setembro 16, 2024
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Grupo da reforma tributária no Senado soma 200 estudos com pleitos de entidades | Brasil

Grupo da reforma tributária no Senado soma 200 estudos com pleitos de entidades | Brasil
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O Grupo de Trabalho (GT) da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que acompanha a reforma tributária no Senado Federal, reuniu-se, até o dia 15 de setembro, com 200 entidades recebidas entre audiências públicas (107), visitas agendadas no gabinete (82) e visitas presenciais (10) do coordenador do grupo, senador Izalci Lucas. As centenas de entidades também deixaram pelo menos 200 estudos, com simulações e solicitações, para avaliar e cobrar alterações no texto. A pesquisa considerou encontros e materiais entregues desde o início de agosto até 15 de setembro.

“Há muitos estudos apresentados com justificativas muito consistentes. Então, vamos oferecer um relatório com alterações que serão, claro, definidas pelo grupo. O projeto de reforma tributária foi concebido no meio acadêmico. É perfeito em termos teóricos e acadêmicos. Mas, no mundo real, na prática, existem alguns ajustes e correções a serem feitos. O texto deixa espaço para interpretações erradas. São vários segmentos que ficaram de fora, seja em relação às alíquotas especiais, alíquotas zero, por exemplo”, explica o senador Izalci Lucas.

De agosto a 15 de setembro, todas as terças e quartas-feiras, acontecem audiências públicas com representantes de cada setor. Na quinta, haverá programação com entidades recebidas no gabinete do senador. Essa rotina de discussões com todas as áreas continuará até o dia 22 de outubro. “Faremos um relatório final, sugerindo alterações”, explica o senador.

Os temas das audiências públicas incluem o impacto da reforma tributária em serviços, hotelaria, parques de diversões e temáticos, eventos, construção civil, saúde e educação, área de bens de capital, especialmente regimes aduaneiros, Zona Franca de Manaus, na Zona Franca áreas, no sistema Simples.

As audiências também incluem temas trazidos à tona pela reforma, como cashback, imposto seletivo, comitê gestor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS), parcelamento, transição e fiscalização das novas regras. E dúvidas ligadas a outros tributos, como o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD).

“Vamos fazer diversas reuniões para que as pessoas, que estão na linha de frente, possam dizer as consequências caso o texto atual não seja alterado. No mundo real, a reforma tributária não é exatamente o que foi vendido. Não se trata de simplificação, de neutralidade. Há muita coisa a ser corrigida”, afirma o senador Izalci Lucas.

Um dos estudos entregues ao grupo de estudos CAE que acompanha a reforma tributária no Senado Federal é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O estudo com simulações aponta que se a taxa de redução permanecer em 40%, como consta no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, haverá impactos em todos os segmentos da construção civil, desde loteamentos, administração de imóveis, intermediação imobiliária. Por isso, pedem redução de 60% para construção, mercado imobiliário para compra e venda e 80% para aluguel, entre outras reivindicações.

“Temos dois estudos, de duas consultorias, que comprovam nosso argumento. O texto da reforma fiscal, tal como está, deverá aumentar os preços em todo o setor imobiliário. Isso acaba sendo repassado para vários níveis da sociedade”, explica Ely Wertheim, presidente do Secovi, sindicato que reúne empresários e profissionais do setor imobiliário.

Segundo Wertheim, os estudos foram realizados pela consultoria FM/Derraik e Tendências Consultoria. Possui mais de 500 planilhas, com diversas simulações, relacionadas a impostos do setor imobiliário. “Entregamos os estudos ao senador Izalci Lucas e a inúmeros outros parlamentares. Também para a equipe econômica”, afirma Wertheim”.

A área técnica do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) também elaborou o estudo com simulações de diversas alíquotas de impostos, entregue aos senadores para análise dos números, afirma o presidente do IBP, Roberto Ardenghy. Além do estudo, as conversas com os assessores dos senadores têm sido constantes.

“Não vemos razão para que o imposto seletivo, que se chama ‘imposto do pecado’, seja aplicado no início da cadeia produtiva, como na exploração de petróleo e gás natural. Deixamos isso bem claro para os senadores”, afirma Roberto Ardenghy.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), além de entregar pessoalmente sugestões de projetos de emenda aos membros da CAE que acompanham a reforma tributária no Senado Federal, também participou da audiência pública de agosto 21, sobre o tema “pagamentos não cumulativos e parcelados”.

No dia 3 de setembro, o presidente do Conselho de Serviços da FecomércioSP, Luis Cesar Bigonha, participou da audiência pública que tratou dos impactos nos setores de comércio e serviços, abordando também a preocupação com as empresas do Simples Nacional, explica a assessora da FecomercioSP, Sarina Manata.

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