Ana Correia diz que nunca recebeu seus direitos trabalhistas e não conseguiu emprego devido à sua saúde mental precária 123Milhas Agência Brasil “Um ano. Um ano de angústia. Um ano de tristeza. Um ano de espera. Um ano depois daquele dia isso mudou tantos outros dias.” Foi assim que a analista de negócios Ana Correia, ex-funcionária da 123milhas, agência de viagens que prejudicou milhares de consumidores no Brasil, iniciou um desabafo que se tornou viral na rede social LinkedIn. Em seu relato, a profissional conta que, após ser demitida da empresa, que encerrou suas atividades em 2023, começou a ter crises de ansiedade. “Perdi a conta de quantas vezes já pensei em possibilidades extremas, tamanho desespero tomou conta de mim. Você sabe, parece exagerado, certo? Mas só quem vê todos os seus planos irem por água abaixo, perder segurança no emprego, seguro de saúde, ‘estabilidade’, sabe do que estou a falar”, escreveu ela. Porque é que o vídeo de Kate Middleton marca uma mudança radical na estratégia de comunicação da família real Adolescentes do sexo feminino envelheceram mais durante a pandemia do que os adolescentes do sexo masculino Engenheiro quer transformar deserto em terra fértil para ajudar a combater as alterações climáticas Correia enfatizou que nunca recebeu os seus direitos laborais e não conseguiu conseguir um emprego devido à sua saúde mental precária. “Nunca imaginei que um trabalho pudesse tirar tanto de mim. Tirou minha rotina, meu salário, minha saúde física e mental, meus colegas e, o mais importante, minha paz.” No último ano, que classifica como “caos”, ela diz que foi ameaçada por clientes da 123milhas nas redes sociais e foi procurada por advogados e repórteres “como um abutre na carniça”. “Quanto valeram a dedicação, o suor e as lágrimas, os plantões de 4 horas, os olhares de desespero, mas quem tinha esperança? Eles eram inúteis. Valeram a pena, resultando em decepção coletiva. Eu só queria acabar com essa história e esquecer tudo que abri mão para trabalhar neste lugar, mas esse fim só chegará quando eles perceberem que nossos direitos têm que ser cumpridos. Já estão um ano atrasados, de quanto tempo mais precisarão? Mais um ano? ela acrescentou. Recuperação judicial Embora já tenha se passado mais de um ano desde o início da crise das 123 milhas, consumidores e ex-funcionários continuam tendo dificuldades para ter seus direitos cumpridos, seja para recuperar o dinheiro gasto na compra de passagens e pacotes, seja para receber os direitos trabalhistas. Texto inicial do plugin A agência de viagens chegou a entrar com pedido de recuperação judicial – o pedido foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais, no dia 29 de agosto, mas não recebeu deferimento até hoje. Em março deste ano, a Justiça determinou novamente a retomada da recuperação judicial da empresa, mas ainda não há data para apresentação do plano. Para quem foi prejudicado por 123 milhas, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) atualizou a cartilha com orientações aos consumidores na lista de credores. O documento indica os sites para consulta, explica o que deve ser feito caso o nome não conste da lista e quem tem valores a receber. Mais lido
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