A Azul Farmacêutico relatado lucro líquido de R$ 52 milhões em segundo trimestre este ano, uma queda de 25% em relação aos R$ 70 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 28% na base anual, para R$ 465 milhões, o maior valor já registrado pela empresa.
A queda no lucro reflete um elevado nível de provisões para créditos de liquidação duvidosa, principalmente na parte intermediária da cadeia, que inclui distribuidores e operadores logísticos, devido à persistência de um cenário de altas taxas de juros e crédito limitado, no que parece ser é mais um microproblema para alguns clientes do que uma questão setorial, afirma a empresa.
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Ainda assim, o lucro tem aumentado trimestralmente desde o terceiro trimestre de 2023. CEO da Blau, Marcelo Hahnele diz em uma entrevista com Valor que o ano de 2023 foi de grande ressaca pandêmica, que gerou estoques altos e caros, e agora a empresa está voltando aos trilhos, com recuperação sequencial nas margens.
Hahn destaca que a empresa está tendo gastos orgânicos no desenvolvimento de subsidiárias e investimentos recordes em pesquisa, desenvolvimento e inovação, que trarão resultados no futuro, além de aquisição da empresa europeia de fracionamento de plasma Prothya.
Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou R$ 91 milhões, com margem de 19,6%, queda após o EBITDA de R$ 94 milhões do segundo trimestre de 2023, com margem de 26%. No trimestre, o EBITDA aumentou 41%, com aumento de 1,6 ponto percentual na margem.
As vendas cresceram 23% anualmente no segmento hospitalar, o que representa 85% do faturamento da empresa. As vendas combinadas de varejo, estética e plasma aumentaram 62% anualmente. A empresa não divulga o crescimento das unidades separadamente.
O avanço reflete a maior eficiência produtiva e administrativa, o novo modelo comercial dividido em unidades de negócios e o aumento sincronizado de capacidade e portfólio, à medida que a empresa aumenta sua produção ao mesmo tempo em que lança novos produtos, sem ociosidade e sem comprometer a margem. “Estamos investindo em outras três linhas de produção dentro da própria fábrica” [em São Paulo]diz Hahn.
Ele afirma que o setor hospitalar está em franca expansão, com crescimento do “sell-in”, que se refere à venda de produtos aos distribuidores, e do “sell-out”, ao consumidor final, e com fundamentos atrativos de envelhecimento da população, crescimento no número de leitos hospitalares, redução de patentes de produtos relevantes, ampliação do acesso e aumento de recomendações da comunidade médica.
Por fim, Hahn reitera que a diversificação geográfica é um pilar do planejamento estratégico da empresa, com destaque para o complexo industrial pernambucano, em fase de licitação e com início de construção previsto para este ano. A empresa também planeja começar a operar seu quarto centro de coleta de plasma nos Estados Unidos ainda este ano. A Blau planeja entrar no México em 2026 e já está presente em outros sete países da América Latina.
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Lucro pós Blau Farmacêutica cai 25% no 2º trimestre; receita é recorde | As empresas apareceram primeiro no WOW News.