O Senado aprovado nesta quinta-feira (14) a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Anistiao que abre caminho para o perdão de multas aplicadas aos partidos que descumpriram as regras de repasses mínimos a candidatos negros. Foram 51 votos a favor e 15 contra. O assunto vai para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O A PEC não só perdoa dívidas partidárias, mas também cria um programa de refinanciamento de dívidas partidárias, com Refis de até 180 meses. O texto também aprova a utilização de recursos do fundo partidário, financiado com dinheiro público, para pagamento de multas eleitorais. As penalidades aplicadas contra partidos em processos de responsabilização eleitoral também poderão ser anistiadas, segundo a proposta.
A proposta inclui no texto constitucional a obrigatoriedade de os partidos destinarem 30% do orçamento do fundo eleitoral para financiar a candidatura de negros, em regra que entra em vigor em 2024. Por outro lado, até a promulgação da PEC, as siglas não serão punidas caso descumpram as regras de transferência prescritas.
A medida representa uma redução de mais de 20% na destinação de recursos aos candidatos pretos e pardos. Hoje, o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que os recursos de campanha dos candidatos negros devem refletir o percentual de negros e de natalidade na população brasileira, que hoje ultrapassa os 50%.
Indo contra a PEC, o senador Paulo Paim (PT-RS) questionou a capacidade dos partidos de cumprir a nova regra, aprovada às vésperas da campanha eleitoral.
“A campanha eleitoral começa amanhã e vamos votar hoje uma PEC. O maior argumento que ouvi naquela altura foi que não havia tempo para explicar bem as coisas às partes e por isso houve uma correria para que muitos conseguissem descumprir as regras. É de se perguntar: se uma emenda constitucional for aprovada hoje e o processo eleitoral começar à meia-noite de hoje, teremos tempo para adaptar a esta realidade todo um processo que terá início amanhã?”, questionou Paim.
O relator da matéria, senador Marcelo Castro (MDB-PI), rejeitou o nome da PEC da Anistia, defendeu o programa de refinanciamento da dívida partidária e disse que o estabelecimento de cotas raciais no texto constitucional representa um avanço. “Estamos colocando uma cota racial na Constituição. Poderia ser chamada de PEC da cota racial. Estamos criando um Refis para dar segurança financeira aos partidos. Poderia se chamar PEC do Refis. PEC da Anistia e induzir a opinião pública a se posicionar contra o que estamos votando aqui”, destacou Castro.
O governo não apresentou votação, mas o líder no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), defendeu o avanço da proposta. “Não há encaminhamento do governo porque o governo entendeu que se trata de uma questão partidária. De qualquer forma, fiz questão de vir discutir o assunto só para dizer que concordo. Essa abordagem é o que você faz com muitas dívidas. São retirados os juros, retiradas as multas e você paga o principal de forma não desembolsada, mas parcelada, visando o objetivo central do Tesouro. cotas, sejam elas para mulheres, pretos e pardos nos próximos quatro anos”, argumentou Wagner.
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