O executivo Octávio Frioli Florisbal morreu na noite desta terça-feira (13), em São Paulo, aos 84 anos.
Formado em comunicação e marketing pela ESPM, com diversos cursos de especialização em Nova York, teve carreira de mais de 30 anos na Globo.
Nascido em São Paulo em 20 de maio de 1940, filho do avicultor Elegardo Florisbal e da dona de casa Josephina Frioli Florisbal, aos 15 anos mudou-se sozinho para o Rio de Janeiro. O objetivo era estudar no Colégio Pedro II e, posteriormente, no Colégio Naval, em Angra dos Reis.
Antes de iniciar a carreira na emissora, Florisbal trabalhou nas agências de publicidade J. Walter Thompson, Norton Publicidade e Lintas Internacional.
Em 1982, foi contratado para estruturar o departamento de marketing da Globo. A sua principal missão era criar um canal de comunicação permanente entre a área comercial e os setores de programação, criação, produção e jornalismo.
Florisbal foi diretor da Central Globo de Marketing por oito anos, até que, em 1991, num momento de crise econômica do país, foi convidado pelos acionistas da emissora para se tornar superintendente comercial. Uma das marcas de sua gestão nessa função foi a profissionalização do modelo de marketing de espaços publicitários.
Em 2002, assumiu interinamente o cargo de diretor-geral da Rede Globo, após a saída, por motivos de saúde, da executiva Marluce Dias. Em 2004, foi nomeado para o cargo, onde permaneceu até dezembro de 2012, quando foi sucedido por Carlos Henrique Schroder.
No ano seguinte, passou a integrar o Conselho de Administração das Organizações Globo, do qual foi membro até 2017.
“A Globo é uma empresa de muito sucesso. Temos que olhar sempre para frente e tentar inovar, nos adaptar aos novos tempos”, disse o executivo ao Memória Globo.
Em 2009, o respeito e a admiração do mercado por ele se transformaram em título, quando recebeu o prêmio Personalidade do Ano, concedido pela Associação Brasileira de Publicidade. Foram destacadas sua dedicação, inovação e competência para o desenvolvimento e defesa dos interesses da área de comunicação.
Na última década, já viúvo, dedicou-se ao sonho do anunciante com quem foi casado há mais de 30 anos: o Instituto Helena Florisbal, que promove assistência social gratuita para crianças em situação de vulnerabilidade social, especialmente aquelas com deficiência física e deficiências mentais. deficiências.
Octávio Florisbal começou a trabalhar em 1961, como assistente administrativo em uma das principais agências de publicidade da época, a J. Walter Thompson. Seu tio Renato Castelo Branco presidiu a filial brasileira e também foi vice-presidente da corporação americana.
Exercia o cargo de diretor de planejamento de mídia quando foi contratado pela Norton Publicidade para estruturar o departamento da agência.
Em 1972 foi contratado pelo Lintas Internacional, onde permaneceu por 10 anos. Na agência teve contato com Gessy-Lever, uma das principais divulgadoras de novelas e programas da época, e através dela teve contato com a produção de programas de rádio e TV.
Ainda no início da década de 1970, Florisbal foi um dos fundadores e o primeiro presidente do São Paulo Media Group, entidade focada em pesquisa de audiência.
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