Na estreia da série de audiências, o candidato a prefeito de SP pelo PRTB também disse que se sente constrangido com as acusações contra o presidente de seu partido e que a Justiça Eleitoral o censurou ao suspender suas redes sociais. Pablo Marçal (PRTB) na GloboNews Reprodução/GloboNews O candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, afirmou pela primeira vez em entrevista à GloboNews que será necessária a realização de um teste para analisar a viabilidade de implantação de teleféricos em comunidades da capital paulista, proposta de governo divulgada por ele desde o início da campanha eleitoral. Clique aqui para assinar o canal g1 SP no WhatsApp Marçal inaugurou na noite desta segunda-feira (26) a série de entrevistas da GloboNews com candidatos a prefeito da capital paulista na “Central das Eleições”. As audiências são lideradas por Natuza Nery. Eles acontecem ao vivo, têm início às 22h30 e duram 1h30. Os comentaristas Gerson Camarotti, Julia Duailibi, Andréia Sadi, Daniela Lima e Mônica Waldvogel fazem perguntas aos candidatos. Na entrevista, o candidato destacou que a ideia é criar uma Parceria Público-Privada e mencionou a importância de realizar um MVP, sigla em inglês para “Produto Mínimo Viável”, que é quando o empreendedor oferece o mínimo de funcionalidades para saber na prática a reação do mercado, o entendimento do cliente e se isso resolve o problema do consumidor. “Quero transformar comunidades em centros gastronômicos, hoteleiros e de empreendedorismo. É criar um circuito entre as comunidades para que possamos investir nesses locais e você não vai pagar nem a prefeitura. a solução de trânsito da cidade […] na verdade isso é para a comunidade porque ninguém quer investir na comunidade porque isso é um sequestro da esquerda.” “Eu quero fazer um MVP [Minimum Viable Product/ Produto Mínimo Viável] numa comunidade e as pessoas dizem: ‘Isto funciona aqui.’ Obtenha o que você mais precisa. Veja Paraisópolis, por exemplo. Vamos escolher um, que ainda não foi escolhido, e vamos dizer: ‘Você aprovou?’” E completou: “O problema do gestor público que assina contrato no valor de R$ 20 bilhão, R$ 30 bilhões na prefeitura é que ele não testa. O gestor público precisa tornar as coisas MVP. Não vai custar nada, nem para a prefeitura, não sei qual é a dor disso. Imagine um transporte viajando a 20 quilômetros por hora, é ecológico e silencioso. Claro que você tem que testar, é como namorar. Tem que namorar pra ver se tá bom, depois noivar e depois casar. Tem que ser testado, viabilizado. Sou inteligente o suficiente para remover a ideia.” “É só para as comunidades, quero abençoar as comunidades. E se de alguma forma isso não acontecer, tudo bem. Não sou um idiota que quer fazer algo e forçar as pessoas a fazerem. Não quero sequestrar as pessoas para que tenham uma ideia. Quero investir, testar e, se der certo, vamos expandir.” Prisão no Centro Eleitoral da PF Entrevista – Pablo Marçal (PRTB) Ainda durante a entrevista, Marçal foi questionado sobre sua condenação por furto qualificado em 2010, em primeira instância, a condenação, neste caso, foi em relação à Operação Pégasus, deflagrada pela Polícia Federal em 2005 e que tinha como objetivo desmantelar uma quadrilha especializada em arrombamento de contas bancárias via internet, na época, Folha. O jornal S.Paulo informou que a ação ocorreu simultaneamente nos estados de Goiás, Pará, Distrito Federal, Tocantins, Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Segundo o jornal, a investigação da PF afirma que, além disso. Para manter os computadores da quadrilha, Marçal operava um programa responsável por capturar e-mails para onde seriam enviados spam. Pablo Marçal admitiu à GloboNews que passou de 3 a 4 dias detido na Superintendência da Polícia Federal em 2005. Porém, negou saber de sua existência. o esquema e disse que só trabalhava na manutenção dos computadores de um dos envolvidos. “Quando isso aconteceu ganhei R$ 350 para ajudar na casa. Aqui está minha carteira de trabalho, meu segundo emprego em uma empresa de call center. Participei e tive a confiança que precisava para ganhar R$ 350.” Ele acrescentou: “Lamento ter que consertar os computadores desse canalha. É uma pena enorme, uma mancha na minha história. Se quisermos pegar uma situação de 20 anos atrás, teremos que lembrar sempre do presidente Lula, temos que lembrar quem foi processado porque o Lula estava naquela época, agora estão pressionando o partido. Está contra mim e tudo bem. Derrubaram minhas redes sociais. Tudo está contra mim. Acho que estou no programa ‘Todo mundo odeia a Cris’. Quero ajudar, cresci com um trabalho honesto. Aconteceu nesse episódio, ganhei R$ 350 e me ferrei. Aprendi muito e odeio injustiça e já tinha me manifestado na internet.” “Fui injustiçado, muita coisa que fiz na vida foi muita burrice da minha parte, todo mundo erra. Temos um presidente que criou a maior quadrilha, desviou mais de um trilhão, e você está presumindo que tirei R$ 350 para ajudar na minha casa? Fiquei três ou quatro dias na Superintendência da Polícia Federal”, admitiu. Emprego Pablo Marçal fala sobre a relação com Bolsonaro e diz que a direita não está dividida Marçal disse que vai facilitar a criação de 2 milhões de empregos na periferia da capital, ampliar a educação integral para crianças de 6 anos ou mais, afirmou que a direita “não tem dono” e que nas eleições “vale tudo”. O empresário prometeu que, “em 1.460 dias” de mandato, se for eleito, “nós, o empresariado, porque o governo não gera [empregos]Temos que facilitar a geração, geramos 2 milhões de empregos. Quero criar um cinturão de negócios de 120 km, vou fazer um acordo com o governo do estado.” Questionado sobre educação, afirmou que ampliará o ensino integral para todas as crianças maiores de 6 anos nos quatro anos de governo. 50% dos agregados familiares são chefiados por mulheres, que não têm onde deixar os filhos”, afirmou. E continuou: “A expansão tem que ser progressiva. Faremos progressos neste sentido. ‘Ah, vamos resolver o problema da Cracolândia’. Não vá agora. É uma progressão, vou ter que fazer o que eles disseram que iriam fazer. [Teremos] 100% das crianças em tempo integral em quatro anos. É porque progredir significa limpar a máquina, que precisa de eficiência. Se não, não posso fazer isso. As reuniões serão assim, serão transmitidas ao vivo.” Sobre a direita brasileira, afirmou que ela “não está dividida” e também “não tem dono”. “Bolsonaro tem o meu respeito”, afirmou, citando o ex-presidente como principal líder do atual grupo político, apesar de não apoiar a sua candidatura “Cheguei aqui sozinho, sem padrinho político, sem coligação política, sem dinheiro público e, agora, sem redes sociais”, disse “Nos. eleição, isso conta. tudo”, comparando a campanha a uma “guerra”. Segundo Marçal, eles almoçaram juntos recentemente e o ex-presidente disse que “não há como voltar atrás” na decisão de apoiar o São Paulo. “Ele [Bolsonaro] ele vai falar de tudo para defender o candidato”, finalizou, sobre Ricardo Nunes (MDB), que é apoiado pelo ex-presidente. Questionado sobre as acusações contra o presidente do seu partido de envolvimento com a facção criminosa PCC e o que ele tem feito para “limpá-lo”, o partido afirmou que não é presidente nem dono do partido, que filiou-se ao partido “ao última hora” e que todos têm direito à plena defesa “Tenho que começar por isso, eu sou. Eu não vou condenar o cara [Leonardo Avalanche, presidente do PRTB]” e “Não sou policial”, destacou. Avalanche foi flagrado em conversas com um integrante do partido que afirma ter ligação com o PCC e responde a uma ação na Justiça Eleitoral em que é acusado de coação, ameaças de morte, fraude e propina “Sim. É constrangedor dizer que o partido pertence ao PCC. Não tenho ligação, zero”, afirmou. Ele disse que gostaria que os acusados fossem removidos se fossem considerados culpados. “Se fosse minha parte, eles seriam removidos enquanto se aguarda a investigação.” Marçal negou que indicados do Avalanche ou do PRTB façam parte do seu governo, caso seja eleito em outubro: “Não há parentes ou pessoas competentes trabalhando nas minhas empresas, não quero ninguém assim, vou atrás de pessoas competentes , Pablo Marçal e Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB”. acusado de ligação com PCC em perfis de SP Sobre a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a suspensão das redes sociais de Marçal após acusações de “monetização de cortes”, o que desrespeitaria o equilíbrio da disputa eleitoral, segundo a sentença, o empresário disse ter sido vítima de “censura prévia” e “injustiça”. “Respeito a decisão do juiz porque agora estão a lidar, pela primeira vez, com alguém que entende de redes sociais”, disse ele, acrescentando que o juiz deveria fazê-lo. impôs multa em vez de suspender perfis. “Eu não coloquei [dinheiro nos cortes de vídeos distribuídos nas redes]”, garantiu. “Tenho que liberar conteúdo, não coloquei dinheiro nesta eleição.” Onde ver as audiências Candidatos a prefeito de São Paulo são entrevistados esta semana na GloboNews Divulgação Datas das entrevistas: terça-feira (27): Ricardo Nunes (MDB); Quarta (28): Guilherme Boulos (PSOL); Quinta (29): Tabata Amaral (PSB); Sexta-feira (30): José Luiz Datena (PSDB). audiência com candidatos da capital fluminense Para assinantes dos canais Globoplay+, há sinal para assistir às entrevistas ao vivo: São Paulo Rio de Janeiro A GloboNews entrevista candidatos a prefeito do Rio e de São Paulo.
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