agosto 26, 2024
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Passeio CVC (CVCB3) na montanha-russa: o que provoca a alta volatilidade na ação? | Empresas

Passeio CVC (CVCB3) na montanha-russa: o que provoca a alta volatilidade na ação? | Empresas
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O CVC tem um “novo pacote”: passeio de montanha russa. Desta vez, a oferta é exclusiva para investidores que alocam seu capital em ações da empresa. Brincadeiras à parte, a ação vem chamando a atenção nos últimos dias devido à sua alta volatilidade (até acima do padrão para a empresa ou para ativos de renda variável na bolsa de valores brasileira).

Após terem disparado 12,75% no pregão da última quarta-feira, 21 de agosto, as ações da CVC derreteram no pregão desta segunda-feira (26) e registraram a maior queda do Ibovespa às 11h40. Neste momento, a ação registrou queda de 9,33%, sendo negociada a R$ 2,04.

Mas o que está acontecendo com o ativo?

Alguns fatores macroeconômicos explicam a alta volatilidade das ações da CVC, mas é um movimento com aspecto microeconômico – que diz respeito especificamente à empresa – que pode estar desencadeando um fluxo massivo de entrada e saída do ativo.

CVC está na mira de fundos de investimento administrados por WNTum gestor especializado em ativos estressadosou seja, aqueles provenientes de empresas com dificuldades em honrar compromissos financeiros.

Na semana passada, a WNT adquiriu uma quantidade considerável de ações da empresa, o que aumentou a sua participação na base acionária para 5,01% do capital social. Vale considerar que o gestor não ocupou anteriormente cargo relevante na CVC.

E aí chegamos à notícia: após o fechamento do pregão da última sexta-feira, a CVC informou ao mercado que a mesma gestora, a WNT, reduziu sua participação na empresa para 3,34% do capital social.

Além da pressão descendente sobre o preço das ações com a venda de um bloco relevante de ações, isso cria uma percepção negativa do mercado sobre as ações.

Por que o CVC entrou na mira do WNT?

Embora nem o gestor nem a empresa abordem diretamente o que causa o aumento e a diminuição da exposição dos fundos WNT à CVC, algumas hipóteses podem ser levantadas. Para começar, a gestão de activos sob pressão é bastante activa e navegar neste ambiente de mercado prevê movimentos rápidos.

Mas, numa perspectiva de cenário, a CVC é uma empresa com dívidas consideráveis. Sua dívida bruta era de R$ 800 milhões em 30 de junho deste ano e sua dívida líquida era de R$ 555 milhões. Considerando que a empresa vem reportando perdas de forma consistente (apesar de ter conseguido reduzir as perdas no último balanço), isso levanta alertas sobre a capacidade da empresa de cumprir os pagamentos sem precisar renegociar prazos.

Como resultado, os ativos da empresa entraram nas carteiras de gestores de ativos sob estresse.

Além disso, dada a situação macroeconômica, a CVC ainda enfrenta questões muito desfavoráveis ​​às suas operações e que provocam maior volatilidade em suas ações:

  • incertezas em relação à política monetária no Brasil: a perspectiva de mudança de gestão no Banco Central (BC) e a situação de crescimento econômico do país provocam movimentos de “apostas” nas próximas decisões da autoridade. Hoje, sinais vindos do exterior e do cenário doméstico apontam em direções opostas, o que provoca intensas correções nos contratos de juros futuros, em antecipação ao que poderá acontecer com a Selic.
  • pico da taxa de câmbio: a volatilidade na curva futura de juros e as incertezas sobre a Selic e os próximos passos do BC também criam flutuações significativas na taxa de câmbio, porque o mercado brasileiro se torna mais ou menos atrativo dependendo das condições de investimento em ativos locais e da confiança que as políticas fiscal e monetária inspiram investidores.

Selic mais alta ou dólares mais caros prejudicam as perspectivas operacionais da CVC e tendem a comprometer o faturamento da empresa. Isso porque, além de essas condições aumentarem seus custos financeiros (serviço da dívida, por exemplo), tendem a deteriorar a capacidade de consumo da população brasileira e a força do real no exterior.

Como se proteger da alta volatilidade no papel?

Para o pequeno investidor, a principal salvaguarda para investir numa ação é a análise fundamental da ação. Isto também inclui estratégias de alocação de médio e longo prazo.

Em outras palavras, você quer escapar da alta volatilidade? Portanto, evite movimentos de curto prazo, ignore os fluxos de mercado e, o mais importante, faça a “lição de casa” ao estudar uma empresa.

As perdas fazem parte do jogo no mercado de renda variável. Portanto, saber no que você está “apostando” é crucial.

Numa análise fundamental, além de avaliar as condições financeiras, contabilísticas, de gestão e de posicionamento de mercado de um negócio, é fundamental ter em mente a sua perspetiva. Isso significa olhar se na foto, ou seja, neste momento, o estoque está barato ou não. Ou seja, se está muito descontado e qual o seu potencial (e prazo) de valorização.

Isso não elimina o risco de perdas, mas evita que o investidor fique sujeito a apostas especulativas e de curto prazo, que tendem a ser mais arriscadas e trazer mais volatilidade ao ativo.

Nesse caso, é fundamental ficar fora do fluxo dos gigantes, comprar ou vender porque é um fundo que faz isso. Principalmente se a rotina de alocação não for tão intensa ou ativa como é em uma estrutura institucional, que possui equipes dedicadas a isso.

Basicamente, para os pequenos investidores, a melhor forma de se proteger é saber onde estão alocando seu dinheiro e confiar nessa estratégia.

Vai investir em CVC? Então você precisa se fazer algumas perguntas, como:

  • Qual é a situação financeira, jurídica, de gestão e de mercado atual da empresa?
  • A ação está “barata” ou “cara” considerando os múltiplos atuais da empresa em comparação com os múltiplos históricos e de seus concorrentes no mercado?
  • Que potencial o mercado vê para valorização dos ativos? E quanto tempo?
  • Que fatores estão pressionando as ações atualmente?
  • Quais são os riscos de curto, médio e longo prazo? Como eles podem interferir na minha estratégia de alocação nesta empresa?
  • Quais são os gatilhos de avaliação de ações? Quais são as chances de eles se concretizarem?
Montanha-russa — Foto: GettyImages

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A montanha-russa pós-CVC (CVCB3): o que causa a alta volatilidade da ação? | As empresas apareceram primeiro no WOW News.



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