Você sabe o que a Tiffany&Co. loja em Nova York, a flagship da Gucci em Milão, as suítes do Rosewood São Paulo e do Aeroporto Internacional de Dubai têm em comum? Ícones do mercado de luxo mundial, todos possuem pedras ornamentais brasileiras em seus ambientes.
As rochas aqui extraídas e processadas são procuradas no exterior: amazonitas, granitos de tons irreplicáveis e mármores têm sido cada vez mais utilizados por incorporadores, hoteleiros, marcas de varejo e complexos de infraestrutura, tanto pela durabilidade quanto pela exclusividade.
Segundo relatório do Centro Brasileiro de Exportação de Pedras Ornamentais (Centrorochas), o país exportou 1,8 milhão de toneladas desses minerais em 2023, gerando uma receita de US$ 1,1 bilhão. De janeiro a abril deste ano, foram mais de US$ 387,9 milhões em negócios —o melhor resultado acumulado em uma década.
O maior comprador são os Estados Unidos, que consumiram 58% do volume vendido este ano. A China vem em segundo lugar (14,1%) e a Itália em terceiro (6,7%). Cerca de 90% da extração nacional de pedra é enviada para o exterior.
“O mercado internacional paga muito bem, embora tenha oscilações e conflitos cambiais, e é mais exigente”, afirma Renata Malenza, CEO do Grupo Corcovado Brasigran.
A empresa familiar fundada há 47 anos possui jazidas em vários estados e uma fábrica no Espírito Santo — a meca das pedras ornamentais brasileiras. O produto mais vendido é o granito branco Itaúnas, que cobre cerca de 320 mil metros quadrados de pisos e paredes do Aeroporto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “O mineral brasileiro é conhecido pela qualidade e resistência e é cobiçado no mundo todo”, afirma Renata.
A Granistone, do Ceará, também exporta 95% de sua produção, que tem minas na Paraíba, onde extrai a pedra amazonita em tons de verde e azul, que adorna as joalherias Tiffany&Co.
“É um mineral raro, semiprecioso e com poucas reservas disponíveis. Felizmente, a única jazida de escala industrial que existe no planeta é a nossa”, afirma Hugo Meneses, CEO e membro da terceira geração da família fundadora da marca.
A pedra também decora mansões na Índia, coberturas na China e mansões no Oriente Médio. Para o executivo, o sucesso está ligado à sensação de bem-estar que as rochas provocam por terem origem na natureza. “Tornou-se uma tendência forte depois da pandemia”, avalia.
A exclusividade é outro atributo, lembra a arquiteta Vivian Coser. Com experiência na curadoria de eventos do setor e no trabalho com desenvolvedores, ela diz que não existem dois cortes iguais, dando a cada peça um caráter único.
“Isso tem convencido muitos profissionais a adotarem essas rochas na tentativa de tornar seus projetos verdadeiramente diferenciados. As pedras são únicas, duram a vida toda e podem ser reformadas sem gerar resíduos no meio ambiente”, explica Vivian.
Na contramão desse grupo, a paranaense Michelangelo Mármores do Brasil concentra sua estratégia comercial no mercado interno. Mais de 70% da produção de suas quatro linhas de pedras está no país: Nuvolato, Nero e Grigio Michelangelo, além da Napoleon Bordeaux, que pode ser encontrada nas lojas de alta costura Gucci ao redor do mundo.
“É um caminho mais difícil, mas é perene. Acreditamos fortemente no potencial de crescimento deste setor no mercado brasileiro”, afirma Priscila Fleischfresser, CEO da empresa.
O projeto mais recente e emblemático do qual a marca participou foi o Complexo Cidade Matarazzo, na capital paulista. O mármore cobre áreas comuns e suítes do Hotel Rosewood São Paulo, que faz parte do complexo. “Tem sido motivo de orgulho e uma montra fantástica, que ajuda a desmistificar a ideia comum de que só é bonito o que vem de fora. Precisamos valorizar as riquezas que temos no Brasil”, aponta Priscila.
PROJETO NAS MONTANHAS TEM CONCEITO FAZENDA-HOTEL
O Fazendas Secretaria, empreendimento de alto padrão localizado em Pedro do Rio, região serrana do Rio de Janeiro, terá o conceito de condomínio hotel-fazenda para futuros moradores e visitantes. A sede do complexo – que tem nove milhões de metros quadrados – passou por reformas para abrigar uma pousada com restaurante, que começará a funcionar neste semestre.
FOUR SEASONS AMPLIA OFERTA DE CASAS NO CARIBE
A rede de hotéis de luxo Four Seasons anunciou a expansão do seu portfólio residencial no Caribe. Serão 58 novas casas no Four Seasons Resort Nevis, nas Índias Ocidentais, localizado em uma ilha paradisíaca. Além das comodidades do hotel, os futuros moradores serão vizinhos do campo de golfe Robert Trent Jones II, considerado um dos melhores do mundo.
CONSTRUTORA PROJETA PSV BILIONÁRIO EM SC
Com 35 anos de história, a tradicional Construtora JA Russi, com forte presença no litoral catarinense, anunciou sete lançamentos até 2028, totalizando um VGV de R$ 2 bilhões. Para tanto, utilizará seu “landbank”, avaliado em R$ 630 milhões. Atualmente, a empresa possui dois empreendimentos em construção: Sunny Coast, em Itapema, e Harmony Ocean Front, em Balneário Camboriú.
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