A Suzano encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 3,8 bilhões, explicado pelo impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida em moeda estrangeira e da marcação a mercado dos instrumentos derivativos. No mesmo período do ano passado, a empresa reportou lucro líquido de R$ 5 bilhões.
O resultado operacional, porém, foi forte, impulsionado pelo aumento dos preços da celulose, pelo maior volume de vendas, principalmente de papel, e pelo câmbio favorável às exportações.
De abril a junho, a empresa registrou receita líquida de R$ 11,5 bilhões, um aumento de 25% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) cresceu 60%, na mesma base de comparação, para R$ 6,3 bilhões, com margem EBITDA ajustada de 55%. Na comparação anual, a margem saltou 12 pontos percentuais, beneficiada também pelo menor custo caixa de produção de celulose.
Sem considerar as paradas para manutenção, o custo caixa foi de R$ 828 por tonelada, 10% abaixo do registrado no segundo trimestre do ano passado.
No trimestre, as vendas em volume de Suzano foram de 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 2,5 milhões de toneladas de celulose, 1% acima do volume vendido no segundo trimestre de 2023, e 333 mil toneladas de papel, crescimento de 13%.
O preço líquido médio da celulose vendida pela empresa no mercado externo atingiu US$ 701 por tonelada, um aumento de 25% em relação ao praticado no segundo trimestre de 2023, após a aplicação de sucessivos reajustes em todas as regiões. O preço líquido médio do papel foi de R$ 6.787 por tonelada, queda de 3%.
A geração operacional de caixa mais que dobrou, na mesma base de comparação, para R$ 4,5 bilhões, enquanto os investimentos totalizaram R$ 4 bilhões, queda de 37%, explicada principalmente pelos menores desembolsos com o Projeto Cerrado, que entrou em operação no mês passado.
Enquanto isso, o resultado financeiro da empresa foi negativo em R$ 11,07 bilhões, ante R$ 4,54 bilhões positivos um ano antes, refletindo o resultado negativo das operações com derivativos de R$ 3,89 bilhões, na esteira da forte desvalorização cambial no trimestre, e R$ 7,3 bilhões provenientes do efeito da variação cambial sobre dívidas em moeda estrangeira.
Em junho, a alavancagem financeira da empresa Suzanomedido pela relação entre a dívida líquida e o EBITDA ajustado em dólares em 12 meses, foi de 3,2 vezes, ante 3,5 vezes três meses antes.
Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.
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O impacto pós-câmbio leva Suzano (SUZB3) a prejuízo de R$ 3,8 bilhões no 2º trimestre | As empresas apareceram primeiro no WOW News.