Há uma investigação de que a causa dos focos de incêndio pode ter sido intencional. Incêndios em canaviais no interior de São Paulo continuam nesta sexta-feira e colocaram em ação produtores de cana, usinas, empresários e defesa civil regional. Segundo a reportagem, o incêndio começou em algumas cidades na quarta-feira (21/8) e em outras começou a se espalhar na quinta-feira (22/8). Há uma investigação de que a causa dos incêndios pode ter sido intencional e as estradas e rodovias locais estão fechadas por razões de segurança. Os maiores impactos foram em Sertãozinho, Dumont e Pitangueiras. Leia também Incêndio atinge granja Copacol em Cafelândia (PR) Risco de incêndio nas lavouras aumenta com o calor em SP Incêndio atinge silos e estruturas da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) Segundo informações do Sargento Gomes, do Corpo de Bombeiros que atende o região, as estradas que vão de Jaboticabal a Ribeirão Preto e de Jaboticabal a Sertãozinho, por conta das queimadas. “As vias têm pouca visibilidade e em conjunto com a Polícia Militar decidimos fechá-las para segurança de todos”, disse ele em grupo de WhatsApp, pedindo aos moradores que divulgassem a informação. Ainda não há confirmação da reabertura dessas estradas. O tempo seco só piora a situação e o fogo se espalha com mais facilidade. Em Itatinga, o incêndio também queimou um canavial de 300 mil metros quadrados, mas o contato com o Sindicato Rural da região não confirmou esse incêndio. Incêndio registrado na região de São José do Rio Preto (SP) G1/TV TEM / Rogério Pedrozo Em Sertãozinho, região metropolitana de Ribeirão Preto, o incêndio obrigou a evacuação da usina de cana-de-açúcar Bioparque Santa Elisa, na tarde de ontem. Como medida de segurança, a Polícia Rodoviária fechou a rodovia SP-322, Armando de Sales Oliveira, que liga a cidade à capital. A Raízen, empresa responsável pelo bioparque, informou em nota que o incêndio afetou estoques de biomassa, equipamentos e uma área de preservação ambiental (APP). Os danos e perdas no volume de matéria-prima ainda não foram contabilizados. Desde quinta-feira, existe uma força-tarefa com apoio do Corpo de Bombeiros, além de brigadas internas para tentar conter e conter o fogo. A Raízen destacou ainda que não queima cana e segue os protocolos ambientais do programa Etanol Mais Verde, que proíbe o uso do fogo no final da safra no Estado de São Paulo. O incêndio atingiu linhas de transmissão de energia da região, além de outros municípios do entorno, como Pitangueiras e Viradouro, segundo a CPFL Paulista. O Grupo Moreno, um dos mais antigos fabricantes de equipamentos fabris e controlado pela fábrica homônima, ofereceu recompensa de até R$ 30 mil por informações sobre a autoria de “incêndios criminosos ou não autorizados” que estejam ocorrendo em áreas de cultivo ou vegetação nativa sob responsabilidade da empresa, conforme destacado em nota enviada à imprensa. O grupo é responsável pela Central Energética Moreno de Monte Aprazível Açúcar e Álcool Ltda; Coplasa Açúcar e Álcool Ltda, entre outras. Há rumores de que o incêndio também afetou diversas residências rurais, mas ainda não há informações sobre mortos ou feridos. O repórter tenta entrar em contato com a empresa e fábricas vizinhas para verificar a situação. As queimadas nas regiões Norte e Nordeste do Estado de São Paulo estão acima da média histórica desde 1988, onde estão localizados os referidos municípios e o parque canavieiro. Dados monitorados pela seguradora ambiental Terrabrasilis mostram que só em agosto ocorreram 19,5 mil focos de incêndio na região Nordeste do Estado, enquanto a média foi de 6,5 mil. Na região Norte de São Paulo já foram detectados 52,89 mil focos de incêndio neste mês, ante uma média de pouco mais de 22 mil. *Eliane Silva, de Ribeirão Preto (SP) colaborou
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