A polícia suspeita que o empresário desviou dinheiro das máquinas que deveria ter sido enviado pela contravenção. Na manhã desta sexta-feira (9), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão contra Renato Duran e outro suspeito. O empresário Antônio Gaspazianni, dono do Bar Parada Obrigatória, foi assassinado com vários tiros Reprodução A investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DCH) indica que suspeitos ligados ao crime instalaram câmeras no bar Parada Obrigatória, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio , onde Antônio Gaspazianne Mesquita Chaves, 33 anos, foi assassinado, e as imagens foram apagadas logo após o crime. Testemunhas ouvidas pela polícia e outros depoimentos obtidos apontaram que Renato Augusto Fernandes Duran, filho da ex-presidente do Salgueiro Regina Celi Fernandes Duran, foi o responsável pela instalação das câmeras no local. O motivo foi a suspeita de que Antônio desviava dinheiro de máquinas que deveriam ser enviadas para o crime. Na manhã desta sexta-feira (9), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão contra Renato e outro suspeito. g1 tenta contato com família e defesa de Renato. Renata Duran e sua mãe, a ex-presidente do Salgueiro Regina Celi Reprodução As imagens, que foram apagadas 30 minutos após o crime, mostravam os envolvidos no crime e poderiam permitir a identificação dos suspeitos. Segundo a polícia, o responsável pela exclusão das imagens teria sido o próprio Renato, que é um dos investigados pela morte de Antônio Gazpaziane. Na última quinta-feira (8), a DHC cumpriu 1 mandado de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão contra criminosos envolvidos em diversos assassinatos na capital fluminense ligados ao Jogo do Bicho. Renato Duran foi um dos alvos das buscas. Além dele, 13 policiais militares também foram revistados. Carro com diversas marcas de tiros em que empresário foi assassinado em Vila Isabel Reprodução O principal alvo desta fazenda era Ryan Patrick Barboza de Oliveira, 23 anos. O homem foi preso preventivamente na Baixada Fluminense. Segundo as investigações, Ryan foi o responsável por monitorar, repassar informações sobre a rotina de Antônio Gaspazianni e dar o sinal para que os assassinos executassem o empresário. Lessa mataria Regina Celi Em acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Ronnie Lessa afirmou que monitorou e recebeu instruções para matar Regina Celi. A ordem, segundo Lessa, partiu do criminoso Bernardo Bello, por meio de Edimilson Macalé, falecido em 2021. Assim como no planejamento da execução de Marielle, Lessa monitorou os dados pessoais de Regina e de sua família por meio de uma plataforma de consulta de crédito. Ronnie Lessa Reprodução/TV Globo A PF descobriu que, entre maio e dezembro de 2017, Lessa pesquisou informações sobre o então diretor do Salgueiro, sua filha, Louise Fernandes Duran, seu filho, Renato Augusto Fernandes Duran, e uma empresa mantida por ambos. Exílio no Nordeste após morte de companheiro Um caso de sequestro e desaparecimento de um empresário na Zona Norte fez com que Antônio passasse uma temporada no Nordeste antes de retornar ao Rio e ser assassinado, segundo investigação da Polícia Civil. Manoel Davi Pereira, de 50 anos, conhecido como Paraíba, segundo investigações da 20ª DP, teria sido alvo do mesmo crime após ter mexido em máquinas de contravenção em seu estabelecimento. Testemunhas contaram que, no dia 24 de outubro de 2023, Manoel estava em um bar de sua propriedade, na Rua Luís Barbosa. Manoel Davi Pereira, desaparecido desde outubro de 2023 Reprodução Por volta das 19h30, um carro preto parou em frente ao estabelecimento e três homens encapuzados desceram, armados com fuzis, e entraram no bar. Os criminosos levaram Manoel e entraram no carro com ele, e o empresário nunca mais foi visto. Segundo a Delegacia de Homicídios, Manoel Davi era sócio de Antônio em estabelecimentos comerciais da Zona Norte. Investigações da Polícia Civil e do Ministério Público indicam que, desde o ano passado, a região de Vila Isabel, que tinha Bernardo Bello como contador que controlava atividades contravencionais, passou a ser dominada por Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Os ataques ao bar Parada Obrigatória, em 2023 e neste ano, mostram a violência da guerra pelo controle do território. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga a morte do dono do bar Parada Obrigatória.
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