Criador de Orkut, rede social que tinha 300 milhões de usuários no mundo nos anos 2000 e ainda causa saudade entre os brasileiros, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten criticou, nesta quarta-feira (14), o que classifica como uma “relação tóxica” que os usuários desenvolveram com mídia social e o Internet nas últimas décadas.
Segundo ele, as redes sociais são uma das principais culpadas pelo “declínio do capital social”, um conjunto de conexões interpessoais. E plataformas como Facebook e Instagram, ele acrescentou, “eles colocam os lucros antes da segurança”.
“[Essas plataformas] lucrar com a raiva e a negatividade porque as emoções negativas mantêm as pessoas no controle [conectadas]o que significa que eles podem mostrar mais publicidade e obter mais lucros”, disse ele.
Buyukkokten está no Brasil para o Semana de Inovação do Rioevento de inovação e tecnologia realizado em Pier Mauá, zona portuária da capital fluminense, onde ministrou palestra focada na evolução das relações humanas com as tecnologias, nesta quarta-feira (14).
O Orkut foi extinto em 2014. Em 2022 foi reativado com uma mensagem do fundador de que em breve voltaria a funcionar. Até agora, não foi. Ao portal g1, Buyukkokten disse que pretende voltar com o Orkut e que recrutaria profissionais de Vale do Silício e de São Paulomas nenhuma data foi informada.
Em sua palestra desta quarta (14), o engenheiro frustrou quem esperava mais detalhes sobre a volta do Orkut, mas o público recebeu pistas sobre o que esperar do empresário que nasceu na Turquia, cresceu na Alemanha e foi para os Estados Unidos. Estados para frequentar a universidade.
“A mídia social não é um espaço virtual para autopromoção e ostentação. Quero construir uma rede social que seja o meu bairro, onde nos apoiemos e nos sintamos confortáveis em compartilhar as alegrias e desejos da vida. Onde fazemos novos amigos e exploramos paixões juntos”, disse ele. “Mas para fazer isso, precisamos abandonar as redes sociais tóxicas”, acrescentou.
Impactos na saúde mental
O criador do Orkut disse que a mídia social foi a “adoção tecnológica mais rápida da história” e mudou fundamentalmente a vida cotidiana. O engenheiro destacou aspectos positivos das redes, como a quebra de barreiras geográficas e conexões globais, mas destacou que é hora de refletir sobre como as tecnologias recentes impactaram o saúde mental.
“Como você pode não ficar deprimido em um ambiente onde as mídias sociais e os smartphones criaram uma atmosfera de competição constante e separaram você das interações humanas?” “Mas nossas conexões reais não vêm do número de curtidas que recebemos ou do número de amigos ou seguidores que temos online”, argumentou.
“A tecnologia pode nos salvar”
Para Buyukkokten, o maior desafio para as próximas décadas é desenvolver uma relação saudável com as redes sociais e encontrar formas de usar a tecnologia para unir, em vez de separar. “A tecnologia pode nos salvar, mas é mundana, não é sagrada. A tecnologia é uma utilidade, não um objeto de adoração.”
Ao subir ao palco principal do Rio Innovation, vestindo camisa social e calça preta brilhante, o criador do Orkut foi recebido como uma celebridade. Um mar de celulares subiu para registrar sua presença. Ele disse “oi a todos” e então começou sua apresentação em inglês.
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