agosto 28, 2024
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Novas funcionalidades começarão em fevereiro | Meios de pagamento

Novas funcionalidades começarão em fevereiro | Meios de pagamento
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Pix deve ganhar novas funcionalidades. Parcelamentos, pagamentos sem necessidade de abrir o app do banco, transferências automáticas e internacionais estão sendo avaliados pelo Banco Central. Em fevereiro de 2025, será lançado oficialmente o Pix via contactless, cujo uso é semelhante ao de um cartão de crédito ou débito, utilizado tanto com cartões plásticos quanto em suas versões digitais, via celular. Com uma carteira digital instalada no smartphone, será possível realizar pagamentos com Pix aproximando o celular da máquina de faturar.

A tecnologia será a mesma utilizada hoje para pagamentos sem contato, NFC (Near Field Communication). A diferença do Pix atual é que não será necessário acessar o aplicativo do banco, o que torna a transação mais rápida e segura. Embora só seja lançado oficialmente no ano que vem, o Itaú Unibanco começará a oferecer esse meio de pagamento nas maquininhas da Rede a partir de outubro deste ano. “Toda a experiência passará dos atuais 36 segundos para apenas 6 segundos”, afirma Angelo Russomanno, diretor de pagamentos para pessoas jurídicas do banco.

O Itaú também oferece Pix recorrente, parcelado e Pix automático, previsto para chegar oficialmente em junho de 2025. Essa categoria funciona como débito automático para pagamentos recorrentes, como contas de água, luz e gás. Não há obstáculo para que as instituições financeiras utilizem estas possibilidades antes do seu lançamento oficial. “Soluções desenvolvidas pelo mercado já podem ser oferecidas”, informou o Banco Central (BC). A autoridade monetária estuda o Pix parcelado, mas sem previsão de lançamento.

Em 2023, foram realizadas 42 bilhões de transações via Pix, um aumento de 75% em relação ao ano anterior. Com valor médio de R$ 420, o serviço já supera, em número de transações, cartões de crédito e débito, faturas, transferências e cheques que, juntos, totalizaram 39,4 bilhões de transações no ano passado. Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do BC e da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o Pix gerou R$ 17,2 trilhões no ano passado.

A popularidade, porém, traz consigo fraude. Foram cerca de 4 milhões de golpes envolvendo Pix nos últimos dois anos, estima o BC, que a partir de novembro deve lançar um sistema capaz de detectar com grande precisão transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, apoiado em inteligência artificial. Será necessário cadastro prévio de celular ou computador pessoal para transações acima de R$ 200 ou que ultrapassem o limite diário de R$ 1.000.

As medidas visam evitar que golpistas atuem mesmo que tenham acesso ao login e senha do titular da conta. “Trabalhamos com uma agenda permanente para melhorar os mecanismos de segurança”, afirma Breno Lobo, vice-chefe do Departamento de Concorrência e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central. Segundo o BC, 95% das 778 milhões de chaves Pix cadastradas pertencem a pessoas físicas.

Ainda em desenvolvimento no BC, sem previsão de lançamento, o Pix Internacional pretende se integrar aos sistemas globais de pagamentos instantâneos. O Banco de Compensações Internacionais (BIS), uma espécie de banco central dos bancos centrais, está desenvolvendo um programa para conectar vários sistemas de pagamentos instantâneos em todo o mundo. Segundo o BIS, eles estão disponíveis em cerca de 70 países.

O Pix contribuiu para a queda na circulação do dinheiro em espécie, ao permitir transações gratuitas de valores baixos, como um café na padaria. Estudo da Associação Brasileira de Transporte de Valores Mobiliários (ABTV) revelou que, em dez anos, o valor das compras pagas em papel-moeda caiu quase 50%, passando de R$ 2,614 trilhões para R$ 1,368 trilhão.

E o próprio Pix pode virar dinheiro. O BC já criou o Pix Saque e o Pix Troco, com o objetivo de aumentar a capilaridade dos pontos de saque, principalmente em municípios com baixa presença de instituições financeiras. A primeira permite que o usuário faça um Pix para uma empresa, que entrega o dinheiro físico de volta, como se fosse um saque em um caixa eletrônico; no segundo, é possível efetuar um pagamento acima do preço de compra, recebendo a diferença em papel-moeda.

Também é possível transferir chaves Pix entre instituições. Desde o lançamento, foram realizadas cerca de 35 milhões de portabilidades. Segundo o BC, os usuários preferem chaves aleatórias (371 milhões), seguidas de celular (144 milhões) e CPF (137 milhões de chaves).

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