Os casos da Ilha do Governador e de Belford Roxo, desde 2021, revelam condutas “reiteradas e habituais”, segundo o procurador responsável. Ellison teve sua prisão convertida em prisão preventiva. Ellison Rodrigues de Lima foi preso pela Polícia Civil Reprodução O Ministério Público acusou Ellison Rodrigues de Lima de estuprar uma pessoa vulnerável enquanto trabalhava em uma escolinha de futebol dentro de um projeto social na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Ele se infiltrou se passando por um falso professor. Ele já era investigado pelo mesmo crime em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, desde 2021. Ele foi reconhecido por meio de fotos, mas a Polícia Civil não conseguiu localizá-lo na época. Ellison, no projeto social, era conhecido apenas como Samuel. Na denúncia, o procurador Sauvei Lai explica que a vítima, de apenas 14 anos, denunciou vários abusos cometidos num dia que aconteceu à noite na casa do falso professor. Pelo menos dois menores relataram abuso por parte de Ellison. Os casos de Belford Roxo em 2021 reforçam, segundo o procurador, a conduta criminosa “reiterada e habitual”. Ellison foi preso em flagrante na última segunda-feira (12) por agentes da 37ª DP (Ilha do Governador). Preso ofereceu dinheiro à vítima Segundo o boletim de ocorrência, Elisson convidou o estudante para jogar videogame em sua casa, e relatou que lhe deu R$ 40. Ellison teria prometido ao aluno que, se ele “fechasse” com ele, teria mais dinheiro e eu ganharia presentes. O falso professor, segundo relato do menor, também tocou no corpo do aluno, inclusive em suas partes íntimas. A vítima se recusou a tocar na professora. “Essa é a maneira dele de agir. Ele se ofereceu para ajudar o treinador. Ele disse às crianças que tinha uma forma de ajudar a divulgar, de facilitar o crescimento do menino na carreira de jogador de futebol”, explicou a delegada Fernanda Catherine, da 37ª DP, responsável pela prisão de Ellison em flagrante. O delegado também citou outras características de Ellison para evitar ser descoberto. “Ele pagava tudo e sempre recebia em dinheiro, e na escola era conhecido como Samuel, então usava documentação falsa”, destacou. Quando foi preso, Ellison carregava uma identidade com o nome de outra pessoa. Ao ver o documento, policiais da 37ª Delegacia (Ilha do Governador) perceberam que a foto não correspondia ao rosto de Ellison. Ao ser questionado, deu vários outros nomes à polícia, sem revelar sua verdadeira identidade. Ellison (de jaleco preto) foi levado ao 37º DP (Ilha do Governador) Reprodução Por fim, após a polícia consultar órgãos oficiais e cruzar informações com informações da investigação de Belford Roxo, a polícia descobriu que se tratava de Ellison. Em seu celular foram encontradas diversas fotos e vídeos de menores sendo atraídos e incentivados a enviar fotos e vídeos de conteúdo pornográfico e sexualmente explícito. À polícia, o treinador de futebol da escola disse que Ellison foi demitido assim que soube das acusações de abuso. Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar
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