Arianne Albuquerque Risso era residente em oncologia do Hospital do Câncer de Cascavel. Ela e outras 61 pessoas morreram no acidente registrado na sexta-feira (9). Mãe de um jovem que morreu após acidente de avião pede justiça nesta sexta-feira (9), ela afirmou em entrevista neste domingo (11) que o caso não foi fatal. “Não foi uma fatalidade, quem estava naquele avião ia morrer, porque era uma lata velha. […] Não foi uma fatalidade, foi um crime. [..] Quem acalma minha dor? […]. Você vai me ver lutando todos os dias”, disse a mãe emocionada. A aeronave que saiu de Cascavel tinha como destino Guarulhos, em São Paulo. Havia 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo, segundo a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, dona da companhia aérea Ninguém sobreviveu Veja a lista de vítimas que estavam no avião Arianne Albuquerque Risso era residente de oncologia no Hospital do Câncer de Cascavel (PR) ) A mãe da jovem criticou diversas vezes a companhia aérea e exigiu rigor nas investigações. Houve negligência por parte das autoridades competentes, já que vídeos demonstrando situações como pessoas passando calor em aeronaves da empresa têm circulado nas redes sociais, principalmente após a queda do avião. RELATÓRIOS: Empresa é mal avaliada no site e o processo de reclamações se acumula. Maria de Fátima afirmou que lutará por justiça pela morte de sua única filha que sonhava em ser médica desde os 9 anos “Não tenho objetivos, ela era minha única filha, ela era minha vida, meu objetivo. […] Não tenho mais nada, não tenho mais vida, é só dor e a minha dor vira indignação”, disse Maria. “Eles mataram 15 médicos, incluindo minha única filha. […] Ela ia fazer com alegria o curso de oncologia, era residente do Hospital de Cascavel. […] Investi na minha filha para salvar vidas, o sonho dela desde os 9 anos é salvar vidas”, lembrou emocionada a mãe. LEIA TAMBÉM: Médica altera passagem aérea a pedido do pai e não embarca em avião que caiu em Vinhedo: ‘Tive um pressentimento’; ÁUDIO Família venezuelana morta em acidente de avião recebeu ajuda de vizinhos para viajar ‘Mandei eles entrarem no avião’, diz passageiro que perdeu avião que caiu em Vinhedo Em nota divulgada nesta sexta-feira (9), o Hospital do Câncer de Cascavel lamentou a morte de Arianne e também da moradora Mariana Comiran Belim, que também estava no voo. A instituição destacou o trabalho dos dois profissionais e agradeceu o trabalho que prestam aos pacientes do hospital. realizando um sonho: salvar vidas! Médicos humanos, que trataram todos os pacientes com muita dedicação, carinho e respeito. Não é surpresa que elogios a ambos tenham sido repetidos em nossas ouvidorias. O amor que ambos tinham pela profissão era muito grande. Claro. Agora só nos restam a saudade e as memórias de dois jovens médicos que partiram cedo demais”, afirmou a instituição em comunicado. A queda do avião Tudo o que você precisa saber sobre a queda do avião em Vinhedo Este é o acidente aéreo com maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007, no Aeroporto de Congonhas, quando houve 199 mortes. As vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72. Segundo a VOEPASS Linhas Aéreas, a aeronave decolou de Cascavel sem nenhum voo. restrições, com todos os seus sistemas capazes de realizar a operação, e todos os tripulantes com licenças válidas. O avião saiu de Cascavel às 11h46 e pousaria em Guarulhos. A aeronave voou por 1 hora e 35 minutos sem nenhum registro de voo. . acidente. ocorrência de estol — que acontece quando a aeronave perde o suporte que lhe permite voar —, segundo especialistas. A Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea proprietária da aeronave, divulgou um número de telefone, disponível 24 horas por dia, para prestar informações aos familiares das vítimas, funcionários e interessados: 0800 9419712. Em nota, a empresa disse que prioriza “prestar assistência irrestrita às famílias das vítimas” e colaborar com as autoridades para determinar as causas do acidente. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que acompanhará “o atendimento da empresa às vítimas e seus familiares, bem como adotará as medidas necessárias para apurar a situação da aeronave e dos tripulantes”. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o acidente. Um ‘gabinete de crise’ foi montado pela corporação na casa de um morador do condomínio onde ocorreu a tragédia.
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