A maior parte dos títulos públicos vinculados à inflação voltou a pagar juros acima de 6% na sessão desta quarta (21). Para quem não se lembra, o esporte passou de um recorde histórico em julho para desacelerar por dias consecutivos em agosto. Mas hoje, os títulos voltaram ao nível que os analistas consideram atraente.
Para começar a explicar o movimento de hoje, o mercado de títulos públicos acompanha importantes divulgações dos Estados Unidos, que ajudam a definir o comportamento dos ativos globais, como os dados do mercado de trabalho (“payroll”) e as atas da decisão das taxas. de interesse. de julho do Federal Reserve (o Fed, o banco central americano).
Tudo isso manterá no radar o debate sobre os rumos da política monetária brasileira, que mantém “ancorada” a parte vendida da curva de juros. As dúvidas do mercado, em especial, ocorrem depois que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, adotou uma postura mais branda do que as sinalizações anteriormente dadas pelo diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo.
Nesta mistura de sinais de juros, as taxas das obrigações sobem. Por volta das 12h, os títulos indexados à inflação subiam de forma constante. O Tesouro IPCA+ 2029, o mais curto da modalidade, paga 6,19% ao ano em rentabilidade real.
Vale lembrar que as taxas e os preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa que, tanto nos títulos pré-fixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — pois garante maior rentabilidade se mantiver o investimento até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, o que implica uma perda temporária para quem detém os títulos no futuro. portfólio.
Desempenho do Tesouro Direto nesta quarta-feira (21)
Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço unitário | Maturidade |
Tesouro Prefixado 2027 | 11,43% | R$ 31,02 | R$ 775,50 | 01/01/2027 |
Tesouro Prefixado 2031 | 11,58% | R$ 30,02 | R$ 500,46 | 01/01/2031 |
Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 | 11,49% | R$ 37,27 | R$ 931,84 | 01/01/2035 |
Tesouro Selic 2027 | SELIC + 0,0709% | R$ 152,19 | R$ 15.219,33 | 01/03/2027 |
Tesouro Selic 2029 | SELIC + 0,1537% | R$ 151,41 | R$ 15.141,59 | 01/03/2029 |
Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 6,19% | R$ 32,56 | R$ 3.256,16 | 15/05/2029 |
Tesouro IPCA+ 2035 | IPCA + 6,00% | R$ 46,38 | R$ 2.319,11 | 15/05/2035 |
Tesouro IPCA+ 2045 | IPCA + 6,11% | R$ 38,15 | R$ 1.271,70 | 15/05/2045 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 6,03% | R$ 43,87 | R$ 4.387,39 | 15/05/2035 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2040 | IPCA + 5,96% | R$ 43,52 | R$ 4.352,56 | 15/08/2040 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 | IPCA + 6,04% | R$ 43,82 | R$ 4.382,79 | 15/05/2055 |
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O post Tesouro Direto: volta a taxa de juros de 6% atrelada à inflação; eu gosto disso? | Tesouro Direto apareceu primeiro no WOW News.