Carlos Castro, CEO da SuperRico, já completou 70 maratonas e sete ultramaratonas, continua treinando todos os dias e acredita que melhorou com a idade Carlos Castro, 51 anos, completou 70 maratonas e sete Comrades Marathon Divulgação Aos 24 anos, Carlos Castro acabou no hospital com um ataque cardíaco. Com 1,77 m de altura, ele pesava 120 quilos. A obesidade o acompanhava desde a adolescência, mas a internação serviu de alerta para a necessidade de cuidar da saúde. Foi aí que o CEO da SuperRico, plataforma de planejamento financeiro que fundou em 2014, começou a trabalhar. Nos primeiros dez anos, sozinho, correndo na rua e nas esteiras da academia, no seu ritmo, chegou aos 65 quilos. Assim, com assessoria especializada, entrou nas provas de 10 quilômetros e nunca mais parou de correr. Hoje com 51 anos, Carlos já completou 70 maratonas e sete Comrades Marathon (em português, Comrades Marathon), ultramaratona de 90 quilômetros que acontece na África do Sul. Na última, em junho, finalizou após 11 horas, 44 minutos e 26 segundos. “É a melhor corrida do mundo, a rainha dos ultras; todos se ajudam, ninguém fica para trás”, conta em entrevista por vídeo. Celine Dion, da vulnerabilidade ao triunfo Dramas da meia-idade Influenciadores digitais, maduros e diversos Carlos Castro, engenheiro elétrico que fez carreira na Siemens, é um homem desafiado por objetivos. No caso do Comrades, pretende concluí-lo 10 vezes e assim integrar o seleto grupo do “Clube do Número Verde”, distinção que lhe garantirá o número 11214 que o identifica nas provas. Ninguém mais poderá usá-lo. No caso das maratonas, ele já fez praticamente todas as famosas que podemos imaginar, mas faltam duas das seis mais famosas do mundo: Londres e Tóquio. Ele começou na World Marathon Majors em Berlim em 2015, e depois veio Chicago, Boston e Nova York. As maratonas mais normais, que ele corre aqui no Brasil várias vezes ao ano, servem de treino para o Comrades. Para isso, ele treina todos os dias, alternando exercícios de velocidade e resistência. A corrida de longa distância entrou em sua vida após uma tragédia pessoal, que ele relata no capítulo “Pontes para a Vida”, do livro “Histórias que Transformam: Grandes Líderes Revelam os Segredos da Superação”. Em 2008, sua esposa estava grávida de uma menina quando descobriu um câncer muito agressivo. Ambos morreram e Carlos caiu numa depressão que parecia não ter fim. “Corri para lembrar de tudo que passei, para não esquecer”, conta. Casado há muitos anos com a publicitária Andrea Piangentini, ele diz que continua correndo para lembrar, mas agora a dor passou. Andrea, aliás, é sua parceira de corrida: é ela quem leva os suplementos alimentares nos pontos previamente combinados para que ele possa comer regularmente. Os testes nem sempre saem como planejado. Em 2018, Carlos desmaiou por uma hora, mas acordou e continuou até o fim. Em 2019, seu corpo voltou a falhar e ele caiu no esquecimento (por isso ela não conta para o Clube Verde). Ultramaratonas, diz ele, exigem um tremendo domínio da mente. Por volta do quilômetro 60, “o corpo tenta te desligar”; o corredor começa a sentir náuseas, até a água no estômago não para. Sem hidratação e carboidratos, ocorrem desmaios – e às vezes a morte. O que faz a diferença para quem finaliza é a mente. E então, diz ele, a idade faz muita diferença. Carlos dá um exemplo: no Comrades há uma subida íngreme que ele, quando era mais novo, correu, mas chegou ao fim exausto. Hoje em dia, inspirado pelos corredores mais velhos que deixou para trás, ele caminha forte. “Descobri que a velocidade de quem sobe morros pode ser ainda maior do que a de quem corre”, diz. Quanto aos objetivos que ainda pretende alcançar, diz-me que são a sua inspiração. “É preciso ter disciplina para executá-los e foco para seguir em frente. E é preciso paciência para saber quando desacelerar.” *Maria Tereza Gomes é jornalista, mestre em administração de empresas pela FEA-USP, CEO da Jabuticaba Conteúdo e mediadora do podcast “Mulheres de 50”
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