agosto 30, 2024
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Caso Anic: amante assume que matou vítima e que mandante ‘é de alto poder aquisitivo’, dizem advogados

Caso Anic: amante assume que matou vítima e que mandante ‘é de alto poder aquisitivo’, dizem advogados
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Defesa de Lourival Correa Netto Fatica confirma, em entrevista coletiva, autoria do crime. A vítima teria sido morta no dia em que desapareceu, há seis meses. Família pagou resgate de R$ 4,6 milhões A defesa do técnico em informática Lourival Correa Netto Fatica, principal suspeito do desaparecimento da advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, 55 anos, admitiu, nesta sexta-feira, que assassinou sua vítima. Segundo a advogada Flávia Froés, uma das responsáveis ​​pela defesa de Lourival, ele seria ouvido esta tarde, pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), sobre o ocorrido com Anic. O acordo de colaboração envolveria a liberdade dos filhos do réu e de uma ex-namorada, o que não foi confirmado. Desaparecido desde 29 de fevereiro: antenas telefônicas ajudaram a mapear os passos do suspeito no desaparecimento Quarenta contas: o resgate de Anic, sequestrado em Petrópolis, foi pago em bitcoins A audiência aconteceria no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde o técnico de informática está preso. O procedimento faria parte de uma negociação para facilitar um acordo de delação premiada, em que Lourival revelaria a existência do mandante do assassinato. Anic está desaparecida desde 29 de fevereiro de 2024. Ela desapareceu após sair a pé de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana. Segundo a defesa de Lourival, a vítima foi morta nesta data, e nunca houve sequestro. Flávia Froés revelou ainda que Lourival escreveu uma carta na prisão contando detalhes do crime. Este documento está com ela. — Dependemos de negociações com o MPRJ para entregar esse documento. Lourival está preparado para ir até o local e mostrar à polícia onde está o corpo — disse o advogado. — Ele vai apontar onde está o corpo. Ele está tentando fazer isso há meses. Lourival Correa Netto Fática no momento da prisão, e Anic de Almeida Peixoto Herdy na saída do shopping Petrópolis Reprodução Segundo a defesa, a confissão é para “desvincular outras três pessoas que não participaram” do crime. Segundo ele, no local onde Anic foi assassinado é possível encontrar vestígios de sangue da vítima através de exames. — Este será o tema deste esclarecimento. A intenção dele (Lourival) é, haja ou não acordo de colaboração com o Ministério Público, levar tudo para o Ministério Público, considerando que as negociações com o Ministério Público no caso não avançaram. Ainda que não exista acordo de colaboração premiada, é intenção da Fatica esclarecer isso, levando a polícia, os tribunais, a imprensa, ao local onde ocorreram os factos, onde será possível apurar com clara clareza, recorrendo a técnicas de especialistas científicos da polícia, que ficará cabalmente comprovado que Anic morreu naquele local — afirmou a advogada Flávia Froés. Segundo a defesa, é possível encontrar e analisar o material genético da vítima no local a ser apontado por Lourival: — Há vestígios de sangue, de material genético, sabe-se que o luminol pode detectar a presença de sangue até cinco anos após o fato. Não adianta lavar. Luminol consegue verificar isso no local da morte de Anic e revelará sua intenção. Quer haja colaboração ou não. Mas quanto mais cedo puder acabar, dar uma resposta à sociedade, aos amigos de Anic, principalmente à filha de Anic, a intenção de Lourival e de sua defesa é colaborar com a Justiça. Lourival e outras três pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento do advogado são presas. Um pagamento de resgate no valor de R$ 4,6 milhões foi feito pela família da vítima, mas ela nunca mais voltou para casa. A polícia concluiu, em relatório de investigação, que o estudante de psicologia possivelmente foi assassinado. Nova Holanda: Polícia encontra 820kg de drogas em vigas de telhado e rachaduras em paredes de escola e clínica da família na Maré O mistério em torno do local onde Anic terminou há seis meses foi encerrado nesta quinta-feira. Embora as buscas tenham sido realizadas por policiais da 105ª DP (Petrópolis), o corpo do advogado nunca foi localizado. O relatório de investigação do caso, realizado pela Polícia Civil, também revela a proximidade entre o suspeito e a vítima, que, segundo depoimento de uma testemunha, mantinha um caso extraconjugal. Conclui ainda que Anic entrou em um carro dirigido por Lourival, após ter sido visto pela última vez caminhando pelo centro do município de Petrópolis, no final da manhã do dia 29 de fevereiro de 2024. A família da vítima pagou o valor de R$ 4,6 milhões, exigida por uma pessoa que fez contato via mensagem de texto com o telefone de Benjamim Cordeiro Herdy, 78. Marido da estudante, ele é casado com a advogada há cerca de 20 anos, além de ser um dos herdeiros do fundador de um complexo educacional que criou uma universidade privada, vendida para outro grupo educacional em 2021. Apesar do pagamento, ela não voltou para casa. A polícia trabalha na hipótese de que o advogado tenha sido assassinado. “Assim, Lourival Correa Netto Fática foi o idealizador do falso sequestro, tudo com o objetivo de extorquir Benjamin para que pagasse o resgate de um sequestro que não ocorreu. Há fortes suspeitas de que Anic, por conta desse relacionamento extraconjugal, tenha se juntado ao criminoso. O plano de Lourival, pelo menos inicialmente, é a certeza de que ela de fato nunca mais foi vista, sem notícias de seu paradeiro, o que indica que ela pode ter sido assassinada”, diz trecho do relato feito por policiais da 105ª DP (Petrópolis), responsável pela investigação. Saiba mais: PM é preso após brigar no trânsito com entregador e tentar matá-lo a facadas, em Osvaldo Cruz Investigações realizadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) mostram que Lourival foi o responsável por a segurança pessoal da família de Anic, além de instalar câmeras de vigilância na casa onde moram a vítima e o marido, em Teresópolis. O advogado desapareceu ao sair de um shopping e foi visto pela última vez por volta das 11h34, próximo ao cruzamento entre as ruas Marechal Deodoro e General Osório, no centro de Petrópolis. Imagens captadas por câmeras de segurança mostram que um carro dirigido por Lourival estava no mesmo local. “(…) Observe que o carro do Lourival passa por esse último local às 11h49m48, ou seja, um minuto depois de passar pelo local da câmera anterior (11h48m52), e o percurso é muito curto, aproximadamente 300m, e é normal fazer isso em 30 segundos. Então é possível concluir que o carro de Lourival para para Anic entrar”, diz outro trecho da reportagem. O valor exigido em dólares, reais e bitcoins para a libertação de Anic — totalizando R$ 4,6 milhões — foi pago pela família da vítima no dia 11 de março de 2024. Parte do dinheiro em reais foi depositado em 40 contas utilizadas por doleiros. Outra parte foi destinada à compra de bens como um caminhão de luxo, uma motocicleta e 950 celulares que abasteceriam uma loja de eletrônicos em Teresópolis. Desse total, a polícia recuperou cerca de R$ 800 mil que haviam sido depositados em uma conta bitcoin e um carro e uma moto. Confira também: ‘uma tragédia’, lamenta a mãe de um jovem que morreu após ser atropelado por um transformador, em Niterói Os dois veículos foram adquiridos por Lourival e estão apreendidos à disposição da Justiça. A compra da Pickup foi feita no dia em que o resgate foi pago em dinheiro, em uma concessionária, pelo próprio suspeito. A maior parte do valor para pagar o resgate de Anic foi colocada em uma mochila e seria entregue por Benjamim e Lourival no dia 11 de março em um shopping da Zona Oeste. Quando a dupla se dirigiu ao local, Lourival afirmou que recebeu uma mensagem em seu celular ordenando que ela levasse o dinheiro para uma lixeira no Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, enquanto o marido de Anic aguardava no shopping designado. para o retorno da mulher. Anic, no entanto, nunca reapareceu. A polícia constatou que o suspeito não estava em nenhuma comunidade, mas sim em uma concessionária, onde comprou uma caminhonete. Os quatro presos estão indiciados pelo crime de extorsão mediante sequestro. Além de Lourival, também estão presos o filho e a filha de Lourival, além de uma ex-namorada do suspeito. Todos são acusados ​​de participar de alguma forma no desaparecimento de Anic

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