Diante da crise no Rio Grande do Sul e com o câmbio dificultando a vida das companhias aéreas no Brasil, a Gol fechou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 3,91 bilhões, revertendo o lucro de R$ 556 milhões do mesmo trimestre do ano. ano anterior.
O resultado, marcado por efeitos não recorrentes como a alta do dólar e as enchentes no sul do país, levou a empresa a ter o maior prejuízo da série histórica do ano. Data valorque começou em 2008. O segundo maior prejuízo da empresa foi no segundo trimestre de 2022, com prejuízo de R$ 2,85 bilhões.
As perdas com variações cambiais sobre a dívida não significam que haverá efeito imediato no caixa, pois se trata de um ajuste em reais do valor das dívidas em dólares, muitas das quais têm vencimentos de longo prazo.
Ajustada pelos efeitos cambiais e despesas com recuperação judicial nos Estados Unidos, a empresa registrou prejuízo de R$ 1,05 bilhão, ante lucro de R$ 416 milhões um ano antes.
A receita da empresa totalizou R$ 3,94 bilhões no trimestre, queda de 5% em um ano. No trimestre foram transportados 6,7 milhões de passageiros, queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O EBITDA recorrente totalizou R$ 745 milhões, queda de 21,3%. A margem Ebitda foi de 18,9%, queda de 3,9 pontos percentuais.
Do lado da demanda, a crise no Rio Grande do Sul foi um golpe sentido também pela Gol. Segundo a empresa, as enchentes reduziram o resultado operacional em R$ 100 milhões, devido à redução de R$ 120 milhões na receita e de aproximadamente R$ 20 milhões na redução de custos, com o menor número de voos operados.
“Esse efeito representou uma redução de 1,9 ponto na margem operacional do trimestre”, afirma a empresa.
A Azul também relatou dificuldades para reduzir os clientes gaúchos, que representam 10% do mercado brasileiro e têm ticket médio maior.
A companhia encerrou o trimestre com consumo de caixa de R$ 477 milhões, refletindo a decisão comercial de reduzir temporariamente a antecipação de recebíveis.
A companhia aérea fechou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 25,8 bilhões, um aumento de 26% em um ano, especialmente dada a entrada de recursos do empréstimo garantido em recuperação judicial (denominado DIP). A relação dívida líquida/EBITDA nos últimos 12 meses foi de 5,1 vezes, ante 5 vezes no ano anterior.
O resultado financeiro da empresa foi negativo em R$ 3,86 bilhões, ante resultado negativo do ano anterior de apenas R$ 3 milhões. A linha que mais pesou no indicador foi a variação cambial, que trouxe prejuízo financeiro de R$ 2,69 milhões, ante ganho de R$ 963 milhões um ano antes.
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O post Gol tem prejuízo de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre com chuva no RS e câmbio | As empresas apareceram primeiro no WOW News.