Geada em cafezais do Brasil preocupa mercado e preço sobe mais de 3% em NY

Clima adverso pode prejudicar o desenvolvimento da safra brasileira na safra 2025/26 A formação de geadas nas áreas produtoras de café no Brasil deu forte impulso aos preços na Bolsa de Valores de Nova York. Como o país é o maior produtor mundial de arábica, as chances de redução na oferta no próximo ano têm estressado o mercado. Com isso, os lotes de Arábica para dezembro, os mais negociados, subiram 3,60%, a US$ 2,3855 por libra-peso. Texto inicial do plugin Baixas temperaturas na madrugada de domingo e desta segunda afetaram importantes regiões cafeeiras com registros de geadas, como Cerrado Mineiro e Alta Mogiana. O município de Pedregulho (SP) foi um dos mais afetados, além da região de Araxá e Patrocínio, segundo relatos e grupos de cafeicultores desta manhã. “As geadas deram um forte impulso aos preços, mas as notícias sobre os impactos do fenômeno ainda são inconsistentes. Ainda vai demorar para entendermos a extensão da geada para a produção, mas certamente afetará a floração do Arábica”, afirma Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria. Segundo ele, o Sul de Minas Gerais, principal região produtora de arábica do país, inicialmente não foi afetado pelo clima adverso, mas o frio não dará trégua nos próximos dois dias e novas geadas não estão descartadas. “As temperaturas mínimas devem ficar em torno de 5°C nas áreas produtoras do norte do Paraná, Alta Mogiana e sul de Minas Gerais. O risco de geadas permanece baixo nas principais áreas produtoras. cidades mais altas, mais frias e áreas baixas”, explicou, em nota, o pesquisador de café e sócio do Lobo Café, Gilmar Lobo. Algodão O algodão subiu em Nova York após novas projeções de colheita. Os lotes Plume para dezembro fecharam em alta de 1,07%, a 69,07 centavos de dólar por libra-peso. O preço ganhou impulso após revisões na safra americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção no país em 2024/25 para 3,29 milhões de toneladas. O número representa uma queda de 11,1% em relação ao relatório de julho da agência. As projeções de embarques caíram 7,7%, para 2,61 milhões de toneladas. Além disso, a produção mundial de algodão é influenciada pelos EUA e também deverá diminuir. Segundo o USDA, o cultivo cai 2,1%, para 25,61 milhões de toneladas. O mesmo tom se aplica aos dados das exportações globais, que caem para 9,48 milhões de toneladas, 2,4% menos que o estimado no relatório de julho. Com isso, o estoque final global de algodão caiu 6,1%, para 16,9 milhões de toneladas. Cacau Os altos e baixos do mercado do cacau continuam presentes na bolsa nesta segunda-feira. Depois de subirem mais de 10% na última sexta-feira, os contratos de amêndoa para dezembro fecharam em queda de 5,93% na sessão de hoje, cotados a US$ 6.592 por tonelada. Açúcar Os lotes de açúcar demerara para entrega em outubro fecharam em queda de 1,03%, a 18,29 centavos de dólar por libra-peso. Suco de laranja No negócio de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ), por sua vez, os lotes para setembro fecharam em alta de 0,90%, a US$ 4,2650 por libra-peso.

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