setembro 15, 2024
4 mins read

Turista brasileiro sente no bolso aumento dos preços na Argentina sob Javier Milei | Brasil

Turista brasileiro sente no bolso aumento dos preços na Argentina sob Javier Milei | Brasil
Antecipação saque aniversário fgts


Viajar para a Argentina esquiar nas montanhas de Bariloche — ou “Brasiloche”, apelido que a cidade patagônica ganhou de tantos turistas brasileiros que recebe — ou degustar carnes e vinhos em Buenos Aires deixou de ser um programa mínimo razoável para o bolso de quem ganha em real.

Desde que o governo de Javier Milei tomou posse em dezembro de 2023, tudo aumentoue não apenas para os argentinos, que reclamam de tudo. Os brasileiros também reclamam quando andam pelas ruas da capital argentina, até porque o que não aumentou tanto foi o valor do real em relação ao peso argentino. No dia 11 de dezembro, um dia após a posse de Milei como presidente, o real valia 190 pesos e hoje vale 220 pesos (valorização de 16%, contra inflação de 87% em sete meses).

Comerciantes da região da Avenida Cabildo, importante artéria de Buenos Aires, reclamam da falta de compras dos brasileiros em suas lojas de roupas e calçados. Franco Moretti, dono do gin Moretti e do bar que leva o nome de seu produto, na turística Chinatown da capital, também deixou saudades dos brasileiros nesta temporada.

“Tudo está o dobro do preço em relação ao Brasil”, comentou Daniel, agricultor de Belo Horizonte, em visita a Buenos Aires para assistir ao jogo de seu time preferido, o Cruzeiro, na Copa Sul-Americana. “Sempre venho a Buenos Aires e os preços, principalmente de produtos essenciais, como alimentos, são mais altos”, diz o mineiro no meio dos corredores de um armazém de alimentos em Belgrano, bairro nobre da cidade.

Ele sentiu que seus companheiros torcedores têm evitado ir aos jogos da seleção mineira na Argentina por causa dos altos preços. Evitar a inflação acumulada nos últimos 12 meses, até julho, de 263,4% não é uma missão fácil, nem para especialistas —mais difícil ainda é escapar daquela chata dor de cabeça quando chega a fatura do cartão de crédito.

Para quem ainda tem energia, a verdade é que sai mais caro saborear carnes deliciosas em restaurantes de Buenos Aires — custa cerca de R$ 300 por pessoa para comer em um endereço estrelado ou da moda em Palermo. Comprar jaquetas, botas e sapatos de couro no centro da cidade ou nos bairros mais descolados e fashion também é complicado.

O único bastião de consumo que o turista brasileiro ainda pode acessar sem medo das contas é o vinho. Uma garrafa da premiada vinícola El Enemigo custa cerca de R$ 100 — no Brasil custa aproximadamente R$ 250. É quando se trata de vinhos mais premium. Se a ideia é saborear um bom vinho, acompanhado do famoso queijo Tandil (R$ 48, por 500g), no seu quarto de hotel, você ainda pode fazê-lo pagando R$ 35 a garrafa.

Ao contrário de Daniel, a fisioterapeuta Bruna Cardoso Manna Murata, que saiu de férias para Buenos Aires pela primeira vez em junho deste ano, achou a Argentina mais barata que São Paulo, onde mora.

“Apesar de saber que no período que fui a relação de valor entre o real e o peso não era tão atrativa, achei uma viagem com bom custo-benefício”, diz a profissional de saúde que mora no bairro de Pinheiros, na região . capital de São Paulo. .

“O que mais me chamou a atenção foi que era mais barato que o Brasil, considerando que moro em São Paulo [uma cidade cara para o brasileiro]era a comida”, disse ela. “Comi muito bem. Mesmo em um restaurante com estrela Michelin, algo que, no Brasil, não seria viável.”

Depois dessa primeira experiência em Buenos Aires, Bruna disse que “voltaria lá mil vezes”. Ela compara a viagem com a que fez no ano passado ao Chile, país que achou mais caro.

Os números, porém, mostram que, diferentemente de Bruna, os brasileiros, em geral, preferem as paisagens chilenas às argentinas. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o fluxo de brasileiros que vão para a Argentina de janeiro a agosto de 2024 teve um modesto aumento de 17%, em relação a 2023, contra um aumento de 63% em relação aos destinos no Chile.

Segundo dados do Senatur (Serviço Nacional de Turismo do Chile), o aumento é ainda maior (já que são consideradas todas as formas de entrada no país, não apenas por avião): no ano, até o final de julho, o aumento de A O A chegada de brasileiros ao Chile foi de 74,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O crescimento deverá continuar ao longo do ano, tendo também em conta que a temporada de neve deverá durar até setembro na zona centro-sul do país”, projeta o Senatur.

Em um relatório sobre o turismo receptivo argentino, o Índice — o instituto argentino de estatística — destacou que o fluxo geral de turistas caiu 27,5% em junho e 21,2% em julho, em comparação com os mesmos meses do ano passado — desde abril, as chegadas de turistas à Argentina têm diminuído. Segundo o instituto, o Brasil é o país que mais abastece turistas, com 32,4%, em junho, e 34% do total, em julho, com aumentos anuais de 8,1% e 11,1%, respectivamente.

O que os comerciantes reclamam é que esse aumento, durante as férias escolares, foi maior. E têm razão: em 2023, em junho, o fluxo de brasileiros cresceu 57,5% e, em julho, 57,9%, em relação ao mesmo período de 2022.

Quando comparado com junho e julho de 2023, fica clara a real dimensão da queda acentuada do fluxo de turistas (em geral) este ano. Em junho do ano passado houve um aumento de 79,6% nas chegadas de turistas à Argentina e, em julho, um aumento de 62,7%.

A ocupação hoteleira no país caiu 20,7% em junho deste ano, enquanto no mesmo mês do ano passado houve crescimento de 63,5%. Só em Buenos Aires, a ocupação hoteleira em junho de 2024 caiu 26%, considerando turistas de fora da Argentina.

Claro que o vilão do álbum de viagens dos brasileiros na Argentina são os altos preços de alimentação, hospedagem, passeios e até aluguel de carro. Em dezembro do ano passado, alugar um carro econômico por sete dias custava cerca de 140 mil pesos (R$ 740 pelo câmbio da época) e, em agosto deste ano, o custo de alugar um carro da mesma classe por quatro dias na Patagônia custou 408 mil pesos (R$ 1.855).

atribuído a servidor público

empréstimo pessoal do banco pan

simulador de empréstimo de caixa aposentado

renovação de empréstimo

empréstimo consignado para assalariados

empréstimo banco itaú

The post Turista brasileiro sente aumento de preços na Argentina sob Javier Milei | O Brasil apareceu primeiro no WOW News.



Wow News

Russell “previu” batida que decidiu pódio no GP do Azerbaijão; entenda
Previous Story

Russell “previu” batida que decidiu pódio no GP do Azerbaijão; entenda

Os críticos criticam a esposa ‘vergonhosa’ de Walz por discurso de campanha ‘condescendente’
Next Story

Os críticos criticam a esposa ‘vergonhosa’ de Walz por discurso de campanha ‘condescendente’

Latest from Blog

Go toTop

Don't Miss

Observações dos candidatos à Prefeitura de Tatuí sobre o Jogo Eleitoral

Observações dos candidatos à Prefeitura de Tatuí sobre o Jogo Eleitoral

Os candidatos puderam enviar um comentário de até 500 caracteres
Observações dos candidatos à Prefeitura de Itapetininga sobre o Jogo Eleitoral

Observações dos candidatos à Prefeitura de Itapetininga sobre o Jogo Eleitoral

Os candidatos puderam enviar um comentário de até 500 caracteres