O corpo de Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos, foi encontrado por um reciclador dentro de uma lixeira no dia 9 de agosto. A mãe da criança está detida temporariamente por suspeita de responsabilidade no caso. Kerollyn Souza Ferreira, de nove anos, encontrada morta em uma lixeira no Guaíba Reprodução A Justiça do Guaíba declarou sigilo do caso da menina Kerollyn Souza Ferreira, de nove anos, encontrada morta em uma lixeira. O caso ocorreu no dia 9 de agosto, no município da Região Metropolitana de Porto Alegre. Acesse o canal g1 RS no WhatsApp g1 questionou o Tribunal de Justiça sobre o motivo da decisão, mas não obteve posicionamento até a atualização mais recente desta reportagem. A RBS TV apurou que, com a decisão de sigilo, apenas a direção do fórum, o juiz, o delegado e o promotor do caso terão acesso à investigação. A decisão judicial alterou os planos da Polícia Civil e do Instituto Geral de Perícias (IGP), que divulgariam detalhes do laudo sobre a morte da criança. Uma coletiva de imprensa estava marcada para as 10h desta quarta-feira (21), mas acabou cancelada. Segundo especialistas, o relatório já foi concluído. O documento já foi enviado à polícia, que trabalha para concluir as investigações. Entenda o caso O corpo de Kerollyn foi encontrado por um reciclador dentro de um contêiner de lixo no dia 9 de agosto, segundo a Brigada Militar (BM). Na época, não foram encontrados sinais aparentes de violência no corpo da vítima, segundo a perícia. A mãe da menina, Carla Carolina Abreu Souza, foi presa temporariamente no dia 10 de agosto. Segundo a Polícia Civil, ela é suspeita de ser a responsável pelas circunstâncias que levaram à morte da filha. A Defensoria Pública, que participou da audiência de custódia de Carla, informou ao g1 que ela só se manifestará nos autos. Em depoimento à polícia, Carla teria dito que deu à menina um sedativo de venda livre horas antes de ela ser encontrada morta dentro do contêiner de lixo. Segundo a investigação, a criança havia ingerido um grama de clonazepam, além de ter recebido o medicamento risperidona (com prescrição médica). A investigada afirmou em seu depoimento que também ingeriu clonazepam e que tanto ela quanto a filha foram dormir momentos depois, segundo a Polícia Civil. A suspeita disse ainda que acordou por volta das 7h, viu que a menina não estava em casa, tomou mais remédios e voltou a dormir. A mulher também contou à polícia, segundo a investigação, que já havia atacado a filha com uma escumadeira – uma espécie de colher de metal. Neste episódio, Kerollyn foi levada ao hospital com um ferimento na cabeça, supostamente em decorrência de uma queda de bicicleta, que, após investigação, foi constatada ter sido causada por sua mãe, utilizando o objeto. Corpo de menina é encontrado dentro de lata de lixo no RS Marcio Santos/Jornal O Guaíba Uma vizinha e mãe de uma colega de escola de Kerollyn afirmou, em entrevista à RBS TV, que entrou em contato com o Conselho Tutelar “mais de 20 vezes” para falar sobre o situação da criança. Segundo a dona de casa Fernanda Cardoso, a menina pedia carinho e comida aos vizinhos. “Liguei mais de 20 vezes e pedi para resolverem, por favor. Mandei foto da criança, mandei tudo. para um abraço, ela pediu um beijo”, relatou ela. Em nota, o Conselho Tutelar de Guaíba afirmou que está “acompanhando e colaborando com as autoridades competentes”, mas que não poderia fornecer detalhes adicionais sobre o andamento das investigações. Pelo menos outros três vizinhos denunciaram o caso ao Conselho Tutelar municipal. Segundo eles, a mãe gritava e insultava frequentemente Kerollyn. Uma das mulheres afirma ter ouvido um pedido de socorro, vindo da menina, ao passar em frente à residência da família. Relatos mostram que a criança ainda cuidava dos irmãos mais novos. O pai de Kerollyn, Matheus Ferreira, disse ter ouvido dos vizinhos que sua filha dormia na rua. “A menina dormia na rua, a menina comia comida do lixo, me contaram os vizinhos. Era uma situação que eu não conhecia, não sabia o que estava acontecendo”, conta Matheus Ferreira, pai de Kerollyn. Kerollyn morava com a mãe e os irmãos em Guaíba. O pai dela mora em Santa Catarina. Sua filha veio morar com ele nos primeiros meses de vida e aos sete anos de idade. Porém, a criança voltou para a casa da mãe. Jornal do Almoço tem acesso a depoimentos sobre o caso da menina Kerollyn VÍDEOS: Tudo sobre o RS
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