A crise impacta o futuro dos estudantes e coloca em risco quem circula pelos campi. O telhado do Centro de Ciências da Saúde, localizado na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, desabou nesta segunda-feira (4) devido a um vazamento em um laboratório. Ninguém ficou ferido. Crise financeira na UFRJ: universidade calcula déficit de mais de R$ 200 milhões; O MEC nega que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) esteja passando por uma crise financeira que impacte o futuro dos estudantes e coloque em risco quem transita pelos campi. Com isso, o telhado do Centro de Ciências da Saúde, localizado na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, desabou nesta segunda-feira (4) devido a um vazamento em um laboratório no andar de cima. Ninguém ficou ferido. Em maio, as aulas da escola de Educação Física foram suspensas devido à queda de uma marquise. Para cobrir despesas que mantêm a universidade funcionando, como água, luz, limpeza, segurança, transporte, telecomunicações e alimentação, a UFRJ afirma precisar de mais de R$ 520 milhões por ano. Em 2024, os repasses do Governo Federal totalizaram R$ 308 milhões. O rombo orçamentário ultrapassa R$ 200 milhões. “Falamos muito em défices orçamentais e financeiros, não temos recursos, faltam 227 milhões por ano para as despesas do ano. Mas esse não é todo o problema. O problema é que existe um défice maior que não aparece nas contas, que é o défice de serviços, como a manutenção. Edifícios desabam e incêndios ocorrem por falta de recursos para manutenção adequada. Então, não podemos ter um bom sistema de prevenção de incêndios. Não podemos ter uma boa manutenção predial, tanto que os prédios desabam”, afirma o pró-reitor de planejamento, desenvolvimento e finanças da UFRJ, Hélios Malebranche. A maior universidade do Brasil conta com mais de 70 mil alunos, 20 mil funcionários, 172 cursos de graduação e mais de 300 cursos de pós-graduação e especialização. A população da UFRJ é superior a 90% dos municípios do país. É uma cidade que está em crise financeira. Hélios afirma que praticamente todas as contas da instituição de ensino estão atrasadas. “Pagamos duas contas de água este ano, janeiro e fevereiro. Não conseguimos avançar, podemos ser vítimas de um corte de abastecimento a qualquer momento. Estamos negociando quase diariamente com a Águas do Rio porque é uma organização privada que também tem suas obrigações e precisa ser paga pelos serviços que presta, mas só pagamos pela Águas do Rio em janeiro e fevereiro. Luz, luz, pagamos há apenas um mês e recebemos um aviso de corte. Porque só esses dois insumos básicos, água e energia, consomem 46% do nosso orçamento de financiamento para o funcionamento da universidade. Praticamente metade do que recebemos vai para pagar água e luz.” “Hoje temos um déficit que não conseguimos suprir, que é o café da manhã estudantil. Muitos vêm de lugares muito distantes. Outros moram aqui e começam o dia sem café da manhã. Então, temos que dar condições mínimas para esse aluno participar das suas aulas. Não podemos fazer isso”, afirma o reitor. A consequência é o impacto nos estudos. A falta do básico compromete a vida acadêmica e o futuro dos estudantes que passaram por um dos processos seletivos mais concorridos do país. “Não temos água porque falta água, não temos aulas porque falta luz”, diz a estudante de farmácia Marina Bittencourt. “Recentemente, eu estava andando com um amigo meu pelo corredor do bloco B e estávamos saindo do banheiro. Uma parte do cobogó que estava no muro caiu quase na nossa frente”, conta a estudante Tainá Santiago. Alef Abraão, estudante de arquitetura e urbanismo, diz que de vez em quando faltam itens essenciais para o funcionamento. “Às vezes não há água, às vezes não há eletricidade. Na semana passada houve queda de energia, não há papel. Esta semana uma cortina caiu sobre a cabeça de um professor. Corremos, portanto, o risco de algo cair na nossa cabeça. Na semana passada, um ventilador caiu na cabeça de um aluno”, conta. A estudante de Letras, Regina Montenegro, relata que a falta de acessibilidade também é um problema. “O banheiro não tem acessibilidade alguma, alguns sem porta, quebrados. É muito difícil. O transporte é péssimo, outra questão educacional para os estudantes. Vou até o ponto de ônibus, está lotado, não consigo entrar no ônibus, eles não me respeitam. E dentro da faculdade também é terrível. Não tem elevador, subo um lance de uns 3 degraus, é muito alto, tenho que parar para descansar pois tenho duas próteses no corpo. Então, com a muleta não me ajuda muito. Tenho que subir, descansar”, lamenta. O telhado do Centro de Ciências da Saúde desabou na última segunda-feira (4) Reprodução/TV Globo Todo o jardim pilotis da Escola de Arquitetura e Belas Artes foi projetado pelo artista e paisagista Roberto Burle Marx, um dos mais importantes da história brasileira. O espaço é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas, por falta de recursos para manutenção, está totalmente abandonado. Um esqueleto inacabado na Ilha do Fundão seria o novo prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e as obras estão interrompidas desde 2018. Mesma situação de outro prédio, também planejado para servir como residência estudantil. “Faz muita falta, principalmente sabendo que a UFRJ é a universidade federal que mais tem alunos vindos de outros estados. Há um movimento muito grande de estudantes vindos de outros estados para a UFRJ, que foi considerada a melhor universidade federal do país, e esses estudantes contam com a questão da moradia estudantil. Quando chegam ao Rio de Janeiro para se cadastrar e olhar para a questão da hospedagem, percebem que a realidade é outra”, afirma o estudante e líder estudantil João Gabriel Gomes. Mesmo com tantos problemas, quem estuda na UFRJ passa por uma etapa importante na vida. Grandes pesquisadores e pensadores são formados na universidade. “Sim, sempre foi meu sonho (estudar na universidade). Não imaginei, mas vou ficar aqui. Ainda é meu sonho, apesar da precariedade”, afirma a estudante de Letras Elis de Matos. (MEC) disse que transferiu R$ 430 milhões para a UFRJ em 2024. A universidade afirma que parte desse valor inclui orçamentos carimbados, que têm dotação obrigatória definida e, portanto, não cobrem os custos operacionais da instituição trabalhados para recompor as reduções orçamentárias. ocorreram em instituições federais de ensino superior nos últimos anos.
Simulação de empréstimo consignado Bradesco
quantos empréstimos um aposentado pode contrair
empréstimo pessoal em curitiba
simulador de empréstimo consignado banco do brasil
simulador de empréstimo em dinheiro
O pós crise financeira na UFRJ: universidade calcula déficit acima de R$ 200 milhões; Negações do MEC apareceram primeiro no WOW News.