Na quarta-feira (28), o ministro do Supremo havia dado 24 horas para que o dono da plataforma X, Elon Musk, indicasse o nome e as qualificações de um representante legal da empresa em território nacional. Alexandre de Moraes suspende X no Brasil O ministro do STF – Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a suspensão da rede social X no Brasil. A empresa não cumpriu a ordem do ministro de nomear um representante legal. O ministro do STF – Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou “a suspensão imediata, completa e integral da operação da ‘X Brasil Internet Ltda em território nacional, até que todas as ordens judiciais expedidas no caso sejam cumpridas, as multas sejam devidamente remunerado e o representante da pessoa física ou jurídica em território nacional for nomeado judicialmente”. Alexandre de Moraes notificou a Anatel para bloquear a rede social em todo o território nacional no prazo máximo de 24 horas para que Apple e Google retirem X do site. X lojas de aplicativos, Elon Musk, indicou o nome e as qualificações de um representante legal da empresa em território nacional. A notificação foi feita, de forma inédita, pela própria rede social. Às 19h desta quinta-feira (29). O advogado Luiz Augusto D’urso afirma que o ministro poderia utilizar outros meios legais para exigir o cumprimento da ordem judicial “O Brasil e outros países têm acordos legais de cooperação internacional e ordens judiciais expedidas pela autoridade judiciária daqui. no país podem ser cumpridas em países como, por exemplo, os Estados Unidos, que são parceiros da justiça brasileira. E então, com uma carta rogatória, uma decisão judicial, poderia ser executada no exterior. O que poderia ser isso? Poderia ser o congelamento de bens ali, poderia até ser um mandado de detenção, uma busca e apreensão, o que conseguiríamos, claro, num caso máximo. Mas ainda há formas de isso piorar, além de suspender a plataforma, caso nada seja feito ou não ocorram mudanças por parte de X”, afirma Luiz Augusto D’urso, advogado especializado em Crimes Cibernéticos e Direito Digital. Em abril, Elon Musk descumpriu diversas ordens do ministro Alexandre de Moraes para bloquear contas de investigados do STF, acusados de violar a democracia e Musk também deixou de pagar as multas, que até o momento chegam a R$ 18,35. milhões por descumprir ordens judiciais Musk postou imagens satirizando o ministro no próprio X e acabou incluído como investigador na investigação da milícia digital, da qual Moraes é relator na decisão desta sexta (30) que determinou o investigação. suspensão de X, o ministro disse que, ao ser convocada, a referida plataforma cometeu desobediência judicial e decidiu, criminalmente, publicar mensagem incitando ao ódio ao Supremo. Moraes afirmou ainda que Elon Musk confunde liberdade de expressão com inexistente. liberdade de agressão, confundindo deliberadamente a censura com uma proibição constitucional do discurso de ódio. e incitação a atos antidemocráticos. O ministro disse ainda que “a exploração criminosa de diversas redes sociais, especialmente da rede X, também tem sido investigada em outros países”. E citou um trecho do parecer do procurador-geral Paulo Gonet, que concordou com a decisão de suspender X. Gonet lembrou que o empresário Elon Musk cumpriu centenas de ordens de remoção de conteúdo dos governos da Índia e da Turquia. No despacho desta sexta-feira (30), Alexandre de Moraes afirmou ainda que houve “ações reiteradas, conscientes e voluntárias”. descumprimento de ordens judiciais e descumprimento das multas diárias impostas, além da tentativa de não submissão ao sistema jurídico e judiciário brasileiro, para estabelecer um ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024.” Após a ordem de suspensão, Elon Musk publicou no X: “A liberdade de expressão é a base da democracia e um pseudojuiz não eleito no Brasil está destruindo-a para fins políticos”. No final da manhã, antes mesmo da decisão de suspender a rede social, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou que acompanha a situação entre o STF – Supremo Tribunal Federal e a plataforma X. Destacou que a liberdade de expressão é um elemento fundamental pilar de uma democracia saudável e concluiu dizendo que, “por questões de política interna, não comentamos decisões judiciais ou disputas judiciais”. Em entrevista à rádio Rede “Mais PB”, da Paraíba, o presidente Lula disse que o dono do X precisa respeitar as leis brasileiras. “Todo e qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, que tenha investimento no Brasil, está sujeito à Constituição brasileira e às leis brasileiras. Portanto, se o Supremo Tribunal Federal decidiu que o cidadão deve cumprir determinadas coisas, ou ele cumpre, ou terá que tomar outra atitude, porque só porque um cara tem muito dinheiro não quer dizer que ele possa desrespeitá-lo”, disse. afirmou. Paralelamente, a Primeira Turma do STF passou a julgar recursos de plataformas digitais, inclusive X, contra o plenário virtual. bloqueio de perfis de investigados por postagens envolvendo atos golpistas, discursos de ódio e ataques a instituições. Seguiu-se o ministro Flávio Dino. o voto do relator. Mais três ministros poderão inserir seus votos no sistema até o dia 6 de setembro. LEIA TAMBÉM Como uma rede social deixa de funcionar no Brasil? Moraes ordena suspensão de X no Brasil após emissora não designar representante legal no país Ordem de bloqueio de
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