Pai e filho são acusados de serem os autores do crime, motivado por uma disputa por uma herança milionária. Eles negam envolvimento, mas agora a suposta aliança entre os dois pode se transformar em um duelo inesperado. Caso Karina Garofalo: MP investiga intriga familiar por trás de assassinato no Rio de Janeiro Seis anos após o assassinato da corretora Karina Garofalo, no Rio de Janeiro, um novo suspeito provoca uma reviravolta no caso. Karina foi morta a tiros na frente do filho de 11 anos. Até então, para a polícia, o crime havia sido motivado por ciúmes e uma disputa de bens entre a vítima e o ex-marido, Pedro Paulo Barros Pereira Júnior, que está preso. Agora, o ex-sogro de Karina, Pedro Paulo Barros Pereira, é réu, acusado de ser um segundo mandante. Ele e o filho negam o crime. “O cacique afirmou que eu planejei e ordenei o incidente, certo? Isso mata a Karina, com o meu filho ao lado, e pode matar o meu filho também. Não tive motivos para matar Karina”, disse Júnior em seu depoimento. “A tese de defesa do senhor Pedro Paulo (pai) é sempre uma negação de autoria, uma vez que ele não tem participação nesses fatos”, afirma o advogado de defesa Rafael Mattos. Mas o que até agora, na avaliação do Ministério Público, parecia ser uma aliança entre pai e filho pode transformar-se num duelo inesperado. Como agora têm advogados diferentes, podem tornar-se adversários. “Vou defender o Júnior e vou acusar o pai dele”, diz a advogada Mariana Nery. “Eu digo que há muito mais evidências contra um suposto segundo em comando do que contra Junior.” “É uma tese muito temerária, tentar tirar a responsabilidade de um colocando a responsabilidade no outro”, comenta o advogado Rafael Mattos, da defesa de Pedro Paulo Sr.. Entenda a investigação Karina e Pedro Paulo Filho estavam separados há cinco anos. A discussão sobre a divisão de bens se arrastou e não foi amigável. Ele falou sobre a disputa em seu depoimento à Justiça: “Era um caso envolvendo uma casa na Barra, que valia mais ou menos R$ 3 milhões, um imóvel que comprei para construir um haras e um carro no valor de R$ 60 mil … Essa foi a divisão de bens.” A riqueza da família de Pedro Paulo é muito maior. Ela é dona de um império no Rio de Janeiro: indústrias de produtos de limpeza, centenas de propriedades e terrenos. Os promotores afirmam que a disputa entre o ex-casal também incomodou o patriarca da família. , antes de morrer, Karina foi abordada pelo ex-sogro e ele exigiu que ela assinasse um documento de transferência de imóveis para o nome dele. A irmã afirma que Karina não concordou com as exigências e que Pedro Paulo Sr.: “Sinto gosto de sangue na boca. Eu vejo sangue. O MP afirma que o crime foi premeditado. O assassino usava capuz e silenciador ao atirar. Depois, ele caminhou até um terreno baldio para se livrar das armas. Ao fugir, ele bateu em dois carros. Momentos antes de cometer o crime, o homem se deixou filmar por câmeras no estacionamento de um shopping enquanto seguia Karina. Pela imagem, foi fácil descobrir que quem efetuou os disparos foi Paulo Maurício Barros Pereira, que confessou o crime. crime. É primo de Pedro Paulo Júnior e sobrinho de Pedro Paulo Sr. Segundo sua defesa, Paulo Maurício “não cometeu esse crime por ordem de ninguém”. A vida de dona Karina. E esta tem sido alegada como a única tese defensiva desde o início do processo”, afirma o advogado Marcelo Masô. As câmeras do shopping também mostraram que outro homem de moto ajudou na execução do crime: Hamir Feitosa Todorovic. E Pedro Paulo Júnior confessou que é dono da motocicleta Prisões Um dia depois do crime, Pedro Paulo Júnior e Paulo Maurício foram presos O Ministério Público argumentou que, por causa da disputa de propriedade e por ciúmes, já que Karina estava em um novo relacionamento, Júnior. ordenou o assassinato de seu primo e Hamir foi condenado a 30 anos, mas morreu de câncer enquanto eles estavam em prisão domiciliar. Os primos Pedro Paulo Júnior e Paulo Maurício estavam foragidos, mas hoje estão presos há mais de um ano. seis anos Eles são acusados de triplo homicídio e aguardam julgamento. Pedro Paulo Sr. foi preso em 2018, acusado de ajudar a esconder o filho e intimidar testemunhas, mas obteve habeas corpus e foi libertado após 21 dias. Os promotores afirmam que havia tantas evidências do envolvimento de seu pai no crime que decidiram abrir uma nova investigação, o que gerou outro caso, e Pedro Paulo Sr. tornou-se réu por homicídio. Ele responde livremente. Em nota, o Ministério Público disse ao Fantástico que “não comenta processos em andamento para evitar turbulências no processo processual”. A família de Karina afirmou que “sofre profundamente com os impactos deste crime brutal até hoje” e “espera que todos os envolvidos sejam levados ao júri, para que finalmente a justiça possa ser feita”. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo ótimas reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo Fantástico: profundidade, contexto e informações. Acompanhe, curta ou inscreva-se no Isso É Fantástico no seu podcast player preferido. Todo domingo tem episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast ‘Prazer, Renata’ está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts, Amazon Music ou no seu app preferido. 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