O Grupo Casas Bahia divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024, encerrando o primeiro ano do seu Plano de Transformação com números impressionantes. Entre os destaques, a empresa teve lucro líquido de R$ 37 milhões, com margem líquida de 0,6% no trimestre — uma recuperação significativa frente ao prejuízo de R$ 492 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
A empresa também teve o melhor fluxo de caixa livre do primeiro semestre dos últimos cinco anos, com R$ 84 milhões negativos no período, ante R$ 307 milhões negativos no mesmo semestre de 2023.
A variação caixa apresentou saldo negativo de R$ 21 milhões no relatório do segundo trimestre de 2024, demonstrando uma melhora significativa em relação aos R$ 760 milhões negativos registrados na medição do ano passado. Esses resultados demonstram a recuperação do Grupo, indicando que as medidas que visam a retomada do crescimento estão surtindo efeito. Entre elas, destacam-se as estratégias de otimização de custos, melhorias na eficiência operacional e reestruturação de dívidas, implementadas ao longo do plano.
A margem bruta do Grupo Casas Bahia aumentou 1,5 ponto percentual no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 30,7%.
E o Ebitda ajustado atingiu R$ 452 milhões, com margem de 7,0% — uma melhora de 0,7 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2023 —, mesmo diante de um cenário desafiador de baixas vendas.
Outro índice que apresentou recuperação de US$ 43 milhões no trimestre ante os R$ 843 milhões negativos do mesmo período de 2023.
A empresa também concluiu o reperfilamento de sua dívida, aumentando o prazo médio de 22 para 72 meses e reduzindo o custo médio em 1,5 ponto percentual. Além disso, manteve liquidez estável em R$ 2,9 bilhões, incluindo recebíveis, e obteve economia de R$ 1,4 bilhão com a implementação de medida de redução de estoques em 15 dias baseada na adoção de uma gestão mais eficiente.
No segundo trimestre de 2024, as despesas gerais, comerciais e administrativas (SG&A) caíram 9,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado foi impulsionado pela redução de 12,7% nas despesas com vendas, com destaque para a redução de 4% nos custos de pessoal e a redução de 15% nos serviços de terceiros. Houve também melhora de 17,4% na contenção de despesas trabalhistas.
Para chegar a esses números, a empresa realizou uma reestruturação que envolveu o fechamento de três lojas Casas Bahia no trimestre, totalizando 60 lojas fechadas no âmbito do Plano, chegando ao final do período com um total de 1.073 estabelecimentos. Também envolveu a readequação de nove centros de distribuição, encerrando as atividades de quatro deles.
DIVERSIFICAÇÃO DE RENDA
O Grupo Casas Bahia também registrou crescimento em sua receita de serviços em 20% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pela maior penetração de seguros, garantias estendidas, montagens e vendas de fretes.
Embora as receitas provenientes de soluções financeiras tenham permanecido estáveis, a participação destes serviços na receita líquida aumentou significativamente, passando de 12% no primeiro trimestre de 2023 para 16% no segundo trimestre de 2024.
Um dos grandes destaques foi o desempenho do crédito digital, que atingiu R$ 5,5 bilhões, com crescimento de 4,2% em relação ao ano anterior. Para se ter uma ideia, a penetração do crédito foi de 27,2% nas vendas realizadas nas lojas físicas no segundo trimestre de 2024, ante 22,8% registrados no mesmo período de 2023, enquanto no canal digital a participação cresceu 2,5 pontos percentuais. — de 5,4% para 7,9%. Essa expansão foi impulsionada pela capilaridade do crédito digital, que permite realizar vendas em mais de 4,5 mil municípios sem a presença de lojas físicas, abrangendo 91,4% dos municípios brasileiros.
Neste trimestre, a empresa investiu R$ 49 milhões, sendo 80% destinados a projetos de tecnologia, digitalização e melhoria da experiência do cliente, todos visando o crescimento.
Agora, a empresa se prepara para iniciar a segunda fase do projeto, com investimentos seletivos em categorias estratégicas e ampliação da experiência do cliente em canais físicos e online. O plano de crescimento será revisto para o segundo semestre de 2025, com foco na aceleração do negócio, na melhoria contínua das operações e no fortalecimento do core business, visando garantir o crescimento sustentável nos próximos anos.
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