agosto 24, 2024
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‘Golpe do PIX’: o que se sabe sobre denúncia contra jornalistas e outros 10 suspeitos de desviar doações em telejornal

‘Golpe do PIX’: o que se sabe sobre denúncia contra jornalistas e outros 10 suspeitos de desviar doações em telejornal
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Marcelo Castro e Jamerson Oliveira são apontados como líderes do grupo criminoso, segundo denúncia do MP-BA. A justiça entende que os suspeitos formavam uma organização criminosa. Os jornalistas Jamerson Oliveira e Marcelo Castro lideravam organização criminosa, segundo Justiça baiana Reprodução/Redes sociais A denúncia apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) à Justiça contra os 12 suspeitos envolvidos no caso conhecido como “PIX Golpe ”, detalha a participação de cada um deles no esquema. O documento mostra o “caminho” do dinheiro que foi arrecadado por meio de um programa de TV para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas foi desviado e lavado. O apresentador de TV Marcelo Castro, o editor-chefe Jamerson Oliveira e outras 10 pessoas foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), acusados ​​de formação de organização criminosa. Para o Ministério Público, o grupo desviou e lavou dinheiro que deveria ser repassado a pessoas em situação de vulnerabilidade. Os 12 suspeitos teriam se apropriado de R$ 407.143,78, equivalente a 75% dos R$ 543.089,66 arrecadados em 12 campanhas para pessoas em situação de vulnerabilidade. Como mostra a reportagem a que o g1 teve acesso, do total desviado: R$ 146.231,07 teriam ido para Castro R$ 145.728,85 teriam ido para Jamerson As doações foram feitas por telespectadores do “Balanço Geral”, programa de notícias/TV da Record Bahia Itapoan onde Castro e Jamerson trabalharam —o primeiro como um dos principais repórteres e o segundo como editor-chefe. O programa liberou uma chave PIX para que o público pudesse ajudar os cidadãos cujas histórias foram relatadas junto com os pedidos de ajuda. MP pede suspensão do registro de arma de jornalista investigado por desvio de dinheiro doado por telespectadores Veja o ‘caminho’ do dinheiro doado a um programa de TV e desviado pelos acusados ​​A suspeita de desvio de dinheiro veio à tona em março de 2023 após denúncia de reportagem informal feito para Gravar. A emissora logo iniciou uma investigação interna, identificou casos semelhantes, acionou a Polícia Civil e demitiu os profissionais envolvidos. As investigações mostraram que não houve uso de chave PIX em todos os crimes cometidos. O grupo alternou relatos de nove pessoas denunciadas, às vezes mais de uma no mesmo episódio. Castro e Jamerson negam as acusações. Em nota, a defesa dos jornalistas destacou que a denúncia ainda não foi recebida pela Justiça. “Por estas razões, devemos ter cautela na informação que é transmitida, até porque ‘as provas’ recolhidas na fase inquisitorial não passaram por diversos princípios penais e processuais constitucionais e constitucionais. dos assistidos, pois é da maior justiça.” Abaixo, entenda o que se sabe sobre a denúncia: Qual a acusação contra os suspeitos? Quem são os suspeitos? Quem foram as vítimas? Como o caso foi descoberto? Quanto foi desviado? O que dizem os denunciados? 1. Qual é a denúncia contra os suspeitos? A denúncia foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do MP-BA à 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador no dia 9 de agosto. Os suspeitos são acusados ​​de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Polícia Civil investiga ‘golpe do PIX’ em Salvador Para o juiz responsável pela 9ª Vara, Eduardo Afonso Maia Caricchio, não se trata apenas de uma associação, como sugeriu o MP-BA, mas de uma organização criminosa, segundo a complexa estrutura do grupo inclui hierarquia. Segundo o juiz, o grupo estava organizado de forma bastante ordenada e caracterizado pela divisão de tarefas. Por isso, o juiz remeteu o caso ao Juizado de Fatos Relativos aos Delitos Cometidos por Organização Criminosa na capital baiana no dia 12 de agosto. Na prática, cabe agora a outra jurisdição dar continuidade ao processo. 2. Quem são os suspeitos? A investigação identificou 12 pessoas como integrantes da organização criminosa. São eles: Alessandra Silva Oliveira de Jesus, 21 anos Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus, 29 anos Daniele Cristina da Silva Monteiro, 27 anos Débora Cristina da Silva, 27 anos Eneida Sena Couto, 58 anos Gerson Santos Santana Junior, 34 anos Jakson da Silva de Jesus, 21 anos Jamerson Birindiba Oliveira, 29 anos Lucas Costa Santos, 26 anos Marcelo Valter Amorim Matos Lyrio Castro, 36 anos Rute Cruz da Costa, 51 anos Thais Pacheco da Costa, 27 anos Os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira seriam líderes do grupo, segundo denúncia do MP. Eles e o suspeito Lucas Costa Santos estariam envolvidos em todos os casos de peculato. Como repórter, Castro entrevistou as vítimas, narrando os dramas e pedindo doações. Nesses momentos, ele informava o número de uma chave PIX, que aparecia na tela para as pessoas fazerem suas contribuições. O MP-BA sublinha que o fez mesmo sabendo que as contas indicadas não pertenciam aos entrevistados, mas sim a terceiros. Jamerson, então editor-chefe do programa, foi o responsável pela transmissão. Nessa função, ele autorizou a inserção e exibição da chave PIX destinada ao recebimento de doações, sabendo também que pertencia a um dos integrantes do grupo criminoso. Lucas seria um dos operadores, identificando casos a serem exibidos na televisão. Ele também foi responsável por cooptar os demais participantes do esquema e obter deles contas bancárias para receber os valores doados pelos telespectadores. Todos os envolvidos no esquema tinham algum tipo de relação familiar com Lucas, exceto Jamerson e Castro. O operador é filho de Rute, sócia de Thais, prima de Alessandra, Débora, Daniele e Gerson. Este último é filho de Eneida e companheiro de Débora. Juntas, essas 12 pessoas supostamente se apropriaram indevidamente da maior parte das doações e destinaram “uma pequena quantia” do total arrecadado aos beneficiários. Então, teriam dividido entre si valores proporcionais ao seu desempenho e liderança dentro do grupo. 3. Quem foram as vítimas? A investigação policial contabilizou 12 casos de desvios, todos com participação “efetiva e estável” de jornalistas e de Lucas. Os suspeitos foram indiciados pela Polícia Civil em julho de 2023. As vítimas do golpe eram cidadãos em situação de vulnerabilidade, seja por problemas de saúde ou financeiros. Participaram de reportagens de televisão, contando suas histórias. O programa então liberou um PIX da produção como forma de ajudá-los. O objetivo era arrecadar doações dos telespectadores, que deveriam ser repassadas integralmente às pessoas necessitadas. Mas, segundo a investigação do MP-BA, a maior parte do valor arrecadado foi desviado pelos suspeitos. Veja a trajetória do dinheiro em cada um dos 12 casos levantados pelo Gaeco Gaeco destaca que as vítimas acreditavam que a chave PIX denunciada era de propriedade da emissora ou de alguém ligado ao programa, pois essa foi a informação repassada por Marcelo Castro quando questionado por alguém. Sem acesso à informação sobre o valor efetivamente arrecadado, ficaram satisfeitos com os valores recebidos. Só tomaram conhecimento da fraude quando os fatos foram divulgados na imprensa. 4. Como o caso foi descoberto? O caso veio à tona em março do ano passado devido à desconfiança em relação a um jogador de futebol. Interessado em doar dinheiro para a família de uma criança que enfrentava problemas de saúde, ele se surpreendeu com a diferença entre a reportagem exibida na transmissão, no dia 28 de fevereiro, e a indicada para a doação nos bastidores. Ao simular uma transação, foi encontrada uma discrepância na titularidade da conta. Marcelo Castro apresenta relatório em 28 de fevereiro de 2023 Divulgação/MP-BA “Ele descobriu que aquela chave PIX pertencia a uma pessoa que trabalhava como revendedor. Foi feito um acordo para que a doação fosse feita diretamente para ela, e não para aquela chave”, disse o delegado Charles Leão, responsável pelas investigações da Polícia Civil, há meses. fato à emissora, que realizou uma investigação interna e identificou outros casos semelhantes. A Record Bahia levou a situação à polícia e demitiu 5 jornalistas envolvidos. 0,66 em doações foram desviadas. % foi repassado às vítimas, o que equivale a R$ 135.945,71. Ou seja, o grupo teria desviado R$ 407.143,78 do WhatsApp. O caso considerado o gatilho para a descoberta da ação criminosa foi a história de uma criança que sofreu. de tumores na cabeça e no estômago. O relatório divulgado em fevereiro de 2023 afirmava que os medicamentos custavam cerca de R$ 73 mil e não eram fornecidos pelo Serviço Único de Saúde (SUS). A situação despertou a consciência pública, que totalizou R$ 109.569,63 em doações, além dos R$ 70 mil já doados pelo jogador de futebol. Do total, R$ 69.533,53 teriam sido apropriados indevidamente pelo grupo suspeito, sendo apenas R$ 40.036,10 repassados ​​à família. 6. O que dizem os denunciados? Castro e Jamerson não falaram publicamente. O advogado Marcus Rodrigues, que representa ambos, defendeu a inocência de seus clientes em contato com o g1. “A denúncia foi apresentada, mas ainda não foi recebida pelo Tribunal. Por estes motivos, devemos ser cautelosos nas informações que são repassadas, até porque “as provas” colhidas na fase inquisitorial não passaram por diversos processos criminais. e princípios constitucionais processuais e constitucionais. A defesa segue, veementemente, defendendo a inocência dos atendidos, pois esta é a máxima justiça.” O g1 não conseguiu contato com a defesa dos demais suspeitos. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.

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