O pacto prevê 26 medidas a serem adotadas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Um comité de gestão conjunto será responsável pelo acompanhamento da implementação de cada acção. Executivo, Legislativo e Judiciário se unem em uma agenda ambiental Os chefes dos Três Poderes assinaram nesta quarta-feira (21) um pacto em defesa de uma política de desenvolvimento que proteja o meio ambiente. É a primeira vez que Executivo, Legislativo e Judiciário se unem em uma agenda ambiental. O presidente do STF – Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, relembrou as tragédias mais recentes. “Temos a maior seca, uma das maiores secas da história da Amazônia. Temos sucessivos incêndios no Pantanal. Tivemos as trágicas enchentes no Rio Grande do Sul, que não foram uma fatalidade, mas sim produto da ação humana. ação sobre a terra e o planeta, que está causando esse tipo de consequências”, afirma Luís Roberto Barroso, presidente do STF – Supremo Tribunal Federal. No Congresso Nacional há propostas criticadas por ambientalistas, como as que fragilizam o sistema. Código Florestal e espaço aberto ao desmatamento, que reduz a reserva legal na Amazônia e que permite a mineração em unidades de conservação. Mas em seu discurso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Progressistas, destacou a cooperação. do pacto e disse priorizar questões que protejam o meio ambiente “A Câmara tem dado prioridade à apreciação de propostas que visam promover a transição energética e defender o meio ambiente. Juntos, são o que chamo de ‘agenda verde’ do Legislativo”, afirma Arthur Lira. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, destacou a parceria entre os Poderes. “O pacto fortalece a posição do Brasil como país líder em segurança ambiental, climática e alimentar, apontando que o desenvolvimento sustentável é a única forma de garantir a prosperidade e o bem-estar das gerações presentes e futuras”, afirma Rodrigo Pacheco. O presidente Lula disse que busca uma política de Estado, não uma política de governo. “Ao unirmos nossas forças em torno desse objetivo comum, estamos enviando uma mensagem clara ao mundo: o Brasil está preparado para assumir a liderança global no enfrentamento da crise climática”, afirma Lula. O pacto prevê que 26 medidas serão adotadas a partir de agora pelos Três Poderes da República e um comitê gestor conjunto será responsável por acompanhar a implementação de cada uma dessas ações. O Poder Legislativo priorizará projetos como o marco legal do mercado de carbono, a produção de energia eólica no mar e os biocombustíveis. O Judiciário dará celeridade aos processos que envolvem questões ambientais, fundiárias e climáticas. O Executivo terá de expandir o financiamento e reduzir o custo do crédito para sectores, projectos e práticas sustentáveis. E todos terão que fazer com que os contratos públicos sejam considerados sustentáveis, reduzindo a procura. recursos naturais, usar energia de forma eficiente e adequar o descarte de resíduos LEIA TAMBÉM Lula, Barroso, Pacheco e Lira assinam pacto para adotar medidas de ‘transformação ecológica’.
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