Três Poderes voltarão a se respeitar, afirma Lula após acordo sobre emendas | Política

A afirmação do presidente da República foi feita durante a assinatura de um pacto “pela transformação ecológica” entre os Três Poderes, mas também coincide com o acordo entre as entidades em torno das emendas, tema que vinha causando tensão no Congresso Nacional.

“A minha alegria aqui hoje é dizer que estou completamente satisfeito porque ao reunir aqui os três Poderes já havíamos nos unido no golpe de 8 de janeiro, mas a adesão agora demonstra muito claramente que o Brasil voltou à normalidade civilizatória e que o Os poderes, com autonomia, voltarão a respeitar-se para que cada um cumpra o seu dever”, afirmou Lula.

Apesar da mensagem de Lula, este foi o único trecho com conotação mais política entre os discursos dos chefes dos Três Poderes. Com exceção deste momento, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso; do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), optaram pelo discurso burocrático e evitaram improvisar em seus discursos. Todos seguiram à risca as declarações escritas pelos assessores.

Segundo o governo federal, esta é a primeira vez que os Três Poderes se unem em torno da agenda ambiental e climática para definir um novo caminho de desenvolvimento para o país.” O Pacto fortalecerá a posição do Brasil no cenário internacional como protagonista da abordagem global na área de meio ambiente, clima e segurança alimentar, considerando a biodiversidade, os recursos naturais e a produção agrícola do país”, diz o comunicado distribuído pelo governo federal .

Sobre isso, Lula também reforçou o discurso de “unidade”. “A união dos Três Poderes é a prova da força da nossa democracia. A Constituição de 1988 consagra o direito a um ambiente ecológico equilibrado. Estabelecemos um novo marco para o país, em que a sustentabilidade ecológica passa a ser um pilar central das nossas políticas públicas”, explicou.

O presidente negou então que o governo tenha organizado esse ato como uma agenda “governamental”. “Esse pacto não é apenas uma política de governo, mas uma política de Estado. Este simbolismo se traduz na imagem de uma nação que une, converge e constrói neste mundo sem segregação promovida pelo ódio e pela intolerância. , Esta união entre Executivo, Legislativo e Judiciário comprova a capacidade de convergência para uma transformação necessária e urgente”, argumentou.

Lula também argumentou que a cerimônia envia uma mensagem do Brasil para o mundo. “Ao unir forças, estamos enviando uma mensagem ao mundo: o Brasil está preparado para assumir a liderança climática global. O Brasil se encontra diante de um chamado urgente: assumir com coragem e determinação o papel de guardião da vida em todas as suas formas. a maior floresta do planeta, a matriz mais limpa do mundo Nosso transporte já tem a matriz energética mais renovável do mundo, com mais de 21% de biocombustíveis”, considerou.

Por fim, o presidente também estendeu agradecimentos nominais a Barroso, Lira e Pacheco. “É com gratidão que me dirijo ao Ministro Luís Roberto Barroso pela forma como conduziu este momento histórico. Agradeço ao senador Rodrigo Pacheco e ao deputado Arthur Lira, cujo trabalho demonstra o poder do diálogo”, finalizou.