Allos anuncia seu maior investimento desde a fusão que criou grupo | Empresas

O plano prevê a abertura de 150 novas lojas na base atual de 206 pontos e, numa segunda fase, haverá a adição de mais sete novas torres, entre prédios comerciais e residenciais, e um hotel, com novos investimentos com parceiros em esses setores.

O projeto atinge 23,7 mil metros quadrados de área bruta locável, dos quais 12,2 mil metros quadrados serão de aumento de área e 11,5 mil serão relativos à reorganização de metragem já ocupada. Esta é a primeira ampliação do projeto em 13 anos, e a expectativa é que essa ampliação seja concluída em 2027.

As obras devem começar em 2025 e durar cerca de 18 meses, disse Leandro Lopes, vice-presidente de negócios da Allos, empresa líder no segmento com participação em 47 shoppings no país. “Há anos que não tínhamos nenhuma área nova disponível lá e era hora de ampliar e qualificar o portfólio de Campo Grande. É um shopping com vendas por metro quadrado [ao mês] de, em média, R$ 2,1 mil, o que nada deve à grande riqueza do setor, e acreditamos em um aumento de 40% nas vendas do shopping após o investimento”, afirmou.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) ​​nominal alavancada é estimada em 20,8% ao ano. Utilizando a TIR, grosso modo, o investidor pode mensurar os retornos obtidos ao longo do tempo com base em um investimento inicial. A ABL (área bruta locável) total de Campo Grande atinge cerca de 40 mil metros quadrados.

A Allos detém 70,9% de Campo Grande, com taxa de ocupação no segundo trimestre de 96,1%, em linha com a taxa média do portfólio do grupo (96,3%).

Já existem duas torres corporativas em operação no local, e deverão ser construídas mais três torres corporativas, quatro torres residenciais e um hotel, totalizando um Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de quase R$ 1 bilhão. Ainda devem ocorrer conversas com construtoras para seleção de parceiro. A expectativa é que todo o projeto seja implementado dentro de oito a dez anos.

“A expansão com lojas e torres será integrada ao shopping, pois a ideia é que o consumidor ande pelos espaços sem atrito, sem perceber que está mudando de área”, disse Lopes, que está na capital paulista há o evento de lançamento da expansão do projeto. .

Este é um anúncio dentro de um plano de expansão que deve avançar por etapas dentro do grupo.

A Allos já informou este ano que assinou contratos com 12 construtoras para a construção de 49 torres no longo prazo, com VGV de R$ 3,6 bilhões.

O empreendimento está entre as prioridades de crescimento da região Centro-Oeste, que avança apoiada na aceleração do agronegócio. Mas nesse planejamento há uma concentração maior de desembolsos, no curto prazo, no Sudeste e parte do Nordeste.

Conforme anunciado no início do ano, o cronograma de investimentos para 2024 envolve a expansão do Parque Shopping Maceió (AL); a revitalização dos shoppings Dom Pedro, em Campinas (SP); Uberlândia (MG); Vila Lobos (SP); Bahia e Del Rey (MG); além da reforma de Recife (PE) e Leblon (RJ).

Em termos estratégicos, a expansão é voltada para segmentos varejistas que conseguiram atrair maior tráfego de clientes após a pandemia, principalmente na área gastronômica —devido à migração de restaurantes para áreas fechadas de shoppings. E marcas internacionais exclusivas podem ser trazidas, afirma o executivo, sem detalhar potenciais negócios.

A Allos registrou lucro líquido de R$ 326,1 milhões no segundo trimestre, aumento de 113,1% em relação ao ano anterior, segundo balanço divulgado. Na mesma base de comparação, a receita líquida atingiu R$ 622 milhões, aumento de 3,8%.