Em sua segunda participação em comício de campanha do deputado Guilherme Boulos (Psol) na Prefeitura de São Paulo neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu atenção e comprometimento de seus apoiadores no combate à mentira e à desinformação na disputa paulista . Lula lembrou a derrota do PT na capital paulista em 2016 e nas eleições presidenciais de 2018 para dizer que a população “acreditou na mentira” e deixou de votar no candidato do campo progressista.
O evento de campanha de Boulos com Lula em São Miguel Paulista, extremo leste da capital, foi marcado por críticas ao “influenciador” Pablo Marçal (PRTB) e ao prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que são tecnicamente empatou com o candidato do Psol liderando a disputa para prefeito de São Paulo. Marçal e Nunes buscam o apoio dos bolsonaristas para captar votos na capital.
Lula citou a campanha municipal de São Paulo em 2016, quando o então prefeito Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda, tentou a reeleição, mas foi derrotado por João Doria, então parlamentar do PSDB. O presidente disse estar decepcionado porque, na sua opinião, “o povo acreditou na mentira” e não conseguiu escolher os mais “qualificados” para votar no “prefeito mais fracassado”. Depois, o presidente citou a disputa pela Presidência em 2018, quando Haddad foi novamente derrotado na disputa contra Jair Bolsonaro (PL). Segundo Lula, foi um “erro” e um “retrocesso”. “Não podemos deixar que isto aconteça novamente”, disse, defendendo votar num candidato “com biografia”.
Lula afirmou estar comprometido com a eleição de Boulos, mas alertou para o crescimento de “fake news” contra o candidato do Psol. “Não estou apenas apoiando Boulos. Estou trabalhando para que ele seja o futuro prefeito”, afirmou. “Vou me dedicar. Tudo o que eu puder fazer para que você ganhe a eleição, eu farei. Os nossos adversários trabalham na calada da noite, nas redes sociais, inventando mentiras, provocando”, disse, sem citar diretamente Marçal ou Nunes.
O presidente aproveitou o evento, na periferia da zona leste, para fazer um balanço de seu governo e mais uma vez se comparou ao ex-presidente Getulio Vargas, assim como fez no comício matinal, em Campo Limpo, no extremo sul da capital.
No aniversário de 70 anos da morte de Getulio Vargas, o petista lembrou que o ex-presidente “teve a coragem de criar o salário mínimo e a CLT”, “dando jornada de trabalho e direito a férias para serem tratados de forma civilizada e não seja mais como um escravo.” Lula disse que ele e o ex-presidente foram os que permaneceram mais tempo no cargo e que ambos se preocupam com as políticas sociais.
Ao final do discurso de Lula, o evento já estava vazio, com temperaturas caindo e forte garoa.
Boulos também alertou seus apoiadores sobre a disseminação de mentiras contra ele por parte de seus adversários, e chamou Nunes de “incompetente” e Marçal de “bandido”. “Eles vão inventar mentiras. O jogo deles é ‘notícias falsas’, atacando baixo”, disse ele. “Não vamos deixar o incompetente Ricardo Nunes continuar governando São Paulo no ano que vem e não vamos deixar o criminoso Pablo Marçal sequer chegar perto da Prefeitura de São Paulo. Aqui não, que vá para Goiás para a sua terra natal”, afirmou o candidato do Psol. “Derrotamos Bolsonaro em 2022. Em 2024 é hora de derrotar os dois candidatos de Bolsonaro em São Paulo e completar o trabalho”, disse o parlamentar.
Aos moradores da zona leste, o deputado e candidato prometeu trazer mais empregos e desenvolvimento econômico para a região. Ele afirmou ainda que vai construir um “corredor de ônibus na Radial Leste de ponta a ponta”, o corredor de ônibus na Avenida Aricanduva e obras viárias para desafogar o trânsito na Avenida Marechal Tito.
O evento contou com a presença de quatro ministros, reforçando o peso que o governo federal tem na disputa paulista. Participaram Fernando Haddad (Finanças), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).
O único ministro a falar foi Haddad, que criticou indiretamente a gestão Nunes e Marçal. “A concorrência é muito fraca, não é boa”, disse ele. Sem citar diretamente o candidato do PRTB, afirmou que “todos os maus personagens querem fingir que são loucos, mas ainda assim são maus personagens. Há mau caráter concorrendo a prefeito e precisamos avisá-lo. Evite a loucura quando o mau caráter assumir o poder. Isso já aconteceu no Brasil e não vamos deixar isso acontecer em São Paulo.”
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT), vice de Boulos, evitou fazer ataques diretos ao governo Nunes, do qual foi secretária, e a Marçal, mas criticou ambos os adversários. Sobre Marçal, ela disse que São Paulo “quer um candidato que tenha uma trajetória bonita, que não seja ‘fake news’ e que não seja digital”. Sobre Nunes, ela criticou o tratamento diferenciado entre moradores da periferia e dos Jardins, região nobre da capital.
Pela manhã, Lula e Boulos realizaram um comício no Campo Limpo, bairro onde mora o candidato do Psol, e fizeram gravações para serem veiculadas na propaganda eleitoral gratuita, que começa a ser veiculada na próxima semana.
A expectativa é que Lula tenha pelo menos mais duas agendas de campanha com Boulos no próximo mês. O presidente tenta ajudar o candidato do Psol a aumentar os votos entre os mais pobres. Esta fatia do eleitorado tem sido disputada com Nunes e Marçal.
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