setembro 13, 2024
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Rock in Rio reflete ascensão da música eletrônica brasileira no mundo: DJs nacionais dominam palco

Rock in Rio reflete ascensão da música eletrônica brasileira no mundo: DJs nacionais dominam palco
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New Dance Order conta com maioria de brasileiros em todos os dias do festival; entenda o movimento DJ Ramon Sucesso, Miss Tacacá e Clementaum Boiler Room/Divulgação O som das pick-ups no palco do New Dance Order falará mais português no Rock in Rio 2024 – e isso está longe de ser um problema. O endereço de música eletrônica do festival tem pelo menos três shows brasileiros programados para cada dia de festival, e isso é motivo de comemoração para os artistas do gênero no Brasil. Do funk carioca à tecnologia paraense, a música eletrônica brasileira vive um momento de ascensão, com artistas ganhando espaço em festivais internacionais e plataformas de streaming. O reflexo desse movimento pode ser visto no Rock in Rio 2024. Barja toca no palco do New Dance Order com Curol Reprodução/Instagram “O mercado nacional está super aquecido, com reconhecimento de vários artistas nacionais ao redor do mundo com músicas autênticas para diferentes gostos : artistas que representam esse tech house, afro, melódico com autenticidade e com nosso toque brasileiro”, diz Barja, DJ brasileiro que também faz parte do time de apresentadores do Rock in Rio 2024 da Globo. Curol e Barja fazem show b2b no Rock in Rio Reprodução Barja também apresentará seu som no New Dance Order, no dia 20 de setembro, em back2back set – quando dois DJs tocam juntos – com Curol. “Ela é uma mulher poderosa, autêntica, que está despontando no mercado mundial com diversas músicas em português e uma sonoridade tão brasileira e tão única. Será uma honra estar ao lado de alguém como ela que, além de amiga, sou fã e também num line-up só de mulheres, isso é muito poderoso”, comemora. O Brasil no seu melhor Com nomes como Alok, Vintage Culture e ANNA ganhando popularidade em todo o mundo, a música eletrônica brasileira está crescendo como um movimento. A famosa lista “Top 100 DJs” da revista especializada “DJ Mag”, por exemplo, conta atualmente com 5 brasileiros, dois deles no Top 10: Alok em 4º, e Vintage Culture em 10º. Alok no Tomorrowland Brasil Fabiano Battaglin/gshow O público brasileiro também ganha. Atualmente, apenas o Brasil e a França recebem edições do festival Tomorrowland fora da Bélgica, onde ele se originou. O país também recebe cada vez mais eventos sob a marca do projeto Boiler Room, que grava DJ sets ao redor do mundo. Barja acredita que a popularidade do Brasil no cenário tem a ver com a “autenticidade sonora”, além da “vibração que exalamos”. “Temos artistas como Mochakk, que com sua força e autenticidade viralizaram naturalmente, alcançando um mercado além do eletrônico, tornando-se um fenômeno mundial. Assim como os artistas que chegaram ao topo das plataformas de streaming, conquistando pessoas de fora do país, além daqueles que também apostaram na originalidade e enviaram músicas para artistas já conhecidos mundialmente, que tocaram ou impulsionaram o reconhecimento de alguma forma. esta originalidade. De alguma forma, esse reconhecimento aconteceu fora das nossas fronteiras”, aponta Barja, que fala português. O mundo está de olho no som dos CDJs no Brasil. Nos infernos de São Paulo e até nas aparelhagens do Pará, a música eletrônica brasileira tem chamado a atenção. Miss Tacacá Reprodução/Instagram No início do ano, a paraense Miss Tacacá se tornou a primeira a ter uma cena dedicada à tecnologia dentro do projeto Boiler Room. No gshow, ela fala sobre a conquista de levar a música eletrônica do Pará para o mundo. “Sinto-me uma guerreira por fazer parte desse movimento, por nunca ter desacreditado ou tentado me adaptar para caber no que já era imposto”, destaca. Dona Tacacá também reflete sobre o preconceito que a tecnomelodia e o tecnobrega enfrentam: “Dentro da cultura nordestina, o tecnobrega e a tecnomelodia sempre foram colocados em um lugar de marginalidade, e fora dela, muito mais. Sempre sendo vistos apenas como gêneros de ‘brasilidade’ e não valorizados como gêneros da música eletrônica brasileira”, explica o DJ. Miss Tacacá no set do Boiler Room Boiler Room/Divulgação Em mais um passo para levar a música eletrônica do Pará para o mundo, Miss Tacacá faz a curadoria da primeira edição do evento Boiler Room no Pará, marcado para 19 de setembro, com DJs do tecnobrega e tecnomelodia da região amazônica. “Quando comecei a pesquisar e estudar esses gêneros e a história de onde tudo começou, percebi que precisava haver alguém que colocasse esses gêneros dentro do circuito da música eletrônica, fazendo o mesmo movimento que foi feito com o funk, que também é música eletrônica produzida na periferia, mas principalmente no Sudeste”, reflete Dona Tacacá. O jeito brasileiro Clementaum no Primavera Sound Boiler Room/Divulgação Quem também vive o momento de atenção do mercado internacional para os eletrônicos brasileiros é Clementaum. Ao lado do DJ Ramon Sucesso, ela trouxe os ritmos do Brasil para a última edição do Primavera Sound, em Barcelona. “Foi muito legal ver as pessoas comentando, principalmente porque eu não toco apenas um gênero específico, trago música eletrônica afro-latina misturada com referências da música pop, então no meu set você vai ver todas essas vibrações”, lembra ela . DJ Ramon Sucesso Boiler Room/Divulgação Sobre o interesse do público internacional pelos DJs brasileiros, Clementaum, que é paranaense, aponta um diferencial que vai além dos estilos brasileiros, já que muitos desses DJs também exploram variações da música eletrônica mundial. A diferença realmente está em ser brasileiro. “A música eletrônica no Brasil está muito à frente. As pessoas aqui gostam de brincar e experimentar muitas coisas, então é uma música bem experimental, mas sem deixar de lado a dança e o swing, e isso ajuda muito a nossa música a chegar ao mundo. Temos algo muito diferente e que vai além, e por isso vamos ganhar cada vez mais espaço no mundo”, finaliza Clementaum. Clementaum no Primavera Sound Boiler Room/Divulgação Veja o line-up do palco New Dance Order no Rock in Rio 2024 13 de setembro (sexta) 22h – Cat Dealers 23h30 – Chemical Surf 1h – Fatsync x Malifoo 2h30 – Deadmau setembro 5º Dia 14 (sábado) 22h – Liu 23h30 – Öwnboss 1h10 – Kvsh 2h40 – DJ Snake 15 de setembro (domingo) 22h – Ruback 23h30 – Binaryh 1h – Mila Journée 2h30 – Artbat 19 de setembro (quinta) 22h – Illusionize 23h30 – Gabe 1h – Victor Lou 2h30 – Wade 20 de setembro (sexta-feira) 22h – Samhara 23h30 – Ashibah 1h – Curol x Barja 2h30 – Alison Wonderland 21 de setembro (sábado) 22h – Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier, Maz Antdot 22 de setembro (domingo) 22h – Dubdogz 23h30 – Jetlag 1h – Bhaskar 2h30 – Kaskade + Rock in Rio

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