Susane Paula Muratori Geremia foi presa na sexta por injúrias raciais; sua filha, Bruna, foi liberada após depoimento. Mulheres que moram no McDonald’s do Leblon são presas O caso de racismo que envolveu Susane Paula Muratori Geremia e Bruna Muratori, de 31 anos, mãe e filha que moram há meses no McDonald’s do Leblon, não é a primeira acusação contra as duas. A defesa recorre da condenação, no Rio Grande do Sul, por mais um caso de racismo. Em setembro de 2017, Susane e Bruna teriam chamado a auxiliar de serviços gerais do condomínio onde moravam mãe e filha de “empregadazinha inútil, preta e suja”, segundo denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Segundo o documento, mãe e filha ofenderam a vítima Carmen Guerra da Silva por ela ter recebido correspondência jurídica destinada a Susane e Bruna. “Acontece que, na verdade, a vítima apenas colocou a referida carta na caixa de correio dos arguidos, não tendo sido responsável pela sua recepção”, aponta a denúncia. Racismo no McDonald’s Susane Paula Muratori Geremia, 64, e Bruna Muratori, 31, mãe e filha que moram há meses dentro do refeitório, foram levadas ao 14º DP do Leblon na última sexta-feira (30) após denunciarem que um grupo de adolescentes denunciou que estavam alvos de ataques racistas no McDonald’s do Leblon, Zona Sul do Rio, onde foram entrevistados todos os envolvidos e testemunhas. Susana foi presa por insultos raciais – a filha foi libertada. O g1 entrou em contato com Bruna e aguarda posicionamento. Segundo agentes do programa Leblon Presente, testemunhas disseram que as ofensas começaram no final da tarde desta sexta-feira (30), depois que as meninas tiraram fotos de Bruna e Susane. O caso foi registrado na delegacia para onde todos os envolvidos foram levados pelos policiais da Segurança Presente. No local, as jovens e alguns dos responsáveis que chegaram à delegacia contaram o que motivou o desentendimento entre os envolvidos. O McDonad’s informou à TV Globo que, assim que for notificado, colaborará com as autoridades. A empresa afirma ainda que mantém iniciativas que incentivam a diversidade. Mulheres moram no McDonald’s do Leblon e viralizam: ‘Não entendo como essa bola de neve virou’, diz mãe Mulheres que moram no McDonald’s do Leblon prestam queixa por agressão O que dizem as vítimas Cozinheira Bruna Medina de Souza, mãe de um filho dos filhos dos adolescentes, disse que a filha era chamada de “coitadinha, negra, nojenta”. “Sempre sofremos uma forma ou outra de racismo, mas geralmente pegamos, colocamos no bolso e vivemos. ‘”, disse Bruna. A mãe da adolescente contou à TV Globo que soube por telefone da confusão que estava acontecendo no McDonalds do Leblon e correu para ajudar a filha. “Eu corri de onde estava, fui até o local e ela continuou insultando minha filha: ‘Aquela negra ali de biquíni’. Eu disse: ‘Ela não é negra. para ela, você tem que falar comigo. Foi quando a polícia chegou.” Jovens denunciam à polícia que sofreram racismo de mulheres que moram no McDonald’s do Leblon Reprodução Policiais levam malas de mulheres que moram no McDonald’s do Leblon Reprodução Bruna agradeceu às pessoas que presenciaram a cena do ataque contra sua filha. pessoas negras e faveladas não têm credibilidade nesses momentos “Graças a Deus houve uma testemunha ocular. Por ser adolescente, ele tem pouca voz, menos ainda. Periférico, ainda menos voz e mulher. Portanto, temos pouca credibilidade. Mas graças a Deus houve uma testemunha”, disse Bruna. Início da confusão Segundo as jovens, o grupo de amigos estava aproveitando a tarde ensolarada na praia do Leblon e antes de voltar para casa resolveram lanchar no McDonalds. e pegando salgadinhos no balcão, os amigos subiram até o segundo andar do estabelecimento, onde já estavam as mulheres que moram lá. Bruna Muratori, 31 anos, mora no McDonalds do Leblon. Reprodução Segundo uma das jovens. , os dois “moradores do refeitório” ficaram chateados porque estavam rindo e começaram a gravar os adolescentes “Ela veio até nós e disse: ‘abram a boca agora, seus pirralhos’. Ela veio até minha amiga e disse: ‘sua negra’. Ela disse para minha amiga: ‘negra nojenta’. Então ela nos chamou de ‘vadias’. Ela contou isso aos adolescentes”, disse uma das jovens. O taxista Rafael Tavares, um dos pais, disse que ficou assustado ao chegar ao refeitório e ver a filha e as amigas dentro do carro da polícia. Após o ocorrido, ele agradeceu à polícia pelo cuidado em não deixar as meninas expostas na rua aos ataques das mulheres mais velhas “Quando cheguei, as crianças estavam dentro da van da polícia e eu fiquei com medo. Os policiais foram muito educados, conversaram, todos também ficaram irritados com a situação. Eles atacaram as meninas, muitas vezes chamando-as de ‘negras’ e ‘pobres’ e outros palavrões que não preciso repetir”, disse ele. “Disseram que as meninas não deveriam estar ali, que o lugar não era para pobres nem para negros e que eles estavam atrapalhando”, disse Rafael. Mãe e filha sentam-se em uma mesa no refeitório do G1 Rio. A cozinheira Bruna Medina afirmou que tudo fará para que as mulheres paguem pelo que fizeram, dizendo mesmo que quem as acolhe também tem uma responsabilidade: “Farei o meu melhor para que isto não volte a acontecer. Eles responderão. Quem os acolhe também responderá. Porque eles estão lá com o consentimento de alguém. É uma cafeteria, o acesso é gratuito, mas as crianças não podem falar alto porque isso incomoda em casa.” “Essa casa não é deles. Minha filha não vai comer na casa deles, minha filha vai lanchar com as amigas em um estabelecimento e pagar”, completou Bruna. Investigação O caso foi registrado na Delegacia do Leblon, para onde foram levadas Bruna Muratori e Susane Muratori, junto com as malas que carregavam. Os dois costumam ficar no McDonalds do Leblon por pelo menos 7 meses. Em nota, o programa Leblon Presente informou que policiais foram chamados “para investigar um possível caso de racismo ocorrido”. acontecendo em um estabelecimento na Rua Ataulfo de Paiva, no Leblon’ ‘Testemunhas relataram que uma adolescente e sua mãe entraram no local para comprar um lanche e supostamente tiraram fotos de duas mulheres, que moram no estabelecimento desde abril 2024. As mulheres teriam ficado indignadas com a situação e fizeram insultos racistas. A equipe de Segurança Presente foi chamada e todos os envolvidos foram levados para o 14DP’. A dupla tem chamado a atenção dos moradores ao passar o dia no refeitório da Rua Ataulfo. Paiva, na esquina da Rua Carlos Góis, ao lado de cinco malas – que também foram levadas à delegacia para registro do caso. Eles vêm consumir no estabelecimento e só saem de madrugada, quando a loja fecha. Mulheres moram no McDonald’s do Leblon e viralizam
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