Técnico tricampeão olímpico de vôlei descreveu o sentimento que passou pela sua cabeça após conquistar o bronze: “Procurei aproveitar meus momentos como se fossem os últimos” Zé Roberto recebe réplica de medalha olímpica e agradece Se o assunto for o Olimpíadas, temos que falar de José Roberto Guimarães. O lendário treinador de vôlei conquistou sua quinta medalha olímpica em Paris. Foi o primeiro bronze, depois de três ouros e uma prata. Neste domingo, último dia dos Jogos de Paris, o treinador se emocionou ao ver sua equipe voltar ao pódio. Por uma injustiça histórica do COI, os treinadores não recebem medalhas nas Olimpíadas. Portanto, Zé Roberto não possui comprovação física das cinco conquistas. Buscando reparar essa condição, pelo menos minimamente, o comandante recebeu das mãos do repórter Felipe Brisolla uma réplica de uma medalha olímpica, durante entrevista ao programa Ça Va Paris, na tarde deste domingo. Guimarães não escondeu a emoção, logo após chorar ao assistir a uma reportagem especial que mostrou os grandes momentos do treinador em Paris e em outras competições do seu passado vitorioso. Bicampeã olímpica com Zé, a ex-líbero e comentarista Fabi também não conteve as lágrimas no programa. + Encerramento das Olimpíadas 2024 ao vivo: horário e onde assistir Zé Roberto Guimarães se emociona ao receber réplica da medalha olímpica Reprodução/sportv Treinador da seleção brasileira feminina de vôlei há 21 anos, também conquistou o ouro pela seleção masculina em Barcelona 1992. Em Em uma longa entrevista, Zé Roberto abriu o coração ao falar sobre diversos assuntos, desde seus cinco netos, sua esposa Alcione, até o passado, presente e futuro do treinador no esporte. Questionado sobre o que passou pela sua cabeça quando sentou na quadra e se emocionou após conquistar o bronze, o treinador descreveu suas emoções. – Primeiramente tive orgulho de ter lutado e conquistado o bronze. O brasileiro não gosta muito de disputar o bronze, mas tínhamos coisas mais importantes para pensar. Que esta medalha teve um valor enorme por tudo o que realizamos e fazemos no nosso trabalho diário. Depois de seis meses em Türkiye, deixando a família e uma série de coisas, a conquista. – Segunda coisa: olhei para a academia e quis lembrar desse momento para o resto da vida, porque não sabia e não sei se será o último. Saí filmando a Vila (Olímpica) e caminhando sozinho. Porque temos que aproveitar ao máximo cada momento que estamos vivendo. Lá tentei aproveitar meus momentos como se fossem os últimos. Sinto-me muito feliz com o que conquistei, entre derrotas e vitórias importantes, mas foi tudo tão bom que faria tudo de novo, talvez com mais sucesso. Pessoas que moraram comigo, levarei comigo para o resto da vida. Eu ficaria triste se tivéssemos saído sem nada. Eu disse no vestiário: ‘Saí do vestiário antes do café da manhã e vi as bandeiras sendo levantadas. A nossa bandeira precisa estar lá, o mundo inteiro precisa ver a nossa bandeira lá. Não podemos sair daqui assim’. E quando as bandeiras foram hasteadas eu olhei para ele e disse: ‘é isso’ – finalizou Zé Roberto. Zé Roberto se emociona após conquistar o bronze no vôlei feminino em Paris 2024 Antes de retornar à seleção turca, Thy, o técnico brasileiro disse que ainda não decidiu qual será seu futuro na seleção brasileira. – Vai ser decisivo quem manda em casa, que é a Alcione (esposa). Há coisas que temos que avaliar. Completei 70 anos nas Olimpíadas e estou na estrada há muitos anos e sempre temos que avaliar. Há uma reunião com a CBV daqui a duas semanas, antes de partir para a Turquia, para ver o que foi bom e o que não foi tão bom e tomar uma decisão. O importante é que temos um bom material humano chegando, mas são jogadores que precisam rodar e jogar contra os melhores times do mundo para evoluir, porque o Los Angeles está aí. Parece muito tempo, mas não é – analisou Zé Roberto. – Tem que avaliar primeiro e eu sempre falo que sempre foi um sonho da minha infância, ver atletas representando o Brasil. A missão e vestir a camisa da Seleção é o que me move. Quando ouvi o hino nacional, tremi e chorei. Comecei a me emocionar e não cantei o hino nacional porque chorei. Isso me incomoda e prefiro ficar calado e representar é o melhor para um treinador. Eles representam 220 milhões de pessoas. Se você me perguntar, eu gostaria de voltar a trabalhar amanhã, mas tenho que repensar muito na minha vida, nos meus netos, na minha vida com a Alcione. O projeto continua, mas devo uma resposta a vocês – finalizou o técnico. + Confira o quadro de medalhas dos jogos de Paris + Mascote das Olimpíadas 2024: significado, nome, o que é e história + Conheça a medalha mais difícil das Olimpíadas Zé Roberto; seleção feminina de vôlei; Paris 2024 REUTERS/Annegret Hilse Veja outros trechos da entrevista de Zé Roberto Semifinal contra os Estados Unidos – Depois de tudo o que aconteceu, dá para respirar um pouco. É muito intenso, são duas semanas únicas, de muito estudo, tensão, treino e preparação para os jogos. Estou um pouco rouco, porque gritei um pouco no jogo de ontem (risos). Olhando para trás, tivemos uma grande participação. Gostaríamos de ganhar o ouro, chegar à final, mas fizemos um bom jogo contra os Estados Unidos, até certo ponto. Houve altos e baixos para ambos os lados. Começamos muito mal o primeiro set, depois chegamos perto e perdemos por 25 a 23. Depois, bem no segundo set, mal no terceiro, voltamos para o quarto e começamos mal o tie-break. Os Estados Unidos conseguiram uma vitória importante jogando muito bem, o que não fizeram hoje. Revisão das Olimpíadas de Paris – Nossa participação em seis jogos foi altamente positiva. Trocamos quase 50% do grupo nesse triênio, o que ficou aquém do normal. Conseguimos construir um grupo que lutou muito, se dedicou muito, que deu atenção às coisas fora de quadra, deu atenção à alimentação e ao sono, sempre juntos na hora de estudar. Vimos um comprometimento inusitado dessa equipe, com engajamento e comprometimento. Respeito pela competição, pelo nosso povo, por representar o Brasil, o nosso povo e a nossa bandeira. Queriam ganhar uma medalha, falava-se muito da medalha de ouro. Sou sempre muito reticente quando falamos da medalha de ouro, porque sempre pensei grande, tentando chegar a uma final e tentando vencer os Jogos Olímpicos. Você sempre tem que colocar os pés no chão. O equilíbrio é enorme entre sete e oito times de ponta do mundo. Você chega a uma Olimpíada onde talvez tenha havido o maior equilíbrio de todos até agora. Você não sabia quem venceria a competição. Equilíbrio após as Olimpíadas – Quando estávamos assistindo a distribuição das medalhas, você sentiu um pouco de dor. Vivemos muito momentos assim, até chegarmos à medalha de ouro. Passamos por momentos difíceis, nos Jogos Pan-Americanos de 2007, na seleção de 2004. Uma coisa que aprendi muito: você perdeu, alguma coisa não deu certo e você tem que treinar mais, se dedicar mais. Mas o equilíbrio é bom: temos jogadores que têm mais duas ou três Olimpíadas pela frente e isso é animador. Zé Roberto e o vôlei – Uma das coisas que sempre sonhei na minha vida é devolver ao vôlei o que o vôlei me deu. O vôlei me deu oportunidades, me deu uma profissão, me ajudou com minha família, me deu essa vontade de representar meu país, com ambição, expectativa de coisas melhores, de mostrar ao mundo o que o Brasil tem de bom. Aí surgiu a oportunidade em 1994 de construir um centro de treinamento e aos poucos fomos mudando, alternando e montando o time de Barueri, que é um dos celeiros do vôlei nacional. Tenho ajuda de leis de incentivo, que dão um apoio enorme, mas as leis não ajudam a pagar os jogadores. Eles pagam as comissões técnicas, mas nesta situação que enfrentamos hoje, continuo pagando do meu próprio bolso os salários dos jogadores, mas não sei por quanto tempo poderei fazê-lo.
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