Os vendedores tentam driblar a fiscalização chegando cedo ao Ibama e até vendendo perto de veículos da Equipe Municipal de Proteção Ambiental. Vendedores de animais silvestres usam sacolas, caixas e até meias para esconder os animais na Feira de Caxias. Pássaros, lagartos, tartarugas e macacos. Esses são alguns dos animais silvestres vendidos na tradicional Feira de Duque de Caxias, que acontece todos os domingos do ano. Um crime que se arrasta há gerações, há mais de 40 anos. Uma equipe do RJ2 foi ao local e realizou diversas prisões. Os animais estavam escondidos em caixas, sacos plásticos e até dentro de meias. Na tentativa de driblar a fiscalização, os comerciantes chegam de madrugada, antes dos veículos do Ibama. Mesmo assim, a equipe registrou animais sendo vendidos a poucos metros de uma equipe municipal de Proteção Ambiental. Animais silvestres são vendidos há décadas na feira de Caxias Reprodução/TV Globo O tráfico de animais no RJ não se limita ao município de Duque de Caxias, também houve crime na feira de Honório Gurgel, mas os vendedores de lá são mais cautelosos. Um deles deixou os animais escondidos dentro do carro. Um gato mourisco foi resgatado e três pessoas foram presas em flagrante na Zona Sul do Rio há dois meses. Destruído, estava pronto para ser vendido quando foi recuperado pela Polícia Federal. Animais silvestres são vendidos há décadas na feira de Caxias Reprodução/TV Globo Há um filhote de onça pertencente a um traficante no Morro Pavão-Pavãozinho – o que mostra que os animais estão sendo usados como símbolos de status e poder. Quem cria animais silvestres também pode ser enquadrado na lei de crimes ambientais. A exceção é se os animais forem adquiridos de criadores legais e possuírem toda a documentação. “De certa forma, é um trabalho de limpeza de gelo, que também traz alguns resultados. Não podemos eliminar essa atividade porque o apreço pelos animais ainda é uma cultura muito forte”, afirma o superintendente do Ibama-Rio, Rogério Rocco. “Portanto, se existe uma cultura que alimenta uma atividade que, economicamente, dá bons resultados, sempre haverá pessoas capazes de capturar o animal e colocá-lo na rede do tráfico”, acrescenta Rocco. Animais silvestres são vendidos há décadas na feira de Caxias Reprodução/TV Globo Procurada, a prefeitura de Duque de Caxias disse que as ações de combate à venda ilegal de animais silvestres são de responsabilidade do Comando de Polícia Ambiental da Polícia Militar e da Polícia de Proteção Delegacia de Polícia Ambiental, e que a Patrulha Ambiental da Guarda Municipal tem trabalhado todos os domingos para atender os órgãos.
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