Brasileiro tem o melhor recorde das Américas e nadará mais duas provas em Paris-2024; Gabriel Bandeira também sobe ao pódio e conquista bronze nos 100m borboleta É do porta-bandeira do Brasil, Gabriel Araújo, a primeira medalha do país nos Jogos Paralímpicos Paris-2024. E logo o primeiro ouro. O nadador foi campeão dos 100m costas S2 (classe para atletas com grandes limitações físico-motoras), com 1min53s67, na Arena La Defénse. Foi o melhor momento da carreira do brasileiro e um recorde nas Américas. Em segundo lugar ficaram Vladimir Danilenko (2min01,34), atleta neutro, e o chileno Alberto Caroly Diaz (2min01,97). Esta é a quarta medalha paralímpica do brasileiro. Em Tóquio-2020 ele havia conquistado a prata nesta mesma prova e também o ouro nos 200m livres e nos 50m costas. Ele é o atual bicampeão mundial do evento. — Estou muito feliz e emocionado. Este é um teste muito difícil para mim. Mas foi perfeito e eu não mudaria nada. Não nadei, desmaiei, terminei a corrida. Um sonho realizado — comemorou Gabrielzinho, em depoimento ao Sportv, que cita a prata em Tóquio-2020 como incentivo para Paris-2024 — Essa corrida realmente me emociona. Mas trabalhamos muito para isso e fizemos de tudo para que a prata virasse ouro. Menos de 12 horas após a Cerimônia de Abertura, ele estava na piscina da Arena La Defénse e se classificou para a final com o melhor tempo das eliminatórias, 1min59s54, pouco mais de dois segundos à frente do chileno Alberto Caroly Abarza Diaz, que foi o atual campeão paralímpico. . . Na época, ele disse que estava feliz com a marca, mas que seria “mais agressivo para a final”, pois estava economizando energia para a corrida. Gabrielzinho já disse que seu objetivo em Paris é conquistar três medalhas de ouro. Ele nadará os 50m costas e os 200m livres também. Durante o ciclo Paralímpico, os resultados e conquistas do nadador mostram que esse sonho é possível. Nos Jogos Parapan-Americanos, no Chile, em 2023, o brasileiro conquistou cinco medalhas de ouro (50m livre, 50m costas, 100m livre, 100m costas e 200m livre) para o Brasil. No Mundial, realizado em Manchester, também em 2023, conquistou o ouro nos 50m costas, 100m costas e 200m livre. Com essas conquistas, foi eleito o melhor atleta paralímpico do Brasil, ao lado de Bruna Alexandre, atleta olímpica e paralímpica de tênis de mesa, pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Outro Gabriel, Bandeira, também subiu ao pódio neste primeiro dia de provas de natação. Conquistou o bronze nos 100m borboleta S14 (classe para pessoas com deficiência intelectual), com 55s.08. O dinamarquês Alexander Hillhouse venceu a corrida com 54,61, depois de virar o primeiro grupo em quarto. Ele quebrou o recorde paralímpico de Gabriel (54,76). A prata foi para o britânico William Ellard com 54,86. O brasileiro foi o atual campeão paralímpico da prova, além de bicampeão mundial e recordista mundial (54s18) e nas Paraolimpíadas. Ele avançou para a final na quarta colocação, com o tempo de 56,06. — Eu queria o de ouro, mas veio o de bronze. O esporte é assim. Não fiquei feliz com o resultado, mas não posso comprometer as próximas provas (vou nadar mais três) — lamentou Gabriel, que havia ficado em segundo lugar na prova. Em Tóquio-2020, Gabriel Bandeira conquistou ouro nos 100m borboleta, prata nos 200m livre e 200m medley e bronze no revezamento 4x100m livre misto. Gabriel compete na natação convencional desde os 11 anos. Após algumas dificuldades no treinamento, ele passou por alguns exames e foi constatado que tinha deficiência intelectual.
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