O Banrisul registrou lucro líquido de R$ 247,3 milhões no segundo trimestre de 2024, período em que o Rio Grande do Sul foi fortemente afetado pelas chuvas. O número representa aumento de 31,9% no trimestre e de 9,2% em 12 meses. O banco também revisou seu guidance para 2024, prevendo maior aumento na carteira de crédito e menor aumento na margem financeira.
A margem financeira do banco gaúcho atingiu R$ 1,613 bilhão no segundo trimestre, aumento de 5,1% no trimestre e de 15,9% em 12 meses. As despesas de provisão para perdas com créditos, por sua vez, totalizaram R$ 303,5 milhões, queda de 25,4% e 22,8% respectivamente.
O presidente do Banrisul, Fernando Lemos, observa que o banco “se manteve operacional” durante todo o período das enchentes e destaca as medidas que foram tomadas para mitigar a crise, como renegociação de dívidas, isenção de taxas, adiamento de faturas de cartão de crédito, prorrogação de folha de pagamento empréstimos, parcelamentos de empréstimos imobiliários e financiamentos rurais e disponibilização de capital de giro.
O banco lembra ainda que, por meio do Banco Central (BC), “foram obtidas mitigações dos efeitos da enchente, como critérios temporários de caracterização da reestruturação das operações e cobranças compulsórias sobre recursos de poupança”.
A carteira de crédito do Banrisul atingiu R$ 54,71 bilhões em junho, representando aumento de 1,6% no trimestre e de 6,2% em 12 meses. A inadimplência foi de 2,31%, ante 2,39% no primeiro trimestre e 1,98% no segundo trimestre do ano passado.
As receitas de serviços totalizaram R$ 584,6 milhões, aumento trimestral de 1% e aumento anual de 9,7%. As despesas administrativas, por sua vez, totalizaram R$ 1,078 bilhão, aumento de 2,2% e 5% na mesma comparação.
O Banrisul também revisou a previsão de crescimento da carteira de crédito em 2024 e agora espera um aumento de 3% a 8%, ante 2% a 7% anteriormente. A margem financeira deverá crescer entre 18% e 23%, face a uma previsão anterior de 25% a 30%.
As despesas com provisão de crédito da carteira deverão aumentar de 2% a 3% no ano, ante previsão anterior de aumento de 2,5% a 3,5%. Quanto às despesas administrativas, a expectativa é de aumento de 5% a 9%, ante 6% a 10% anteriormente.
Segundo o banco, o intervalo de crédito foi revisto em função das medidas adotadas em resposta à calamidade pública ocorrida este ano. “A expansão do crédito, porém, não representa aumento dos níveis de risco, preservando a qualidade da carteira”, informa a instituição.
O Banrisul afirma ainda que a margem financeira “continua em forte recuperação” e que a revisão do intervalo reflete o patamar mais elevado da taxa Selic em relação à projeção inicial, com impacto imediato no estoque de captação, e os efeitos da situação emergencial medidas “que provocaram um aumento na liquidez imediata dos clientes”.
Sobre o cenário macroeconômico para o Estado, o banco afirma que alguns indicadores antecedentes indicam que o PIB do Rio Grande do Sul teve um ritmo de recuperação mais intenso do que outras regiões do país até o final de abril, quando foi atingido pelas chuvas. A expectativa é que, no primeiro semestre, a recuperação observada até abril “tenha sido pelo menos parcialmente frustrada”.
“Em relação ao mercado de crédito, vale destacar que o Rio Grande do Sul apresentou, pelo menos até maio, último dado disponível, uma taxa média de expansão do saldo das operações totais um pouco mais intensa que a do Brasil como um todo , preservando ainda uma taxa de inadimplência menor que a do restante do país, mas em tendência crescente”, informa o banco.
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O pós Lucro do Banrisul sobe 9,2% no 2º trimestre, em meio ao impacto das chuvas no RS | Finanças apareceu primeiro em WOW News.