setembro 11, 2024
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Arara, macaco, gato e até jacaré: polícia investiga comércio de animais silvestres nas redes sociais

Arara, macaco, gato e até jacaré: polícia investiga comércio de animais silvestres nas redes sociais
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Os preços variam de R$ 5.500 a R$ 17 mil. Vendedor conhecido como ‘Chefinho’ diz que animais vêm de SP. A Polícia Civil monitora grupos que compram e vendem animais silvestres. As espécies são anunciadas abertamente nas redes sociais. Há macacos-prego, araras, saguis e até jacarés bebês. Vendedores e compradores não parecem preocupados com a prática ilegal. “Está tudo bem cuidado, está tudo bem cuidado. Não é um animal justo, é um animal de fazenda.” “Vejo como eles são administrados e, se gosto do animal, compro-o para mim, crio-o por um tempo e depois vendo-o novamente.” Um dos participantes, que usa o nome de Chefinho, anuncia a venda de um filhote de macaco-prego por R$ 5,5 mil e envia um vídeo. São um casal de cachorrinhos, bem pequenos, que aparecem de fraldas na imagem. O RJ1 entrou em contato com o negociador, que garantiu a entrega rápida. RJ1: Entendo, mas se eu quiser um macaco-prego para semana que vem, vai demorar para conseguir? Chefe: Não, não vai demorar muito. ‘Eu quero isso hoje’ virá hoje. RJ1: E esse aqui vem de São Paulo? Chefinho: Vem de São Paulo, geralmente vem de São Paulo. Animais são vendidos gratuitamente nas redes sociais Reprodução/Redes sociais Chefinho também mostra experiência nesse tipo de negociação e oferece um extenso catálogo, com muitas outras ofertas. “Vendi todo tipo de animal que apareceu no meu caminho. O cliente fala: ‘ah, eu quero um jacaré’. Eu vejo aqui, aí está, mano. Aí eu dou o contato, a pessoa vai e pega, me agradece ‘muito obrigado’, me dá a moral e fico muito feliz.” O vendedor diz abertamente que os animais não têm licença e explica que se os quiser com a documentação em dia o preço aumentará. RJ: Mas onde você consegue isso? Da Floresta da Tijuca? Chefinho: Não, da Floresta da Tijuca não. Vem de São Paulo. Não há critérios para ingressar nesses grupos de bate-papo. Em um deles, são mais de 900 participantes. Embora não tenha o objetivo exclusivo de venda e compra de animais, existe uma grande variedade de espécies sendo divulgadas gratuitamente. Em outro grupo, um felino é anunciado por R$ 17 mil. Parece uma onça, mas é um gato-maracajá. Maracajá é anunciado por R$ 17 mil Reprodução/TV Globo A Polícia Civil afirma monitorar esses grupos. Nesta terça-feira (10), um filhote de mico foi resgatado na Vila da Penha, na Zona Norte. O vendedor foi intimado a prestar depoimento. “Todos os métodos envolvidos no tráfico são absolutamente cruéis, as pessoas colocam cola para capturar os pássaros dos galhos”, afirma o presidente do Instituto Vida Livre, Roshed Seba. Na segunda-feira (9), um casal foi preso por dopar macacos no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. A dupla colocou remédios nas bananas, criando armadilhas para atrair os animais. Macaco é encontrado drogado no Jardim Botânico RJ1 tenta entrar em contato com a defesa de Chefinho.

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