agosto 15, 2024
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Amazon chega a 100 polos logísticos no Brasil e agora entrega até de barco na Amazônia

Amazon chega a 100 polos logísticos no Brasil e agora entrega até de barco na Amazônia
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A Amazon anunciou ontem (14) que atingiu a marca de 100 centros logísticos espalhados pelo Brasil. Esse número é composto por 90 postos de entrega e outros 10 centros de distribuição (CDs).

O TecMundo foi convidado a visitar um dos pontos de entrega da empresa – localizado em Embu das Artes (SP) –, e lá a gigante do comércio eletrônico apresentou seu último balanço.

Enquanto os CDs são onde as mercadorias são armazenadas, as estações de entrega são a “última milha”. São nesses locais que os entregadores da empresa retiram os itens e os levam até a casa dos clientes.

Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil, explicou que os postos fazem entregas para pessoas que moram a no máximo uma hora de distância. O local visitado pela reportagem abrange parte da Grande São Paulo e também a Zona Oeste da capital paulista, por exemplo.

“Os produtos ficam armazenados no armazém em Cajamar (SP). Lá, os pedidos são processados ​​e enviados aos postos de entrega às 2h. [da madrugada]. Quando chegam aqui em Embu das Artes, por exemplo, são armazenados e preparados para serem retirados pelos motoristas”, destacou.

Na estação Embu há uma mistura de tecnologia e operação humana. Enquanto as rotas são preparadas para os motoristas com a ajuda da IA, por exemplo, os funcionários escaneiam os produtos em uma lógica gamificada.

“As telas mostrarão a quantidade de pacotes que já digitalizaram e poderão competir de forma saudável com os colegas”, acrescentou Caldas.

Como funciona a lógica de entrega?

Ao contrário de outras marcas de comércio eletrônico que terceirizam todo o processo de armazenamento de estoque de produtos, a Amazon tem sua própria subsidiária. Nesse caso, a Amazon Logistics é responsável por toda essa coordenação de recebimento e entrega dos produtos – que são vendidos em 99% dos casos por pequenas e médias empresas através do marketplace.

E a empresa também terceiriza parte do negócio no terço final. Os entregadores – que fazem parte do programa Delivery Service Partner, ou DSP – são terceirizados e recebem remuneração de acordo com seu horário de trabalho e perfil do veículo.

No total, são atualmente 41 empresas de entrega que trabalham com a Amazon, que conta com cerca de 3 mil motoristas disponíveis em todo o país. Para entregar as compras na sua casa, esses motoristas carregam o veículo em apenas 15 minutos no centro de Embu.

Segundo a Amazon, a empresa conta com mais de 18 mil funcionários diretos e indiretos. (Imagem: Amazon/Divulgação)

“Ele (motorista de entrega) estaciona dentro dos postos e carrega o veículo. Depois, ele recebe o roteiro de entrega em um sistema completo que prevê tempos de parada e descanso. Caso o motorista passe por algo inesperado, como um acidente, ou faça uma parada sem aviso prévio, o aplicativo oferece um veículo de resgate para buscar os produtos e dar continuidade às entregas para não se atrasar”, disse o executivo da Amazon.

A empresa garante que o sistema é muito eficiente e que 99% das entregas são realizadas dentro do prazo prometido. Até o momento, nos quatro anos de atuação da Amazon Logistics, nenhum entregador teve seu contrato de trabalho rescindido.

“Prevemos inclusive quebras de acordos em casos como falta de pagamento de motoristas e desvio de carga, e também temos métricas para avaliar cada parceiro. Porém, mesmo com taxas baixas, nossa intenção não é punir, mas sim entender o que está acontecendo”, disse Caldas.

Além da Black Friday, a Amazon tem picos de vendas durante o Prime Day, e funcionários temporários são contratados nesses períodos. (Imagem: Amazon/Divulgação)

A Amazon também revelou que possui iniciativas como a Favela Llog, que é uma empresa de logística especializada na distribuição de embalagens em 9 comunidades do estado de São Paulo.

Além dos moradores das favelas, a iniciativa oferece oportunidades de emprego para quem foi libertado do sistema prisional.

Entrega até de barco na Amazônia

Presente no Brasil desde 2012 – quando o Kindle foi lançado por aqui –, a Amazon considera sua atuação no país um sucesso. Em 2019, a gigante do comércio eletrônico tinha apenas 1 CD e 1 milhão de produtos disponíveis para venda. Em agosto de 2024, o número saltou para 10 CDs e 100 milhões de produtos.

Prometendo entregas para todos os 5.570 municípios do país, a Amazon passou a entregar até mesmo para comunidades ribeirinhas do Amazonas. Há três meses a empresa conta com um entregador que usa barco.

O parceiro atravessa o Rio Negro para entregar produtos aos moradores da Comunidade Catalão, que fica a cerca de 40 minutos da capital Manaus.

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