O PSDB redobrou aposta na candidatura do apresentador José Luiz Datena o Prefeitura de São Paulo depois da cadeira que o candidato tucano deu ao influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) durante debate promovido pela TV Cultura, no domingo (15). Em baixa nas pesquisas, Datena pode ter uma “sobrevivência” com o episódio, segundo lideranças partidárias.
O impacto político da cadeira na candidatura de Datena ainda é monitorado pela campanha do PSDB, mas o ataque deu ampla visibilidade ao apresentador. As pesquisas pelo nome do candidato na Internet registaram o maior aumento dos últimos cinco anos, segundo dados do Google. Na opinião dos integrantes da campanha, o episódio poderá consolidar a imagem de Datena como candidato e reforçar a ideia de que ele não desistirá. O tucano tem dificuldade de transformar sua popularidade em intenção de voto e enfrenta a desconfiança do eleitorado de que de fato irá até o fim da disputa eleitoral.
Nesta terça-feira, Datena participará do debate da RedeTV/UOL e pretende marcar presença nos outros quatro programados até o primeiro turno, no dia 6 de outubro.
O ataque à cadeira foi um ato impulsivo e não planejado de Datena, após uma série de provocações e acusações de Marçal, como a de que seria um suposto estuprador. Lideranças nacionais e municipais do PSDB não desautorizaram o tucano. Pelo contrário. O presidente nacional do partido, Marconi Perillodefendeu o apresentador e reforçou que sua candidatura está mantida. “Ele [Datena] ele já se desculpou e disse que agiu, como um ser humano de carne e osso, após ser agredido covardemente”, disse Perillo. Valor.
Um dos principais apoiadores da candidatura de Datena, o deputado federal e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG) tentou “contextualizar” e disse que foi uma reação aos ataques promovidos por Marçal. “Datena reagiu aos ataques irresponsáveis e violentos de Marçal. Cometeu um erro formal, como ele mesmo reconhece, mas temos que contextualizar a reação no contexto agressivo da campanha eleitoral de São Paulo. Datena conta com a solidariedade do PSDB e segue como candidato do partido”, disse Aécio, em nota à reportagem.
O presidente do diretório municipal e vice de Datena, José Aníbalfoi na mesma linha e disse que a cadeira de rodas “deu um choque de atenção em quem é Marçal”. Anibal recordou os ataques de baixa intensidade que o candidato do PRTB realizou contra Tabataculpando-a pelo suicídio do pai; contra Boulos, quando disse que o candidato do Psol é viciado em drogas e “cheira cocaína”; contra Nunes, ao associá-lo a PCC e contra Datena, acusando-o de estuprador, chegando a usar gírias prisionais (“Jack”) durante o debate da TV Cultura.
“Marçal é um vigarista, um criminoso e fala o que quer, que só mente e não tem uma ideia consistente para São Paulo”, disse Anibal. “Datena fez o que estava na garganta de muita gente”, disse ela. Na opinião do dirigente e vice-presidente, o candidato expressou a ideia de que “tem audácia, coragem e fala com força”. “Não tenho dúvidas de que foi uma coisa boa.”
Datena divulgou comunicado, elaborado em conjunto com o PSDB, para dizer que não se arrepende e que, se pudesse, daria outra cadeira a Marçal.
A ação violenta, porém, foi repudiada pelos demais participantes do debate, pela TV Cultura e até pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
A campanha de Datena avaliou que a narrativa de vitimização de Marçal teria sido exagerada e que, portanto, poderia ser desacreditada e não resultar em votos para o candidato do PRTB.
Entre os pontos polêmicos apontados pelos aliados de Datena está o fato de Marçal ter saído do debate em uma ambulância, apesar de caminhar sem dificuldades no auditório onde foi realizado o evento e ter indicado que continuaria no debate mesmo após o atentado. . No hospital, a equipe médica não constatou nenhum problema grave de saúde, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês. Além disso, houve forte repercussão negativa entre os bolsonaristas devido às comparações indevidas feitas por Marçal com o ataque a facadas que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebido em 2018.
O episódio, porém, foi aproveitado por uma ala do PSDB que é contra Datena e defende a reeleição de Ricardo Nunes. Os dissidentes encaminharam dois pedidos de expulsão do candidato às diretorias nacional, estadual e municipal.
O prazo para que os partidos substituam seus candidatos a tempo da disputa termina nesta segunda-feira, mas o PSDB descartou essa possibilidade.
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