Semana da ‘superquarta’ começa com alta suada da bolsa | Bolsas e índices

• O Ibovespa subiu 0,18%, aos 135.118 pontos. No mês ainda acumula queda de 0,65%. No ano, o índice acumula alta de 0,70%.

• O volume financeiro, somatório de todas as transações com títulos da carteira no dia, foi de R$ 11,7 bilhões, abaixo da média diária dos últimos 12 meses, que é de R$ 16,6 bilhões.
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Nesta segunda-feira, no Boletim Focus, as projeções para inflação e Selic voltaram a subir. Além das preocupações com a situação fiscal, a falta de chuvas e os incêndios também poderão afetar o índice de preços, encarecendo os produtos agrícolas.

Segundo Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) do segundo quadrimestre de setembro de 2024 subiu 0,21%, o que já mostra que as queimadas afetarão bastante a inflação do país.

“Os juros futuros sobem aqui no Brasil com maiores expectativas de aumento da inflação, e provável aumento da Selic”, explica o especialista.

• As taxas de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passaram de 10,94% para 10,95%. Os prêmios em contratos de prazo mais curto estão mais ligados às expectativas dos investidores em relação à Selic;
• Para janeiro de 2034, passaram de 11,81% para 11,90%. Estas taxas mais longas geralmente medem o “risco fiscal”, que é a capacidade do governo de manter as contas públicas atualizadas.

No câmbio, o dólar voltou a cair frente ao real. A moeda brasileira tende a se beneficiar do movimento esperado para quarta-feira, quando os juros americanos deverão cair e a taxa brasileira seguirá na direção oposta, aumentando.

Dessa forma, aumenta a diferença no prêmio de risco entre a renda fixa americana e a brasileira, o que torna os ativos locais mais interessantes. Afinal, haverá mais retorno para quem investir no Brasil, assumindo o risco que um mercado emergente traz consigo.

• O dólar caiu 1,03%, sendo negociado a R$ 5,51. No mês, queda acumulada de 2,17%. Mas este ano continua 13,55% mais caro.

“Com a possibilidade de um pequeno ciclo de aumentos nas taxas de juros no Brasil, enquanto nos Estados Unidos se aguarda o início do ciclo de redução das taxas, o real recuperou o terreno perdido nos últimos dias. do peso mexicano e de outras moedas sul-americanas, mas acompanha a tendência global de enfraquecimento do dólar”, afirma André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, plataforma internacional de transferências.

Desde julho, quando as apostas em cortes de juros nos Estados Unidos se intensificaram em setembro, os investidores estrangeiros voltaram ao mercado de ações e ajudaram no desempenho do seu principal índice acionário.

No mercado, há casas que projetam que o Ibovespa poderá ultrapassar os 145 mil pontos este ano, beneficiando-se da redução das taxas americanas.

Quanto maior for o corte, melhor para os mercados emergentes. Isto acontece porque os investidores são obrigados a correr mais riscos para obter melhores ganhos, uma vez que os títulos públicos americanos não estarão rendendo tão bem. Além disso, a queda das taxas de juros acaba estimulando a economia, o que tem potencial para melhorar as margens das empresas e aumentar o interesse em investir nelas.

Mas a alta no pregão desta segunda também se deve ao avanço de ações como a da Petrobras, empresa que vem ganhando mais recomendações e beneficia do novo aumento do petróleo. A empresa é uma das que têm maior peso na carteira teórica do Ibovespa.

Outro destaque do dia foi que a Azul teve forte alta, refletindo a informação de que a empresa estava muito próxima de fechar acordo para reestruturação de sua dívida com credores.