Ó presidente da Ecorodovias, Marcelo Guidottiafirmou em teleconferência que a empresa continua seletiva para novos leilões, mas vem estudando novos projetos.
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“A empresa seleciona os projetos com base em determinados critérios: os mais relevantes, os com maior potencial de sinergias, os com menor concorrência. E outros aspectos, cada projeto tem um tipo de ‘capex’ [investimento], uma complexidade. Estamos selecionando e acompanhando a evolução do mercado, é um mercado que continua tendo oportunidades constantes”, disse, em teleconferência com analistas realizada nesta quinta-feira (01).
“Obviamente estamos presentes nas regiões centrais, Minas, Goiás, Tocantins, também São Paulo. São regiões que nos interessam, temos que ser seletivos, estamos estudando um bom número de projetos para, no momento certo, fazer a escolha correta. nós não temos [os projetos] selecionado, estamos monitorando e estaremos prontos no momento certo”, disse.
Questionado por analistas sobre a possível venda de ativos, Guidotti disse que é uma discussão, mas que não há nada de concreto.
“Sobre reciclagem de carteira, venda de ações, é uma discussão, estamos analisando os melhores caminhos. A discussão tem que ser feita em conjunto com novos negócios, são discussões que são levadas, discutidas. Acredito que assim que as coisas ficarem mais claras ou surgirem boas oportunidades, avançaremos. Não temos nada de concreto”, afirmou.
Guidotti afirmou que a empresa tem até dezembro para avançar nas discussões sobre a renovação do Ecoporto, concessão do terminal no Porto de Santos que já teria expirado, mas que ainda está em andamento por meio de liminares dadas pelo governo.
“Temos até dezembro para avançar com possíveis reformas, apresentamos o plano de investimentos, mas o clima é de debate sobre a melhor alternativa para todo o Porto de Santos. A discussão é muito ampla, não somos o mais importante de toda essa discussão, mas é uma realidade positiva, estamos discutindo o plano de investimentos e veremos se temos novidades nos próximos meses”, disse.
Sobre o reequilíbrio do contrato, o presidente diz que há pelo menos um crédito já reconhecido, que terá que ser equalizado de alguma forma, seja no âmbito de uma renovação ou de uma relicitação do ativo. Há um segundo desequilíbrio potencial em discussão na Justiça. A empresa já perdeu em primeira instância e recorreu em segunda instância.
A Ecorodovias prevê que entre 2027 e 2028 atingirá seu pico de alavancagem financeira, com indicadores entre 4 vezes e 4,5 vezes de dívida líquida sobre Ebitda, segundo Andrea Fernandes, diretora financeira da empresa, durante teleconferência.
A empresa encerrou o segundo trimestre deste ano com um índice de 3,3 vezes, ligeiramente abaixo do nível de 3,4 vezes registado no trimestre anterior.
“À medida que o capex é implementado [investimentos] principalmente das três últimas concessões, Araguaia, Rio Minas e Econoroeste, sem dúvida verão um aumento de alavancagem. O pico deverá acontecer entre 2027 e 2028 e o consolidado poderá atingir entre 4 vezes e 4,45 vezes a dívida líquida/Ebitda”, disse.
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