agosto 29, 2024
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Setor industrial perde peso no PIB e enfrenta cenário de crise estrutural | G20 no Brasil

Setor industrial perde peso no PIB e enfrenta cenário de crise estrutural | G20 no Brasil
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Após fechar 2023 em queda, a indústria de transformação avançou no Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre e a produção industrial acumulou alta de 2,6% até junho, segundo o IBGE, mas dados recentes são insuficientes para superar um cenário de crise estrutural. crise. crise. A produção ainda está 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em Maio de 2011. A participação da indústria no PIB despencou em comparação com as décadas de 1970 e 1980. A balança comercial da indústria de transformação, deficitária desde 2008, registrou no primeiro semestre o pior resultado para o período desde 2014 – até julho, o déficit é de US$ 33,3 bilhões.

Por um lado, o cenário da crise estrutural é conhecido, as suas causas são recitadas em verso e prosa por especialistas. Por outro lado, a indústria brasileira poderá se deparar com oportunidades, abertas por um cenário de mudanças na economia mundial, com a necessidade de descarbonização das atividades e com uma corrida tecnológica em meio a tensões geopolíticas.

O diagnóstico de que o Brasil vive uma “desindustrialização precoce” é mais ou menos consensual. Os estudiosos do desenvolvimento salientam frequentemente que a percentagem da indústria no PIB aumenta nos países que passam de países de rendimento baixo para países de rendimento médio, mas mais tarde, quando passam para países de rendimento elevado, esta percentagem diminui novamente. O movimento é inerente ao desenvolvimento. Isso ocorre com o crescimento relativo do setor de serviços, impulsionado pela demanda dos consumidores de maior renda e por uma indústria mais sofisticada. E esse peso maior dos serviços ocorre em detrimento do PIB espacial industrial e agrícola.

A desindustrialização é classificada como “precoce” quando ocorre numa fase em que a economia de um país ainda está no nível de renda média, como é o caso do Brasil. A globalização das cadeias produtivas, estabelecida ao longo das últimas quatro décadas, desempenha um papel nisso, ao deslocar grande parte da produção de bens para países de baixo custo, particularmente a Ásia. Para explicar por que o Brasil ficou de fora e viu sua indústria desidratada antes do tempo, os economistas também costumam citar uma série de fatores internos, muitos dos quais estão incluídos no chamado “custo Brasil”.

Alguns exemplos são a inflação e as altas taxas de juros, as taxas de câmbio desfavoráveis ​​- quando a cotação do dólar está muito baixa, dificultando as exportações e favorecendo as importações de bens -, os desequilíbrios nas contas governamentais – que contribuem para a inflação e as altas taxas de juros -, as incertezas políticas , a insegurança do sistema jurídico, as infra-estruturas deficientes, o complexo sistema fiscal, a má qualidade da educação, que resulta numa mão-de-obra pouco qualificada, e o elevado custo da energia.

“Não adianta ter uma política industrial e um certo nível de protecionismo se não resolvermos os problemas estruturais”, afirma o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. Rafael Cagnin, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), chama a atenção para o fato de que grande parte dos problemas estruturantes surgiram ou foram agravados por sucessivas crises econômicas a partir do início da década de 1980 e, principalmente, coincidiram com o esgotamento de uma estratégia de industrialização.

Para Cagnin, o plano anterior, em vigor desde as décadas de 1940 e 1950, tendo a substituição de importações como princípio orientador, pode ser criticado, mas teve sucesso na construção de uma indústria nacional e no impulso ao crescimento económico. O esgotamento, das décadas de 1970 a 1980, ocorreu em meio a mudanças na economia global que marcaram o início da globalização das cadeias produtivas e integraram a Ásia nesse jogo. Naquela altura, a maioria dos países asiáticos – primeiro o Japão, depois a Coreia e a China – aproveitaram a oportunidade para criar as suas estratégias de desenvolvimento industrial. O Brasil ficou para trás, destacou Cagnin.

“Na década de 1980, o Brasil não conseguiu redefinir ou redescobrir uma nova estratégia de desenvolvimento industrial, num contexto internacional de profundas mudanças”, afirma o economista. A perda de competitividade dos bens industriais produzidos no Brasil se reflete na balança comercial. O saldo entre exportações e importações é negativo desde 2008. Nos dados compilados desde 1997, o pior resultado foi em 2013, quando a procura interna foi forte, atraindo importações.

Os economistas críticos da estratégia de desenvolvimento industrial através da substituição de importações atribuem a baixa produtividade do sector nacional como o principal problema da falta de competitividade internacional. É o que aponta o estudo dos economistas Edmar Bacha, Victor Terziani, Claudio Considera e Eduardo Guimarães, publicado em julho, no site do Instituto Casa das Garças de Estudos de Política Econômica.

O estudo argumenta que a indústria perdeu muita força no Brasil por causa das tarifas excessivas de importação, decorrentes da política industrial vigente até a década de 1980. Com o mercado interno cativo e as barreiras à concorrência das importações, há menos incentivos para procurar competitividade. Na prática, as indústrias localizadas no país contentam-se com o retorno que obtêm sem terem que fazer grandes investimentos para permanecerem na fronteira tecnológica, explicou Considera. “Se a empresa não precisa competir porque a economia está fechada, não precisa investir para se tornar mais produtiva, não precisa inovar para aumentar a produtividade. Então, isso reduz investimentos.”

Para Cagnin, não adianta aumentar a exposição da indústria nacional à concorrência, com redução generalizada das tarifas de importação, sem uma nova estratégia de desenvolvimento industrial que será mantida no longo prazo. E há uma oportunidade de pôr em prática tal plano porque, tal como na transição das décadas de 1970 para 1980, a economia mundial está a passar por mudanças relevantes. As tensões geopolíticas entre os EUA e a China parecem ter posto fim à globalização das cadeias com a instalação de linhas de produção na Ásia. E a estratégia chinesa parece ser redobrar o foco no desenvolvimento industrial, agora centrado na alta tecnologia, que deverá inundar o mundo com mais produtos. Ao mesmo tempo, a necessidade de travar as alterações climáticas exige avanços tecnológicos disruptivos.

Na visão de Rafael Lucchesi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI e diretor superintendente do Sesi, é hora de o Brasil investir em políticas que apoiem indústrias nas quais o país já possui vantagens e que possam se beneficiar dessas mudanças. É o caso da cadeia dos biocombustíveis, que pode estar ligada à indústria automobilística. Inclui também uma série de setores intensivos em eletricidade que buscam fontes renováveis ​​de geração, como siderurgia, cimento e petroquímica.

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