Em meio ao impasse sobre a data da audiência, o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, começou a procurar senadores esta semana. A expectativa é que o atual diretor de política monetária do BC inicie o passeio pela Casa, o tradicional “beijo de mão”, na próxima semana, que será um esforço concentrado.
Após formalizar a indicação, o diretor do BC ligou para o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde acontecerá a sabatina, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e para o líder do PSD, maior partido da casa, Otto Alencar (PSD), que também é ex-presidente e conselheiro.
“Conversamos por telefone, pois ele deve ter conversado com outros senadores. Esse é o costume de quem vai ser interrogado”, disse Alencar ao Valor. Na próxima semana, os dois devem se encontrar pessoalmente.
A data da audiência está indefinida em meio ao impasse entre Legislativo, Executivo e Judiciário sobre novos critérios de distribuição de emendas parlamentares. Além disso, o imbróglio envolve a deterioração da relação entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Como mostrou o Valor, o governo tenta desde o início do mês que a audição do Galípolo se realize em setembro para evitar que fique “à chuva” até depois das eleições autárquicas de novembro. A direção do Senado, por outro lado, resiste a essa antecipação, considerando que o mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, vai até dezembro.
Os parlamentares já descartaram a possibilidade de analisar o nome de Galípolo durante o esforço concentrado da próxima semana. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ainda espera uma nova rodada de sessões presenciais na semana seguinte. A data seria antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 17 e 18 de setembro.
Apesar das dúvidas sobre o melhor momento para a sabatina, o presidente da CAE já demonstrou boa vontade com Galípolo e sinalizou aos aliados que deveria indicar um nome alinhado ao governo Lula para o relator. Os listados, segundo pessoas próximas a Vanderlan Cardoso, são o líder do governo, Jaques Wagner, e o senador Angelo Coronel (PSD-BA).
Senadores de diversas correntes políticas acreditam que Galípolo tem boa aceitação na Câmara e a questão agora é justamente o melhor momento. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse que, num primeiro momento, o diretor do BC foi “visto com desconfiança, mas depois ganhou a confiança do mercado”. “Ele se posicionou do ponto de vista técnico e não ideológico, que era o receio do mercado. Acredito que ele será bem recebido por todos. Uma vez aqui, quem será contra?” ele perguntou.
Até Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da oposição, acredita que o Galípolo será aprovado com facilidade, assim como aconteceu no ano passado.
“Ele [Galípolo] Você já esteve aqui uma vez e foi aprovado. A preocupação é no dia seguinte se ele será um servo de Lula para fazer as loucuras de baixar os juros num golpe de caneta ou se manterá uma linha já que há um acordo praticamente unânime no Banco Central para tomar decisões com responsabilidade”, disse.
Flávio acrescentou que todos respiram aliviados quando a escolha é por um nome que “não é a indicação política de Lula”.
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