanto, poucos adotaram medidas de segurança, antes ou depois de serem vítimas do golpe.

Quase todos os entrevistados disseram ter encontrado pelo menos um golpe online, sendo que homens de todas as gerações (exceto geração X, nascidos entre 1965 e 1980), Proprietários de empresas, freelancers e pessoas atualmente desempregadas são alguns dos grupos mais vulneráveis ​​a perdas financeiras. Contudo, a diferença entre homens e mulheres vítimas de fraude não é grande, dado que 30% dos entrevistados também vivenciaram a mesma situação.

Vale destacar que os golpes de ofertas de emprego e de falsos empréstimos, além de serem muito comuns, atingem principalmente pessoas vulneráveis, mais suscetíveis a cair nessas armadilhas. Além disso, assim como golpes de links, call centers e lojas online falsas, essas ofertas enganosas não são noticiadas massivamente pela imprensa, favorecendo a desinformação da população em relação a essas ameaças.

Além das perdas financeiras, cerca de um quinto dos entrevistados mencionou um impacto negativo no seu estado psicológico. Nesse caso, gerações mais jovens, como a Geração Z (nascido em 1995 a 2010), demonstram mais estresse psicológico e tendem a denunciar golpes com mais frequência. Em contraste, as gerações mais velhas tendem a ignorar os golpes.

Assim como as gerações anteriores, a pesquisa revelou que muitos brasileiros, ao identificarem um golpe online, adotam medidas básicas de segurança, como não responder a números desconhecidos e evitar clicar em links suspeitos. Porém, medidas mais técnicas, como definição de limites de transferência para Pix, uso de VPNs ou autenticação de dois fatores (2FA), são menos comuns.. Apenas 3% dos entrevistados acreditam que não há solução para a fraude, indicando que a maioria acredita que existem medidas que podem ajudar a protegê-los.

Para se proteger de fraudes financeiras, Maria Eduarda Melogerente nacional de NordVPN no Brasil, recomenda que os usuários adotem diversas medidas de segurança. “Em primeiro lugar, É essencial usar senhas complexas e exclusivas para cada contasobretudo, evitar utilizar informações pessoais como parte de códigos, além de ativar a autenticação biométrica para dificultar o acesso não autorizado às contas”, explica. A instalação de software antivírus e utilização de verificação em duas etapas (2FA) também são práticas recomendadas para aumentar a segurança de dispositivos e contas online.

Medidas adicionais incluem não fornecer informações pessoais a terceiros suspeitos, especialmente em canais não oficiais como e-mails ou mensagens em redes sociais, bem como revisar regularmente extratos bancários e contas de cartão de crédito para verificar se não há compras não autorizadas.

Por último, o básico que funciona: desconfie. Vale a pena ter mais cuidado ao clicar em links, isso é fundamental para não cair em armadilhas de fraudes, além de evitar downloads de fontes desconhecidas. A adoção destas medidas pode reduzir significativamente a vulnerabilidade à fraude financeira e proteger os dados pessoais dos utilizadores.