#AstroMiniBR: a evolução de uma nebulosa!

Toda semana, TecMundo e #AstroMiniBR, as mais relevantes curiosidades astronômicas, produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com vocês um pouco mais sobre o universo inusitado da astronomia. Confira!

Nº 1: Como uma nebulosa muda com o tempo?

No vasto universo, a maioria dos fenômenos cósmicos ocorre em escalas de tempo que desafiam a nossa percepção humana. Eventos como colisões de galáxias, mudanças na posição das estrelas e a evolução de sistemas estelares acontecem ao longo de períodos de milhões a bilhões de anos.

A Via Láctea, por exemplo, está em rota de colisão com a galáxia de Andrómeda, mas este evento, que alterará drasticamente a aparência de ambas as galáxias, só acontecerá daqui a cerca de 4 mil milhões de anos. Da mesma forma, o movimento das estrelas em torno do centro galáctico e a sua evolução ao longo das suas vidas estelares são processos extremamente lentos em comparação com a escala de uma vida humana.

No entanto, existem fenómenos astronómicos que ocorrem em escalas de tempo mais curtas, visíveis mesmo dentro de alguns anos. As nebulosas, por exemplo, podem apresentar mudanças perceptíveis em um período de tempo relativamente curto.. A Nebulosa do Caranguejo, por exemplo, um dos berçários estelares mais estudados, apresenta variações na luminosidade e estrutura de suas nuvens de gás e poeira, devido à interação com a intensa radiação de estrelas jovens.

Em apenas alguns anos, os astrónomos podem observar estas mudanças, registando o nascimento e a evolução de novas estrelas. Estes fenómenos, mais acessíveis à nossa observação em tempo real, oferecem uma janela fascinante para os processos dinâmicos e contínuos do cosmos.

#2: Uma colisão com o maior planeta do Sistema Solar!

O cometa Shoemaker-Levy 9, descoberto em 1993 pelos astrônomos Carolyn e Eugene Shoemaker e David Levy, tornou-se um marco na história da astronomia moderna devido ao seu dramático encontro com o planeta Júpiter.

Esse cometa, que originalmente orbitava o Sol, foi capturado pela gravidade de Júpiter e acabou se fragmentando em 21 pedaços devido à intensa atração gravitacional do planeta. Em julho de 1994, esses fragmentos colidiram com Júpiter numa série de impactos observados por astrônomos de todo o mundo.proporcionando uma oportunidade única de estudar os efeitos de um impacto cósmico em tempo real.

As colisões de Shoemaker-Levy 9 com Júpiter resultaram em enormes explosões, liberando energia equivalente a milhões de megatons de TNT e a criação de manchas escuras na atmosfera do gigante gasoso (vistas na imagem acima), algumas das quais persistiram durante meses.

A observação detalhada destes impactos ajudou os cientistas a compreender melhor a composição dos cometas e a dinâmica dos impactos planetários, fornecendo informações valiosas para o estudo dos cometas e potenciais técnicas de defesa planetária no caso de um corpo estar em rota de colisão com a Terra. .

#3: O que são constelações?

As constelações são agrupamentos aparentes de estrelas à noite, que formam figuras imaginárias utilizadas por diferentes culturas ao longo da história para navegar, marcar o tempo e contar histórias mitológicas.

Estas formações estelares ajudam a organizar o céu em padrões reconhecíveis, facilitando a orientação espacial e a identificação das estações. Cada cultura, dependendo da sua localização e contexto histórico, tem as suas próprias constelações e histórias que lhes estão associadas.

No hemisfério sul, uma das constelações mais icônicas e facilmente reconhecíveis é a do Cruzeiro do Sul, mostrada nas imagens acima. Cruzeiro do Sul, também conhecido como CruxÉ uma pequena constelação formada por cinco estrelas principais que se destacam pelo seu formato em cruz.

É particularmente importante porque as suas estrelas apontam para o Pólo Celeste Sul, servindo como bússola natural para navegadores no hemisfério sul. No entanto, para além da sua utilidade prática, o Cruzeiro do Sul tem um profundo significado cultural em muitas nações sul-americanas e da Oceania, estando representado em bandeiras e outros símbolos nacionais.

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