agosto 30, 2024
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Veja as 10 maiores quedas do Ibovespa em agosto | Empresas

Veja as 10 maiores quedas do Ibovespa em agosto | Empresas
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O que cai? Se pudermos chamar um ranking como este em que a maioria das ações teve perdas em torno de 9% nos últimos 31 dias (22 pregões), então a mensagem que agosto deixa no seu final é que o mau presságio associado ao mês passou. passou. longe do Ibovespa. Ou a maior parte do portfólio teórico.

Às vésperas do final do mês, alguns ruídos causaram um choque em nossa lista. Rumores sobre a Azul estudar um pedido de falência, Capítulo 11, nos Estados Unidos, atormentaram o mercado nos últimos dias. E essa notícia moveu a tocha do Ibovespa.

Caso as discussões para prorrogar sua dívida cheguem a um impasse, a companhia aérea poderá ser obrigada a acionar o dispositivo legal para proteger a operação enquanto renegocia com seus credores.

Traumatizado por episódios semelhantes no setor, o mercado financeiro não esperou a confirmação dos rumores para agir. Assim, em duas sessões, Azul aumentou suas perdas acumuladas e fechou com variação mensal negativa de 32%

“É um ciclo. A cada 10, 15 anos, a maioria das companhias aéreas vai à falência no Brasil. E aí surge uma empresa menor, assim como a Azul na última década, que vai crescendo lentamente sobre essa lacuna deixada no mercado. A diferença agora é que não há agentes no país capitalizados ou interessados ​​em fazer esse tipo de movimento agora”, afirma. Flávio Condeanalista em Aumentar os investimentos.

Mesmo com o céu fechado para a Azul, o Ibovespa voou com céu limpo neste mês.

Agosto foi o melhor mês para o mercado de ações brasileiro no ano até agora. Mas a narrativa evoluiu de forma paradoxal: os investidores começaram a prever um miniciclo de subida da taxa Selic que levaria a taxa básica de juro de 10,5% para 12% no início de 2025. E isso foi uma boa notícia para a maioria dos investidores. . ativos.

Mas caiu mal para as empresas sensíveis às oscilações das taxas de juros e com endividamento elevado.

O ranking deste mês está repleto de nomes da indústria de consumo, cases de Alpargatas e Natura, e o setor de logística, como Localiza e Vamos. A locadora de caminhões, máquinas e equipamentos pesados ​​teve a segunda maior queda em sua carteira teórica em agosto, 12%.

Das 85 ações que compõem atualmente o Ibovespa, 21 registraram queda em agosto.

10 ações com maiores quedas no Ibovespa em agosto de 2024

Sala de aula. Papel Código Variação (%) Preço
1 AZUL PN AZUL4 -32,62 5,39
2 VAMOS EM FRENTE VAMO3 -11,94 7,60
3 PN ALPARGATAS ALPA4 -10.47 7,70
4 YDUQS PARTE ON YDUQ3 -9,96 9,85
5 COGNA LIGADA COGN3 -9,87 1,37
6 NATURA NO GRUPO NTCO3 -9,24 13h55
7 ENCONTRE EM ALUGUEL3 -5,61 41,37
8 SÃO MARTINHO EM SMTO3 -4,61 27,72
9 CARREFOUR BR ON CRFB3 -3.13 8,97
10 ÓLEO 3R LIGADO RRRP3 -2,55 26.37

Os atos repugnantes de agosto

Para Filipe Mourasócio e analista na gestão Finacap InvestimentosO principal fator no radar dos investidores hoje é a aquisição de Meta.

“Esse é um cenário binário para a Azul, porque o mercado espera que a fusão ou aquisição da Gol se concretize – por qualquer meio. Porém, com essas novas informações sobre a possibilidade de recuperação judicial, entendemos que há mais riscos no horizonte da empresa. E, caso a compra não seja confirmada, o estoque deve subir”, diz Moura.

Para ele, também há dúvidas sobre como a companhia aérea financiará essa compra da Gol. “Até agora se dizia que seria uma aquisição através de emissão de dívida. Mas isso não seria possível agora com os rumores de recuperação judicial”, pondera.

O processo deverá exigir muitos recursos, e a alavancagem da empresa resultante também será elevada, considerando que tanto a Azul quanto a Gol possuem uma dívida bruta considerável, em grande parte indexada ao dólar, o que pressiona seus custos financeiros.

“A estrutura de balanço desta nova empresa precisará ser muito bem desenhada com os arrendadores de aeronaves, que são os principais credores das empresas”, acrescenta Moura.

Mas Conde questiona a capacidade da Azul de concluir o processo de aquisição da Gol num cenário de risco de recuperação judicial da companhia aérea.

“A aquisição se torna menos provável agora. Além disso, hoje não há nenhum agente estrangeiro de olho no mercado aéreo brasileiro, porque já está mais do que comprovado que esse tipo de operação não é sustentável no país. São empresas com receitas em reais e custos em dólares, sem contar que não se discute o peso dos impostos e da tributação nesta estrutura financeira. Isto torna a atividade do setor insustentável”, argumenta Conde.

A malha aérea brasileira está praticamente nas mãos de três companhias aéreas, Latam, Azul e Gol. Mas todos sofrem do mesmo mal que assombra o setor há décadas: altos custos operacionais.

Intercâmbio e óleo pressionam os custos e funcionam quase inversamente à capacidade destas empresas se tornarem lucrativas. Os dois componentes representam grande parte das despesas do setor devido a:

  • querosene de aviaçãoo combustível derivado de petróleo utilizado nas aeronaves, que representa quase 50% dos custos dessas empresas; e
  • proprietáriosos credores de alugar (arrendamento) de aeronaves, acordado em dólar.

“O risco de investir na Azul hoje é grande. A empresa passou quase três anos operando com os juros da dívida ‘comendo’ quase todo o seu resultado operacional, que já era negativo durante a pandemia da Covid-19. E depois tem a questão de ser uma empresa com muito endividamento, o que torna uma tese de investimento muito complexa”, finaliza Moura.

Para ele, as perspectivas de integração da Azul com a Gol seriam positivas, pois consolidaria uma empresa que dominaria a maior parte do mercado brasileiro.

Mas o risco é saber se este gigante conseguirá manter-se sobre as próprias pernas – mesmo que o seu peso actual tenha sido excessivo.

Setor de educação: Cogna e Yduqs

Ydus e Cogna têm parte significativa de suas receitas vinculadas ao público de média e baixa renda, portanto a perspectiva de taxas de juros mais elevadas poderia comprometer a renda disponível destas famílias.

Esse cenário pressiona as empresas em diversas frentes. Da perspectiva de pressão inflacionáriadevido ao aumento dos custos operacionais e serviço de dívida elevado – enfrentando agora o risco da Selic subir 10,5%. Estes factores podem exigir ajustamentos de preços dos serviços ou tornar essas correcções de preços mais difíceis para os consumidores.

Isso porque o volume de receitas tende a diminuir. Ou seja, possíveis novos aumentos da Selic poderão piorar o que já estava ruim.

Conde também trata a dissolução nessas funções como uma espécie de “desvio de rota” do que era inicialmente esperado pelos agentes do setor.

“Esses ativos se recuperaram em 2022 porque se criou a expectativa de que o retorno de Lula [na presidência da República] e Fernando Haddad no ministério podem ser boas notícias para o setor. Eles esperavam que Haddad fosse para o Ministério da Educação [MEC] e o governo trabalhou na retomada do Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior]o que foi extremamente positivo para essas empresas nos primeiros mandatos de Lula. Mas isso não se confirmou, e o Planalto só trouxe más notícias para as empresas privadas de ensino superior“, afirma o analista do Levante.

Segundo ele, o horizonte de investidores dessas empresas entrou em colapso porque o MEC suspendeu a autorização para abertura de novos cursos de medicina no ano passado.

Por questões de interpretação legislativa, o MEC passou a discutir se esses cursos podem ser abertos onde quer que sejam solicitados pelas instituições.

E, de uma só vez, o governo bloqueou dois canais de crescimento das empresas privadas de ensino superior: o ensino a distância (EAD) e os cursos de Medicina.

“É difícil prever se a Cogna ou a Yduqs podem fazer melhor porque não há alternativa no setor: são empresas com elevado endividamento. analista.

Despedidas do Ibovespa em agosto

Não houve mudança de carteira prevista, mesmo assim o Ibovespa se despediu de três nomes em agosto: Grupo Soma, Arezzo e Cielo. Mas por razões diferentes.

Os do Grupo Soma, que acabaram ficando entre as maiores quedas mensais do Ibovespa devido à deterioração do cenário de consumo no varejo, saíram da carteira em agosto devido à sua fusão com a Arezzo & Co. A integração das operações criou o Azzas 2154.

Os acionistas do Grupo Soma receberam o equivalente a 0,120446593048 de ARZZ3 por cada 1 ação SOMA3. Posteriormente, esse bloco de ações da Arezzo foi transformado em 2.154 ações da Azzas na proporção de 1 para 1. Basta alterar o nome e o código com que o ativo é negociado.

Ou seja, a participação do Grupo Soma foi efetivamente extinta, enquanto a da Arezzo foi transformada em Azzas 2154 após a incorporação das operações.

A Cielo se despediu após a conclusão da oferta pública de aquisição de ações (OPA), que consiste basicamente no processo de fechamento de capital, deixando assim o B3 em 26 de agosto.

Finalmente, o Dexcoempresa produtora de materiais para construção e reforma, deverá sair da nova versão do portfólio teórico. O movimento já havia sido antecipado pelas prévias do Ibovespa.

A nova formulação do índice estreia na próxima semana, e a empresa tende a ficar fora dos principais radares do mercado por algum tempo.

Outono — Foto: GettyImages

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