agosto 13, 2024
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Avon Products pede recuperação judicial nos Estados Unidos; veja o que acontece agora

Avon Products pede recuperação judicial nos Estados Unidos; veja o que acontece agora
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O pedido foi feito por meio do Capítulo 11 da Lei de Falências americana, que permite que empresas passem por reestruturações financeiras sem cobrança de credores. Divulgação do escritório Avon A Avon Products, subsidiária não operacional do Grupo Natura que controla a Avon em outros países, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, para ter proteção contra seus credores enquanto desenha uma reestruturação financeira. O processo será realizado por meio do Capítulo 11 (Capítulo 11, na tradução), mecanismo da legislação americana semelhante a uma recuperação judicial no Brasil. Capítulo 11: entenda o mecanismo e a diferença na recuperação judicial brasileira Em comunicado enviado ao mercado, a Natura informa que é a maior credora da Avon, mas que continua acreditando no potencial da marca e, por isso, prestará assistência financeira ao empresa neste período de reestruturação. Além do financiamento de US$ 43 milhões (cerca de R$ 236 milhões pela cotação atual do dólar), a Natura também pretende comprar as operações internacionais da Avon em países fora dos Estados Unidos. “Assim, (Natura) pretende apoiar as atividades da Avon durante todo o processo de reestruturação, comprometendo-se a fornecer financiamento de US$ 43 milhões na modalidade DIP e a fazer uma oferta de US$ 125 milhões para adquirir as operações da Avon fora dos Estados Unidos”, informa o grupo. O financiamento DIP (dívida em posse) refere-se a um aporte em dinheiro que ocorre em ambiente protegido e sob supervisão judicial. Segundo o comunicado, não é esperado nenhum impacto nas operações da Avon fora dos Estados Unidos. “Isso inclui a atuação nos mercados latino-americanos, onde a marca Avon é distribuída pela Natura e a integração das duas marcas continua avançando de forma constante. pela Avon, as dívidas da empresa ficam suspensas por determinado período, a ser apurado e fiscalizado pela Justiça. Com esta suspensão, os credores da empresa ficam impedidos de executar essas dívidas, ou seja, de cobrar o valor devido pela Avon. mecanismo é permitir que a empresa continue realizando suas atividades normalmente e, com um projeto de reestruturação financeira definido e aprovado por seus credores, tenha mais tempo para pagar suas dívidas Em entrevista à reportagem do g1 sobre o que é o Capítulo 11, Camila Crespi, advogado especialista em reestruturação empresarial do Luchesi Advogados, explica que “a opção de ingressar neste procedimento visa também, no curto prazo, quitar os credores, bem como fortalecer sua estrutura de capital no longo prazo, visando novos financiamentos .” No caso da Avon, como já apontado no comunicado da Natura, já estão em andamento negociações para que o grupo compre as operações americanas da empresa de cosméticos, aguardando aprovação judicial. Americanas pede recuperação judicial; entenda como funciona Prejuízo para a Natura O Grupo Natura anunciou, também nesta segunda-feira, que teve prejuízo líquido de R$ 859 milhões no segundo trimestre deste ano, resultado que representa um aumento em relação ao desempenho também negativo do mesmo período do ano passado. Segundo a Natura, o prejuízo decorreu da contabilização de R$ 725 milhões gerados pela “reestruturação voluntária da API, o que torna pouco provável que ela continue reconhecendo os ganhos obtidos com a otimização da estrutura societária da Avon, originalmente registrados no segundo trimestre de 2021″. Não fosse o efeito do processo de reestruturação, a empresa afirma que teria registrado lucro de R$ 162 milhões. União da Avon e Natura Em maio de 2019, a Natura anunciou que chegou a um acordo para compra de todos os negócios da Avon, em operação realizada por meio de troca de ações das duas empresas. A transação foi concluída em janeiro de 2020, com um valor de mercado das duas empresas combinadas estimado em US$ 11 bilhões. Dessa forma, o sindicato formou o quarto maior grupo de beleza do mundo. Na época, o cofundador da Natura, Luiz Seabra, afirmou que o sindicato criou “uma força importante no segmento”. “Acreditamos que os negócios podem ser uma força para o bem e, com a Avon, expandiremos os nossos esforços pioneiros para trazer valor social, ambiental e económico a uma rede em constante expansão.” O então presidente da Avon, Chan Galbato, afirmou que “o conselho da Avon está confiante de que a Natura será uma parceira poderosa para a marca, ao mesmo tempo em que oferecerá maior escala, operações e oportunidades ampliadas para funcionários e representantes, além de um enorme potencial de ganhos para os acionistas da ambas as empresas.” Porém, em fevereiro de 2024, a Natura anunciou a possibilidade de cisão da Avon, já que as operações de cada uma das empresas do grupo operavam de forma independente. Os estudos, que estavam em fase inicial, foram suspensos até que o processo de recuperação da Avon nos Estados Unidos seja concluído, segundo a Natura. *Com informações da agência de notícias Reuters

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